NÃO TENHO IDADE, TENHO VIDA
Acabo de ler uma mensagem enviada por um amigo, enaltecedora da velhice assumida, da velhice lutadora contra o desgaste do tempo, da velhice sustentada por um espírito jovem. O título é sugestivo: “NÃO TENHO IDADE, TENHO VIDA”. Cá está um bom lema. Procurarei segui-lo até à consumação dos séculos. Não tenho idade. A idade é o somatório dos anos vividos, a idade é o passado. O passado não me interessa, senão como resultado da aprendizagem que fiz ao longo dos tempos, da experiência que acumulei. Não tenho idade. Tive, sim, oportunidades que aproveitei ou esbanjei, para agora nelas me escudar ou afundar. Não tenho idade, mas vida sim. Ainda tenho vida. Que eu vou procurar fruir com alegria, esperança, determinação. Que bom não ter idade! Isto é mentira, mas consola. Que bom ter vida! Isto, que é verdadeiro, consola muito mais. Ter vida, independentemente da idade que se tem e gozá-la o melhor que pudermos e soubermos. Que mais desejar no dealbar dos setenta anos de idade? Que outra coisa merecerá a nossa total adesão? O meu espírito terá tão-somente a idade que eu lhe for emprestando. Como me apraz emprestar-lhe pouca, pouca será a idade que no espírito me pesa. E neste jogo de empurra, neste jogo do faz-de-conta, neste forçar de portas para a frente, me vou entretendo. E assim, a brincar, a brincar, cá vou remando contra a maré, cá vou vivendo. De pé. Como as árvores.
Acabo de ler uma mensagem enviada por um amigo, enaltecedora da velhice assumida, da velhice lutadora contra o desgaste do tempo, da velhice sustentada por um espírito jovem. O título é sugestivo: “NÃO TENHO IDADE, TENHO VIDA”. Cá está um bom lema. Procurarei segui-lo até à consumação dos séculos. Não tenho idade. A idade é o somatório dos anos vividos, a idade é o passado. O passado não me interessa, senão como resultado da aprendizagem que fiz ao longo dos tempos, da experiência que acumulei. Não tenho idade. Tive, sim, oportunidades que aproveitei ou esbanjei, para agora nelas me escudar ou afundar. Não tenho idade, mas vida sim. Ainda tenho vida. Que eu vou procurar fruir com alegria, esperança, determinação. Que bom não ter idade! Isto é mentira, mas consola. Que bom ter vida! Isto, que é verdadeiro, consola muito mais. Ter vida, independentemente da idade que se tem e gozá-la o melhor que pudermos e soubermos. Que mais desejar no dealbar dos setenta anos de idade? Que outra coisa merecerá a nossa total adesão? O meu espírito terá tão-somente a idade que eu lhe for emprestando. Como me apraz emprestar-lhe pouca, pouca será a idade que no espírito me pesa. E neste jogo de empurra, neste jogo do faz-de-conta, neste forçar de portas para a frente, me vou entretendo. E assim, a brincar, a brincar, cá vou remando contra a maré, cá vou vivendo. De pé. Como as árvores.
12 Comentários:
Às 9 de março de 2009 às 13:07 , Anónimo disse...
Reme, André.
À sua força não há maré que resista.
Um abraço
Às 9 de março de 2009 às 16:46 , SQMA disse...
Concordo com Observador, o amigo André tem uma força que poucos se podem gozar de ter, um exemplo para todos nós.
Um abraço.
Dani
Às 10 de março de 2009 às 09:30 , LUA DE LOBOS disse...
Bom dia André
Não quero comentar o que lhe está a acontecer porque estou a assistir de camarote a todo esse desenrolar de acontecimentos.
Se há dias que queremos nem abrir o olho, depois vem de lá uma genica que nos faz arrebitar e pensar que a Vida tem de ser e merece ser vivida, gota a gota.
Um dia feliz para si
maria
Às 10 de março de 2009 às 22:31 , Carecaloira disse...
Estou com os amigos Observador e Dani, a sua força é imensa, tudo irá superar.
Um beijinho
Marina
Às 10 de março de 2009 às 23:33 , Unknown disse...
É verdade. Sempre o mesmo entusiasmo, humor, vontade de mudar o mundo. Sempre a dizer mansamente que o mais importante é a vida, a pessoa humana. Não tens idade.
Com admiraçao e amizade
Januario
Às 11 de março de 2009 às 00:12 , Andre Moa disse...
Caras amigas, caro Januário, vocês puxam por mim e depois não querem que dê o litro pela Vida?Tenho (temos) que dar.
Obrigado a todos.
André Moa
Às 11 de março de 2009 às 11:29 , Anónimo disse...
Bravo a todos!
Grande abraço e que essa força não desapareça, NUNCA!!!
Às 11 de março de 2009 às 22:36 , Teresa disse...
André,
Que bom saber de si!
Continue a ser sempre um lutador.
Um abraço
Às 12 de março de 2009 às 11:04 , Anónimo disse...
"... cá vou vivendo. De pé. Como as árvores."
E quando as árvores têm troncos fortes, muita seiva e raízes profundas, não há quem as derrube!
Você, amigo é uma árvore assim!
Um grande abraço
Às 12 de março de 2009 às 21:18 , Andre Moa disse...
Bem-hajam, Teresa e Emília!
A amizade é uma coisa sublime e sempre bem-vinda e necessária.Que seria eu sem a vossa amizade? Folha seca ao vento, à deriva até tombar em algum talude. Com a vossa amizade, serei o que de mim querem e dizem.Serei o que devo e quero ser
Beijinhos
André Moa
Às 12 de março de 2009 às 22:35 , Anónimo disse...
È fascinante le-lo...admiro-o profundamente...
Como uma árvore a sua seiva dá me força...e faz me acreditar que vale a pena...
beijinhos de luz
paula padinha
Às 13 de março de 2009 às 00:54 , Andre Moa disse...
Ainda bem, cara Paula Padinhaque vir aqui lhe dá forças e a faz acreditar que vale a pena. Fico feliz por isso. Claro que vale a pena estar, permanecer, continuar, viver, passar além da dor. "Tudo vale a pena se a alma não é pequena, como pontificou o poeta Fernando Pessoa. Agarremo-nos a estes dois versos, como jangada salvadora. É que vale mesmo a pena.
Beijinhos.
André Moa
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