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quinta-feira, 15 de outubro de 2009

RELATO POÉTICO DE UM PASSEIO A TABUAÇO

FADO TURÍSTICO
POR TERRAS DE TABUAÇO – DOURO VINHATEIRO
(letra de André Moa; música do fado andava a esgraçadinha no gamanço)


Andava o ‘esgraçadinho’ a sofrer
Este ar poluído de Lisboa,
Até que uma voz lhe vem dizer
Vai mas é passear, ó André Moa.

Então no dia dezoito de Setembro
Lá seguimos viagem – eu e o Tó.
E fomos recebidos – bem me lembro –
Com amizade, abraços, pão-de-ló.

Não terá sido bem esta a ementa,
Mas para o caso isso tanto faz,
Sei é que o serão foi de arrebenta
E até cantei o fado como em rapaz.

Boa terra do Dão esta primeira
Que a todos recebeu com mil carinhos.
A amizade jorrou a noite inteira
Na linda aldeia Rio de Moinhos.

Ana e Osvaldo foram os senhores
Que receberam estes foliões.
Que belo par! São mesmo uns amores!
O supra sumo dos anfitriões.

Passados os primeiros minutinhos
Entre gente que não se conhecia
Com uns abraços, beijos e carinhos
O gelo derreteu, veio a alegria.

Foi um serão de truz. Boda, cantares…
Reinou a noite inteira a amizade.
Pudera! Bons petiscos, bons manjares…
Só mesmo se houvesse má vontade.

Boa vontade, boa disposição,
Manifestou bem cedo o grupo todo.
Bastou escancarar o coração
Para a festa surgir. Que grande bodo!

Dormiu-se pouco, mas profundamente.
Bem apaparicados os corpinhos,
Logo o grupo se encontra bem em frente
Da Igreja do Senhor dos Caminhos.

Depois da bem urdida explicação
Feita pelo Zé, irmão da querida Ana,
Sobre as colunas, sobre a construção,
Lá segue o grupo em fim-de-semana.

Deixámos para trás terras do Dão
Para marcharmos por terras do demo.
Subiu-se a São Torcato. Foi então
Que se comeu, cantou, naquele ermo.

Ala, que se faz tarde e o destino
Como sabeis, de hoje, é Tabuaço,
Amado mundo onde fui menino,
Meu chão, meu berço e colo, meu regaço.

Subimos serras, fomos ver o Douro…
Belas paisagens a perder de vista!
O rio – o nome o diz – é um tesouro
Que só um coração d’ouro regista.

Fomos a um santuário, uma adega,
Comemos o famoso bacalhau,
Já noite alta, e para a sossega,
Junto à fonte da Moa, houve sarau.

A Verdinha e o Kim cantaram Brel,
A Laurinha e eu, que par de dança!
Todos cumpriram bem o seu papel,
Todos contribuíram para a festança.

Por certo efeito dessa bela água
Que sai da fonte Moa, de mansinho,
E lava a quem a bebe toda a mágoa,
E embriaga mais que qualquer vinho.

Vinho também beberam e do bom.
Eu tive que fazer cruzes na boca.
Desta vez eu cantei fora do tom,
Uma vez que a saúde ainda é pouca.

Essa água fresquinha a correr
Aos golos pela goela seca abaixo,
Mesmo à noite dá para aquecer
Como um bom vinho fino, um bom Cartaxo.

No moinho das poldras, figo e uvas,
E o cantar das águas desse rio
Que nos aquece a alma que nem luvas
As mãos enregeladas pelo frio.

Fomos dormir à Quinta das Herédias
Depois de alguns provarem vinho fino
A noite curta deu-nos curtas rédeas,
E não nos permitiu perder o tino.

Que lindo sol! Que dia promissor!
Ainda temos muito para andar.
E lá p’ra a tarde vai fazer calor
E muita gente tem que regressar.

O tempo é curto. E tanto por ver!
Todos gostaram e não viram nada!
Adeus, vamos embora, tem que ser…
Valeu pela amizade reforçada.

Gostei de vos mostrar meu pátrio Douro,
Gostei deste grupinho bem peralta
Verifiquei que o maior tesouro
Sois vós, amigos meus, ó gente, ó malta!

Verdinha, Leo, Laura, meu irmão!
Luisa, Kim, Luís, Osvaldo, Ana!
Para tamanha e linda procissão
Seria curta mesmo uma semana.

Mas não nos faltarão ocasiões
Para recarregarmos baterias
Palpitam-nos no peito corações
Que dão para aquecer milhentos dias.

Ficou tanto por ver e por dizer!
Havemos de voltar! Haja esperança!
O Sol em nós acaba de nascer!
A Vida em nós ainda é uma criança!

Abreijos para todos.

André Moa

18 Comentários:

  • Às 15 de outubro de 2009 às 21:26 , Blogger Laura disse...

    Ora nem mais, meu queri Moa, o Moa da Ribeira da Moa, o Moa companheiro, fadista, dançarino, ah, que bem me soube dançar contigo sob o olhar das estrelas, rapaz, claro que temos de repetir, basta que esteja bom tempo!...e em qualquer lugar se faz jus à amizade ao amor pelos queridos amigos...
    Já vi e revi o filme, e com esta já são 4...e, sempre me encanta ouvir as vozes dos cantores consagrados, a Ana, verdinha, o Kim, tu, António, até o Osvaldo e Leo cantaram, eu, como desafino, ao menos nas cantorias,calei-me...
    Amei tão lindos versos, acredito que da próxima vez, vais cantar tudo, enquanto alguém dedilhará uma guitarra!...
    Beijinhos meu querido Moa, amei estar contigo e fazer parte de ti e de todos, laura...

     
  • Às 16 de outubro de 2009 às 00:13 , Anonymous Anónimo disse...

    Valeu ver-te a sorrir
    Meu terno paciente
    Te conhecer e partir
    Comove toda a gente

    Adorei te entender
    Te ler e ouvir cantar
    Sabes dar e receber
    Obriguei-te a dançar

    Meu Querido Moa

    Sabes bem o sentimentos que deixaste dentro de nós. Sabes como tentei perpetuar esse momento. Saberás então quão gratificante foi para todos nós o esforço que fizeste para estar presente.
    Só por isso já valeu a pena - Às Vezes Tabuaço!
    Kim

     
  • Às 16 de outubro de 2009 às 09:50 , Blogger Laura disse...

    Revivi de novo
    Aquele alento
    Que já não tinha
    Há muito tempo !...

    Revivi e vi
    Que vim de lá
    reforçada
    E com novo alento !...

    Encontrei por ali
    Seres de outra dimensão
    Almas afins que deixaram
    Luz no meu coração !...

    Dancei contigo
    À luz da lua
    No meio da rua
    E bebi da fonte do amor!...

    Saí de mim
    Maravilhei-me com a descoberta
    Que ainda há no mundo
    Pedaços de felicidade !...

    E que quando estiver triste
    Apenas terei de lembrar
    Que o amor entre os amigos
    Ainda existe !...

    E calarei a minha solidão
    Com as lembranças amigas
    Com que todos me agasalharam
    No seu coração !...

    Gente linda foram todos, todos aqueles que me abraçaram e deram a mão, foram todos os que me deixaram com saudades de os encostar novamente, ao coração!...
    Amo-vos minha gente, amo-vos por quem sois e como sois, porque o amor que por vós sinto, jamais sairá de mim...
    Amo-te Moa, amigo, amigo que comigo dançaste e rodopiaste numa rua qualquer da Cidade, e juntos calcorreamos a terra das belezas sem fim que ainda era desconhecida para mim!... E como tudo na vida, tem uma hora certa para acontecer, esperemos que em breve, possamos de novo trocar passos, por lugares que ainda vão acontecer!...Enlaço-vos a todos no meu abraço, Laura

     
  • Às 16 de outubro de 2009 às 12:09 , Blogger Maria disse...

    Meu caro André:

    Os seus belos versos ainda me fizeram mais pena de não ter comparecido ao encontro, depois de ter sonhado com ele durante meses. Por outro lado, deu-me mais um pouco da história dele. Recebi um filme e fotos do Kim, muitas fotos do Osvaldo, li a escrita da Laura e falei com ela ao telefone. Só me faltou lá estar e dar a todos o abraço enorme que queria dar. Ouvi-vos cantar, falar, vi onde estiveram, fiquei a conhecer aqueles que nunca vi. Se um dia nos cruzarmos por aí, irei reconhecê-lo. Custou-me muito não ir, mas a doença do meu irmão prendeu-me aqui.
    Como está a sua saúde? As dores nas costas melhoraram? A disposição vejo que é boa.
    Sei que, um dia, vamos encontrar-nos e então lhe darei o abraço grande e amigo que tinha para si.
    Vá dando notícias. Estimo-o, admiro-o, conheço-o, através do livro e do blog e de tudo o que me contam de si.
    Abreijos

    Maria

     
  • Às 16 de outubro de 2009 às 19:09 , Anonymous Leo disse...

    Caro Moa e amigos,

    Do calor da vossa amizade e da beleza tranquila do Alto Douro, que mais nos faz amar as nossas terras e as nossas gentes, a expressa vontade de, não o sendo, me sentir também um pouco poeta :

    Na ocidental ponta duma Europa vasta e rica,
    É humilde e pequeno este torrão natal.
    Para o imenso mundo, bem pouco significa,
    Que pena tamanha é não conhecer Portugal.

    Velhinha pátria de séculos nove,
    Nasceu-lhe inspiração para o mundo descobrir,
    Da fraqueza fez a força, que a coragem move,
    E moldou-lhe o espírito para a grandeza sentir.

    A história legou-nos a herança da nossa matriz,
    Do presente, recebemos o amor, a dor, a alegria,
    Louvemos a amizade que nos ilumina o dia.

    Lutemos pelo direito da procura de ser feliz,
    Agradeçamos a singela beleza do nosso país,
    Sigamos, serenos, a vida que o destino nos guia.

    Leo

     
  • Às 16 de outubro de 2009 às 19:14 , Blogger Je Vois La Vie en Vert disse...

    Caro amigo Moa,

    O espírito do soneto do Leo também é meu...

    Beijinhos

    Verdinha

     
  • Às 16 de outubro de 2009 às 19:53 , Blogger O Encapuçado disse...

    Leo e Verdinha!

    Ah, Poetas que o nosso torrão Natal, inspira
    Onde vos apraz versejar, da Pátria a glória
    Que a grandeza que ela nos merece
    Seja a daquela que nos viu nascer um dia ...


    Beijinhos aos dois, sempre lembrados, pois os amigos que se juntaram ali, eram todos a mais pura Poesia!... laura

     
  • Às 16 de outubro de 2009 às 20:18 , Blogger Je Vois La Vie en Vert disse...

    Caro Moa,

    Com a vontade de te presentear com um soneto, esquecemo-nos de comentar o teu poema :

    adorámos o teu poema e posso acrescentar o que o Leo me soprou ao ouvido (eu nunca o escreveria tão bem...) :

    Na música da rima, sente-se a beleza das palavras, num verdadeiro hino à amizade e ao amor à terra.

    Beijinhos da Verdinha
    e abraços do Leo

     
  • Às 16 de outubro de 2009 às 20:40 , Blogger Maria disse...

    Leo e Verdinha:

    Que linda homenagem à nossa Pátria! Comoveu-me muito. Meu pai ensinou-me a amar este cantinho e a respeitar a nossa História. Nasci em Tomar, aprendi muita coisa, passeando pelo Convento de Cristo e não só. Tive um bom mestre nessa matéria. Cada passeio pelo país, eram mais umas páginas de História que aprendia. Amo muito a minha terra e, o vosso amor por ela deixou-me feliz.
    Obrigada amigos, por este momento lindo.
    Abraço e beijinho para os dois.

     
  • Às 16 de outubro de 2009 às 22:00 , Blogger O Encapuçado disse...

    Indo eu!...

    Indo eu, indo eu
    P’los caminhos de Viseu
    Encontrei os meus amigos *(1)
    E com eles abalei
    Para Rio de Moinhos !...

    Terras lindas de Viseu
    Onde meu olhar se prendeu
    E mais tarde chegaram
    Outros amigos
    Que não eu !...

    Osvaldo e Ana
    São folhas da mesma cana
    Tão certo eu saber
    Que ardem os dois
    Na mesma chama !...

    A Verdinha chegou
    Pela mão do Leonel
    De maleta aviada
    E de belgas veio recheada
    Em forma de farnel !...

    Não tardou chegou o Moa
    Mai’lo seu mano António
    E os abraços que se seguiram
    Tornaram meu
    Parte do seu património !... * (2)

    Ele era o rio da Moa
    Ou então era o André
    Mas o que mais mexeu comigo
    Foi quando ele cantou o fado
    E deixou meu rosto, molhado !...

    O Kim estava a tardar
    E sempre, quase a chegar
    Mas o que o rapaz não sabia
    É que com as voltas na via
    De nós se estava a afastar !...

    Mas como sempre
    Onde o Kim está presente
    Sente-se o seu amor
    O sorriso contente
    E está sempre a filmar !...

    E o que eu me ri
    Quando dei por mim
    Na cozinha a fritar
    Os pasteis de bacalhau
    E o Kim, escondido, a filmar !...

    A Luisa ainda novata
    Nesta de encontros virtuais
    Tinha com ela o Luis
    O rapaz das suas entranhas
    A dar-lhe miminhos tais !...

    Veio tanta boa gente
    Que seus nomes nem fixei
    Mas o bom de tudo isso
    Foi que mais gente conheci
    E mais gente amei !...

    A noitada foi ali
    Na casinha da Aninhas
    E o Osvaldo tudo fez
    Para que a gente se sentisse
    Em casa, outra vez !...

    Houve fados cantorias
    Pela voz do mestre Moa
    Que cantou e encantou
    Como quem diz
    Até que a voz lhe doa !...

    A Ana e a verdinha
    Meteram as suas vozes
    A cantar em Francês
    E eu fazia-as repetir
    A cantar em Português !...

     
  • Às 16 de outubro de 2009 às 22:00 , Blogger O Encapuçado disse...

    Percorremos as terras
    Onde o demo pernoitou
    Pois não ficou pé de vide
    Que não desse daquele vinho
    Que até Santos, endoidou !...

    Jantamos no Tábua D’aço
    Beberricamos sem prós
    E quando demos por nós
    Estávamos todos na rua
    A trocar os nossos passos !...

    Havia lá uma fonte de amor
    E como ando à mingua dele
    Pensei despejar a dita
    A ver se matava de vez
    A minha sede maldita !...

    Pela noite começa o Kim
    A verdinha mai’la Ana a cantar
    E só podia ser assim
    Nos braços do Moa no meio da rua
    Acabei a dançar !...

    E, quando foi para dormir
    Já não havia ali, lugar
    E assim, à Quinta das
    Herédias
    Fomos pernoitar !...

    De repente reparei
    Que com a pressa de chegar
    No farnel peguei
    E meu saco de roupa
    Em casa deixei ficar !...

    O que me valeu foi a Luisa
    Sempre pronta a um jeito dar
    Emprestou-me uma t’shirt
    Uma escova e pasta
    Para os dentes lavar !...


    E a verdinha sempre prestável
    Apareceu de saquinho
    Com algo tão pequenino * (3)
    Mas assim, tomei um banho
    E fiquei de novo a bem cheirar !...

    Os quartos eram poucos
    Estavam todos a abarrotar
    E a mim e à Luísa
    No quarto do Visconde
    Um sofá veio a calhar !...

    O cansaço era tanto
    De terras de Tabuaço
    Palmilhar
    Que adormecemos num instante
    Com o Visconde, a embalar !...

    Acordei com o cantar dos passarinhos
    E a rua por mim a chamar
    Sentei-me ali a ver os socalcos
    E a terra sem lugar
    Para mais vinha, plantar !...

    E quando olho p’rás janelas
    Vejo uma mão a acenar
    Era o nosso bom António
    Madrugador a todos
    A saudar !...

    Ainda fomos às Poldras
    Ao moinho da tia Rosa
    Nossa vista, regalar
    Eu amei aquilo tanto, tanto
    Que queria para sempre lá ficar !... *(4)

    Mas como na vida
    Tudo o que é bom
    Nunca deu para me amargar
    Amei conhecer aquelas gentes
    E aquele lugar !...


    E nem sei se repararam
    Mas o nosso Leonel
    Percorria tudo a passos largos
    E ninguém o conseguia
    Manter no mesmo lugar !...

    É que quando o procurava
    Com o olhar
    O despachado do rapaz
    Já estava noutro lado
    A conversar !...

    E para casa viemos
    Com a Ana e o Osvaldo
    Que têm o dom de a todos amar
    E se por bons caminhos nos trouxeram
    Pelos mesmos nos tornaram a levar !...



    * (1) Osvaldo e Ana
    * (2) Os livros do Moa
    * (3) umas cuecas
    *(4) com o meu amor

     
  • Às 16 de outubro de 2009 às 22:01 , Blogger O Encapuçado disse...

    Teve que ficar dividido em duas partes, ams, sóa ssim e agora digam lá; gostaram? beijinhos da vossa nina das resteas, a laura

     
  • Às 16 de outubro de 2009 às 22:47 , Blogger Osvaldo disse...

    Caro irmão, estive um ausente, mas cá estou de novo. E ainda vim a tempo de descobrir tanta beleza poética da nossa literatura.
    Dois, já eu conhecia seus talentos literários, mas confesso que fiquei impressionadíssimo com a veia poética do Leo, o que comprova que quando um Homem é talentoso, outros talentos desse talento nascem e aí está a prova concreta.
    Irmão,... obrigado por esse belo poema que emocionou a Ana.
    Obrigado Leo e Verdinha pela vossa amizade e pelo carinho que transmitem a vossos amigos.
    Obrigado, Maria e João pelo apoio que dão ao meu irmão Moa. Obrigado Tó pelo carinho que dás ao Mano.
    Kim, contigo, ganhei mais um irmão e tu sabes...
    Nina,... de ti nem sei como começar, mas volto a repetir que todos nós somos uns "sortalhudos" de te conhecer e desfrutar-mos da tua amizade, que é um verdadeiro tesouro.

    Á... só pra vos dizer que em breve vamos almoçar (ou jantar) todos juntos e,... Maria, desta vez não podes faltar porque vai ser perto da tua casa.

    Um abraço a todos e um bem forte ao meu irmão Moa,

    Ana e Osvaldo

     
  • Às 17 de outubro de 2009 às 01:34 , Blogger Andre Moa disse...

    BENDITAS ÁGUAS

    Nesta ocidental ponta da Europa
    Nascem poetas como cogumelos.
    Fabricam versos à hora da sopa
    Quando sós,falam pelos cotovelos.

    A musa deles foi este passeio
    Que os despiu de todo o preconcêto.(1)
    A vinha, o vinho, o Douro, o enleio
    Gerador de odes, quadras e soneto.

    Apesar de ser ao retardador
    Que estes vates mostram seus talentos
    Quero acreditar que não foi à toa

    Que foram provar todos do licor
    Que faz irromper nobres sentimentos;
    Que foram beber à Fonte da Moa.

    (1)Preconcêto = preconceito à alentejana, que aqui serviu de bengala para faciliar a rima

    André Moa

    Quem foi que nos encantou?
    Todos dirão foi o Kim.
    Cantou, pulou e filmou
    tudo do princípio ao fim.

    Abraço, Kim, Luísa e Luís!

    Laurinha, eu adorei
    esses lindos versos teus.
    Penso que ainda, não sei,
    pairas nas nuvens do céu.

    Beijinhos, grande Laura!

    Maria, não tenha pena!
    Maria, não tenha mágoa!
    Há-de repetir-se a cena
    P'ra provar da Moa a água.

    E quem diz água, diz vinho,
    Quem diz vinho diz licor,
    Quem diz licor diz carinho,
    diz amizade e amor.

    Beijinhos, terna Maria!

    Caros Leo e Verdinha,
    Madame e monsieur,
    Grande surpresa é a minha!
    Que soneto em pas de deux!

    Parabéns e um grande abraço para ambos. Muito bem, continuem. Não deixem morrer na casca tão versátil pintainho.

    Caro Osvaldo, cara Ana,
    que gostosas palavrinhas,
    Que belo fim-de-semana,
    Que saborosas prendinhas!

    O prometido é devido.
    Outros dias hão-de vir.
    Antes que caia no olvido,
    vá lá, toca a reunir.

    Abraços saudosos.

    Abreijos para todos

    André Moa

     
  • Às 17 de outubro de 2009 às 09:33 , Blogger Laura disse...

    Ah, Moa

    Soam a cânticos guerreiros
    As tuas palavras de amor
    E saem delas
    Artistas na escrita
    Artesãos às mãos cheias
    Nos mais belos sentimentos
    De amizade amor!...

    Há que tocar de novo o cornetim
    Ao toque do recolher
    Para que todos se lembrem a tempo
    De tanto que há para ver
    Porque a vida urge
    E não devemos deixar para amanhã
    O que hoje ainda podemos fazer !...

    Toque a rebate
    No grupo do bem fazer
    Sentir, amar
    Porque há pela nossa terra
    Tanta beleza para ver
    Tanta alegria para extravassar!...

    Amo-vos guerreiros da luz
    Que por ela sois bafejados
    Quais Anjos alados
    Os amigos que quero ver
    E ter sempre ao meu lado !...

    Ah, querido Moa, sei a que te referes às falas pelos cotovelos, eu e a estrelinha d'alva, fizemos-te ficar a jantar com o tabuleiro nos joelhos e iamos-te zanzando os ouvidos com tanta irreverência, enfim, serão momentos belos para lembrar, para amar...
    Obrigada, mas, eu não voo, flutuo, eu sou um ser terreno, mas nem por isso sou assim tão terra a terra, eu obrigo-me a voar, porque só esta pequenez, não chega para mim, anseio voar pelos espaços azuis...e acompanhar-te naqueles voos quando a alma sai e se junta com os seres de outras dimensões... porque tu e todos ou a maioria, passeais pelo espaço enquanto dormis...
    Um dia destes só nos falta a festa do pijama, ah, ganda ideia, vamos a isso, para a próxima nenhum vai para a cama, dormimos por ali no chão da casinha da Aninhas, Osvaldo que tão bem nos acolheram...bora lá aos colchões dar!...
    Beijinhos a todos e excelente sábado.
    Moa, sabes que se morasse pertinho, já estava aí a contar histórias de encantar enquanto dava a sopinha ao teu netinho..e a fazer companhia a ti e à queridinah da teresa que anseio abraaçr, ams, é tão longe meu amigo, tão tremendamente longe para mim!...
    Beijinhos meus, do fundo da alam, a todos, laura

     
  • Às 17 de outubro de 2009 às 23:14 , Blogger Laura disse...

    Perdão no post acima errei a palavra alma e escrevi alam, mesmo no fim, desculpar faz favor..beijinho pa adocicar...

     
  • Às 20 de outubro de 2009 às 10:05 , Blogger mariabesuga disse...

    André Moa
    Booom dia

    Tanto tempo sem vir aqui e ao entrar dou logo de caras com o registo da festança.

    Faço o retrato através das palavras. Já o havia feito através das palavras da Laurinha, da Verdinha, do Kim...
    Aqui nesta forma de enumerar os momentos felizes do vosso tempo juntos deixo que se desenrolem a meu olhos mais imagens de partilha e tanta comunhão de sentidos.
    É do melhor que nos pode acontecer a nós seres que precisamos sentir o calor do abraço do outro para o saber amigo mesmo que a empatia virtual na troca das palavras aqui já nos tenha deixado mais que perceber o inevitável. Aqui comunicamos e daqui nos sentimos.
    Eu não estive no encontro de Tabuaço mas sinto-vos em mim e isso faz-me bem porque posso acreditar nos meus sentidos pelo que recebem dos vossos.

    Um grande abraço Moa e um beijinho.
    Cesejo que se sinta bem e que esteja de volta para aqui nos deixar sempre boa prosa e poesia de canto e encanto.

    Abreijos
    Dias felizes!...

     
  • Às 20 de outubro de 2009 às 22:28 , Blogger Andre Moa disse...

    Cara Maria Besuga,
    Aliás foi a pensar em ti e noutros como tu, que gostariam de ter estado e não puderam, que eu resolvi fazer o relato dos pontos altos da viagem, da forma como o fiz.
    Fico feliz, se o consegui minimamente.
    Dias Felizes para todos.
    Abreijos.
    André Moa

     

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Que cantan los poetas andaluces de ahora...