JUSTIFICAÇÃO E GÉNESE DE UM PSEUDÓNIMO
A bailarina Laura na Fonte da Moa
foto de Osvaldo Ribeiro
JUSTIFICAÇÃO E GÉNESE DE UM PSEUDÓNIMO*
Chamo-me André Moa. Sou o alter-ego do José Guilherme Macedo Fernandes, um cidadão do mundo, nascido em Tabuaço, Alto-Douro, Portugal. Um cidadão do mundo, sem dúvida, mas com as raízes bem firmadas no torrão que lhe deu vida. Tabuaço é o centro do seu e do meu mundo, feito de vários círculos concêntricos. As nossas grandes referências foram e continuarão a ser, para todo o sempre, a região do Douro Vinhateiro e, muito em especial, o Concelho e a Vila de Tabuaço.
O José Guilherme cedo sentiu um forte apelo para adoptar um pseudónimo literário. Ensaiou vários, antes de me escolher a mim. Desejou sempre que tivesse a ver com a sua região, com as suas origens. Chegou a pensar em José Riba-Douro. Pô-lo de parte, por o considerar algo aristocrático, pomposo de mais para o seu gosto e para a sua maneira de ser e de estar na vida. E que tal José Rabelo? Demasiado circunscrito, algo fechado, pouco musical, sendo certo que a música para o José Guilherme é a arte por excelência, até por à música se encontrar muito irmanada a poesia. Por que não José Távora? Távora, o rio que banha os pés de Tabuaço e que o José Guilherme muito calcorreou na infância e na juventude. Távora, freguesia, a terra natal do seu avô paterno. Seria interessante, não fora a imediata conotação com os Távoras, os senhores e donos de meio Portugal, até serem dizimados pelo Marquês de Pombal.
Eis senão quando lhe surge a ideia de me formar, de constituir o pretendido pseudónimo, a partir da palavra Moa. Ribeiro da Moa, nome do riacho e do vale contíguo à vila de Tabuaço, hoje urbanizado, constituindo parte integrante do povoado que por ali pôde e deu em expandir-se. Ribeiro da Moa que tanto povoou a sua infância e o seu imaginário. A tendência hoje vai no sentido de se falar na Moa e já não no Ribeiro da Moa. É natural. O asfalto transformou o caminho do Ribeiro da Moa numa avenida. O casario cada vez mais esconde aquele estreito curso de água. O bulício próprio de uma zona urbanizada, percorrida de automóvel e cada vez menos a pé ou a cavalo como outrora, abafa o doce cantar das águas do manso ribeiro que por não ser tão visível e audível vai sendo cada vez menos lembrado. José Guilherme e, por certo, todos os da sua geração, não o olvidarão nunca, Foi no tanque do Ribeiro da Moa que sua mãe e muitas outras mães lavaram, coraram e secaram os cueiros dos seus filhotes.
Dorme, dorme, meu menino,
Que a tua mãe te abençoa.
Foi lavar os cueirinhos
Lá pró Ribeiro da Moa.
No Ribeiro da Moa apanhou o José Guilherme muita chuva, muito sol, muitos figos, muitas uvas, muitas ameixas e nabos, espalhou muito estrume, rapou e abriu muitos regos, semeou (dizia-se semear em vez de plantar), esterroou, sachou, regou muitas batatas. E mondou trigo. E tratou do cebolo e dos feijões. E da vinha. E dormiu muitas noites de Verão numa casinha de arrumações, para virar a água, por volta das quatro da manhã, para o tanque do prédio que seus pais traziam de meias. E bebeu muita água do caleiro que deitava para o tanque onde as mulheres lavavam o enxoval, constituído pelos trapinhos com que cada família ia tapando o corpinho e encobrindo as “misérias”. E tudo isto dos cinco aos doze anos. Depois “fugiu”. Tornou-se fidalgo. Fidalgo, mas nunca fidalgote. Foi estudar. Só que nunca renegou, antes sempre engrandeceu e acalentou um grande amor pelas suas raízes a que ainda hoje procura ser fiel e reconhecido.
No Ribeiro da Moa cresceu, se formou, física e psicologicamente. Assim se compreenderá a sua ligação telúrica com Tabuaço, nomeadamente com esse rincão, esse pedaço de verde cuja designação lhe foi emprestada pelo ribeiro que o banha, o atravessa e lhe dá a frescura e o viço.
Ribeiro da Moa. Da Moa, porquê?
O ribeiro corre, canta, sente-se, ouve-se, frui-se, dessedenta campos, animais e gentes. Desconheço, sim, o porquê da Moa. Quando não se sabe, inventa-se. Da moa. Alguma moura (moura – moabita – moa) que por ali andou, viveu, penou sofreu de amores por algum cristão – qual outra Adringa – e que por isso viu derramado o seu arábico sangue no ribeiro que por ali passa desde o dealbar dos tempos?
O que nos dizem os dicionários? Do Grande Dicionário da Língua Portuguesa de Cândido de Figueiredo colhe-se apenas isto: “Moa (ô) s. m. Zool. Pássaro gigante da Nova Zelândia”. Não é crível que um destes pássaros dos antípodas tenha trespassado o mundo ou sobrevoado tantos céus até pousar e fazer ninho naquele pequeno se bem que paradisíaco recanto e assim baptizar o ribeiro da moa. Acresce que o moa pássaro é masculino e a moa do nossos ribeiro é feminina. No Grande Dicionário da Língua Portuguesa de José Pedro Machado – Sociedade de Língua Portuguesa – para lá do Moa1 (o tal pássaro gigante) encontra-se “Moa2, s. f. Bot. Erva de pastagens, originária da Hungria//o mesmo que milho painço, nome vulgar de erva anual da família das gramíneas. É originário da Ásia e cultivado em Portugal, principalmente no Norte”. Teríamos, então, o Ribeiro da (erva) Moa, a tal gramínea também conhecida por milho painço. Parece-me razoável.
Quer uma quer outra proveniência nos agradam. A mim, André Moa, e ao José Guilherme que, por tudo isto que aqui fica dito, me criou. Em mim se fundem e confundem os dois sentidos de moa. O masculino e o feminino, o x e o y, o ser humano no seu pleno, a humildade do milho painço e a altanaria da ave sedenta de inatingíveis altos e sonhados céus.
André Moa
* Aos meus amigos, a todos os visitantes deste blogue, muito em especial aos que participaram no passeio de meados de Setembro passado por terras de Tabuaço e já provaram da deliciosa água da Fonte da Moa.
foto de Osvaldo Ribeiro
JUSTIFICAÇÃO E GÉNESE DE UM PSEUDÓNIMO*
Chamo-me André Moa. Sou o alter-ego do José Guilherme Macedo Fernandes, um cidadão do mundo, nascido em Tabuaço, Alto-Douro, Portugal. Um cidadão do mundo, sem dúvida, mas com as raízes bem firmadas no torrão que lhe deu vida. Tabuaço é o centro do seu e do meu mundo, feito de vários círculos concêntricos. As nossas grandes referências foram e continuarão a ser, para todo o sempre, a região do Douro Vinhateiro e, muito em especial, o Concelho e a Vila de Tabuaço.
O José Guilherme cedo sentiu um forte apelo para adoptar um pseudónimo literário. Ensaiou vários, antes de me escolher a mim. Desejou sempre que tivesse a ver com a sua região, com as suas origens. Chegou a pensar em José Riba-Douro. Pô-lo de parte, por o considerar algo aristocrático, pomposo de mais para o seu gosto e para a sua maneira de ser e de estar na vida. E que tal José Rabelo? Demasiado circunscrito, algo fechado, pouco musical, sendo certo que a música para o José Guilherme é a arte por excelência, até por à música se encontrar muito irmanada a poesia. Por que não José Távora? Távora, o rio que banha os pés de Tabuaço e que o José Guilherme muito calcorreou na infância e na juventude. Távora, freguesia, a terra natal do seu avô paterno. Seria interessante, não fora a imediata conotação com os Távoras, os senhores e donos de meio Portugal, até serem dizimados pelo Marquês de Pombal.
Eis senão quando lhe surge a ideia de me formar, de constituir o pretendido pseudónimo, a partir da palavra Moa. Ribeiro da Moa, nome do riacho e do vale contíguo à vila de Tabuaço, hoje urbanizado, constituindo parte integrante do povoado que por ali pôde e deu em expandir-se. Ribeiro da Moa que tanto povoou a sua infância e o seu imaginário. A tendência hoje vai no sentido de se falar na Moa e já não no Ribeiro da Moa. É natural. O asfalto transformou o caminho do Ribeiro da Moa numa avenida. O casario cada vez mais esconde aquele estreito curso de água. O bulício próprio de uma zona urbanizada, percorrida de automóvel e cada vez menos a pé ou a cavalo como outrora, abafa o doce cantar das águas do manso ribeiro que por não ser tão visível e audível vai sendo cada vez menos lembrado. José Guilherme e, por certo, todos os da sua geração, não o olvidarão nunca, Foi no tanque do Ribeiro da Moa que sua mãe e muitas outras mães lavaram, coraram e secaram os cueiros dos seus filhotes.
Dorme, dorme, meu menino,
Que a tua mãe te abençoa.
Foi lavar os cueirinhos
Lá pró Ribeiro da Moa.
No Ribeiro da Moa apanhou o José Guilherme muita chuva, muito sol, muitos figos, muitas uvas, muitas ameixas e nabos, espalhou muito estrume, rapou e abriu muitos regos, semeou (dizia-se semear em vez de plantar), esterroou, sachou, regou muitas batatas. E mondou trigo. E tratou do cebolo e dos feijões. E da vinha. E dormiu muitas noites de Verão numa casinha de arrumações, para virar a água, por volta das quatro da manhã, para o tanque do prédio que seus pais traziam de meias. E bebeu muita água do caleiro que deitava para o tanque onde as mulheres lavavam o enxoval, constituído pelos trapinhos com que cada família ia tapando o corpinho e encobrindo as “misérias”. E tudo isto dos cinco aos doze anos. Depois “fugiu”. Tornou-se fidalgo. Fidalgo, mas nunca fidalgote. Foi estudar. Só que nunca renegou, antes sempre engrandeceu e acalentou um grande amor pelas suas raízes a que ainda hoje procura ser fiel e reconhecido.
No Ribeiro da Moa cresceu, se formou, física e psicologicamente. Assim se compreenderá a sua ligação telúrica com Tabuaço, nomeadamente com esse rincão, esse pedaço de verde cuja designação lhe foi emprestada pelo ribeiro que o banha, o atravessa e lhe dá a frescura e o viço.
Ribeiro da Moa. Da Moa, porquê?
O ribeiro corre, canta, sente-se, ouve-se, frui-se, dessedenta campos, animais e gentes. Desconheço, sim, o porquê da Moa. Quando não se sabe, inventa-se. Da moa. Alguma moura (moura – moabita – moa) que por ali andou, viveu, penou sofreu de amores por algum cristão – qual outra Adringa – e que por isso viu derramado o seu arábico sangue no ribeiro que por ali passa desde o dealbar dos tempos?
O que nos dizem os dicionários? Do Grande Dicionário da Língua Portuguesa de Cândido de Figueiredo colhe-se apenas isto: “Moa (ô) s. m. Zool. Pássaro gigante da Nova Zelândia”. Não é crível que um destes pássaros dos antípodas tenha trespassado o mundo ou sobrevoado tantos céus até pousar e fazer ninho naquele pequeno se bem que paradisíaco recanto e assim baptizar o ribeiro da moa. Acresce que o moa pássaro é masculino e a moa do nossos ribeiro é feminina. No Grande Dicionário da Língua Portuguesa de José Pedro Machado – Sociedade de Língua Portuguesa – para lá do Moa1 (o tal pássaro gigante) encontra-se “Moa2, s. f. Bot. Erva de pastagens, originária da Hungria//o mesmo que milho painço, nome vulgar de erva anual da família das gramíneas. É originário da Ásia e cultivado em Portugal, principalmente no Norte”. Teríamos, então, o Ribeiro da (erva) Moa, a tal gramínea também conhecida por milho painço. Parece-me razoável.
Quer uma quer outra proveniência nos agradam. A mim, André Moa, e ao José Guilherme que, por tudo isto que aqui fica dito, me criou. Em mim se fundem e confundem os dois sentidos de moa. O masculino e o feminino, o x e o y, o ser humano no seu pleno, a humildade do milho painço e a altanaria da ave sedenta de inatingíveis altos e sonhados céus.
André Moa
* Aos meus amigos, a todos os visitantes deste blogue, muito em especial aos que participaram no passeio de meados de Setembro passado por terras de Tabuaço e já provaram da deliciosa água da Fonte da Moa.
45 Comentários:
Às 5 de novembro de 2009 às 23:44 , Kim disse...
Meu querido Moa!
Está muito bem esgalhada esta tua descrição. Bendita a hora em que o Osvaldo teve aquele rasgo de desafio duma hipotética descoberta do Douro Vinhateiro.
Fizeste a escolha acertada e moa calha-te que nem gingas, aliás que nem vinho do porto.
Por acaso, relativamente às origens do nome do ribeiro, tenho impressão que pode ter tido origem numa possivel mamoa que existisse no local e que o passar dos tempos a tenha deixado cair no esquecimento. Daí até se dizer que ali havia uma mamoa, a palavra foi sendo assimilada já que UMA MAMOA é cacofónico e então caiu o UMA e terá ficado o MOA. Pode ser que eu esteja a divagar, mas também pode ter acontecido.
Uma coisa é certa, a água da fonte do Moa é simplesmente divinal.
Como todos a bebemos espero que tenhamos ficado contagiados à vontade de lá voltar.
Adorei beber da tua fonte e continuarei a beber as tuas palavras, até que a voz te doa.
Um grande abraço, homem bom que eu não esperava encontrar.
Kim
Às 6 de novembro de 2009 às 01:35 , Branca disse...
Querido amigo André Moa,
Adorei lê-lo como sempre e aprendi imenso e fiquei com mais uma pontinha de inveja...saudável, daquela que faz crescer água na boca por não ter provado dessa água da fonte do Moa.
É um consolo vê-lo assim bem disposto.
Obrigada pelas lições de História de Tabuaço e pelo enriquecimento de perceber o seu pseudónimo.
Deixo beijos.
Branca
Às 6 de novembro de 2009 às 08:48 , Espaço do João disse...
Meu Caro Amigo.
Como sou um infornabo, não conseguia deslindar como entrar no seu blog, uma vês que não permitia sem ser convidado. Grato pela dica.
Passei de relampejo e, diga-se em abono da verdade:- É um belíssimo espaço. Não se admire eu voltar a visitá-lo, pois adorei as suas poesias de carácter popular. Um grande abraço do amigo dos seus amigos João.
Às 6 de novembro de 2009 às 09:50 , Maria disse...
André Amigo:
Para mim, que tenho o seu livro, que já o li várias vezes, o nome não foi surpresa.
Também eu não uso o meu verdadeiro nome. Ou melhor, cortei-o. Quando miúda, usei vários: Maria Clara, Maria da Saudade, sei lá.
Quando comecei o blogue optei por usar o meu primeiro nome Maria, apenas. Usar o nome todo era impossível, é muito grande. Por outro lado, usar apenas parte, ia meter ao barulho um nome conhecido, o de meu pai e de meu irmão. Não o fiz também. Quando nos encontrarmos dir-lhe- hei o meu nome todo. Muito poucos o conhecem. Na "Travessa" do Antunes Ferreira aparece uma parte Maria Águeda Alves Costa. Este é o meu nome de casada. Os outros 4, saberá depois. A explicação para os não usar, também.
Beijinho da Maria (às vezes dos Açatruzes).
Às 6 de novembro de 2009 às 12:57 , Laura disse...
E foi ali que um dia
senti prazer em beber
a água pura da fonte
que o amor me iria oferecer ...
Bebi até saciar
aquela sede maldita
e bem me lembro de tentar
mergulhar na dita ...
Só que a dose
foi de menos ou demais
e o desgraçado do amor
até hoje nunca mais ...
Assim voltarei de novo à fonte
que de água me encheu
e quem sabe encontre por lá
um fidalgo pra ser só meu ...
Moa, o Homem, o rapaz, o menino, a criança que tem todas as idades numa só, o menino que recorda a terra de seus pais, o carinho de sua Mãe, as brincadeiras com os irmãos e amigos, a terra que não lhe é desconhecida, porque a trabalhou, a sachou, mondou e pisou,
continuando, o Moa que foi prá cidade, o Moa que se formou e foi e é doutor, Doutor, ora pois, mas o que eu gosto nele, é desse coração de amor, compaixão e cheio de sentimentos nobres...Ah, deixa-me segredar-te! Guilherme, o nome de um vizinho meu,eu é que passava na casa dele a caminho da padaria, onde ele já me esperava de saca na mão, talvez eu tivesse 13 anitos e ele também, iamos os dois ao pão, o nosso namoro tão inocente era ali, fins de semana sem padaria aberta, e que saudades, mas, ele andava por lá. Escrevi o nome dele num papelito, pequenino, enfiei-o num burquinho que havia entre os azulejos lá em casa, quem sabe um dia, alguém quando a casa for abaixo, repare num nome escrito, um Guilherme, e fique a pensar o porquê! de um papel daqueles, resistir a um ror de anos, (45)escondido entre o cimento e os azulejos...Bonito o teu nome, Guilherme, meu amigo, meu querido Moa!... Amei ler-te, quanta sabedoria na escrita, quantas palavras lindas..
Beijinhos da laura, e quem é aquela giraça lá na fonte? Não é uma que a queria esvaziar?
logo eu, Moa, sei trabalhar no campo, aprendi na casa dos meus avós, e as minhas tias iam para lá de madrugada para terem a água para as batatas, o milho, quantas vezes reguei o milho,de galochas, apanhei feijão, encabei cebolas, ah, sou menina de saberes do campo..também...
beijinhos e abraços da laura.
Às 6 de novembro de 2009 às 12:58 , Laura disse...
Acredita que aquela ali na foto, tem cara de tudo, menos de bailarina, ehhhhhh... que riso..beijinhos.
Às 6 de novembro de 2009 às 20:42 , Bichodeconta disse...
Moa amigo parabéns pelo magnifico texto.Tenho andado um pouco arredada, faleceu um familiar muito querido(A tia Arminda) 95 anos de ternura , de trabalhos e de uma vida sofrida.Mãe de nove filhos dos quais oito estão entre nós.Desta tia guardo as melhores recordações, era também ela uma mulher com raízes no Norte, já que o pai numa das vindas de ranchos de ceifeiros ao Alentejo, apaixonou-se e deixou na minha terra dois filhos dessa paixão.A tia viria mais tarde a casar com um dos irmãos da minha mãe, e foi sempre um pouco minha mãe também. Ali brincávamos com as primas e primos, havia sempre comida para todos naquela casa onde a trave mestra se chamava Arminda. Em paz repouse para sempre. Náo somos gente nada e criada no campo onde naturalmente tenho um curso superior com mestrado e tudo. e desde a matança do porco á cozedura de pão, da roupa de vestir aos arrumos da casa, tudo se aprendia de criança naturalmente e sem traumas. Aos nove fui trabalhar no campo onde fiz de tudo até aos 25. Os meus horizontes por ali eram apertados embora eu ame a terra onde nasci, gostaria de ter ido á descoberta de outros lugares. A avó materna dizia com alguma razão.A nossa terra é o lugar onde ganhamos o pão. Abreijos.
Às 6 de novembro de 2009 às 22:22 , Carecaloira disse...
Que feliz que eu fico por o ver animado.
Tinha saudades.
Beijinhos
Às 7 de novembro de 2009 às 00:53 , Andre Moa disse...
Amigo Kim:
Que origem bem esgalhada!
Mamoa, mamei, mamada...
Apenas Moa e mais nada.
Mama Mia!Ma Mamoa!
Que bela gente e tão boa!
Quantas mamoas lá vi
debruçadas sobre as águas!
Quantas mamadas bebi
quantas mágoas! Quantas mágoas!
Tanta mama a despejar
para a fonte, é natural
que a água ali a saltar
seja mesmo divinal.
Quanto a beberes-me a palavra
até que a voz me doa
como sou de boa lavra
estás tramado, ó Kim:
a minha voz soa, soa,
a minha voz não perdoa,
a minha voz não tem fim.
eheheheheheh
Branca! Branca! Brancamar,
vamos primeiro ao tabú:
se queres das águas provar,
antes trata-me por tu.
Como se pode gostar
de quem nos distanciamos?
O tu encurta o caminho
que vai da boca ao carinho.
E se gostamos, tuamos.
É sempre um consolo de alma
É sempre um prazer enorme
ler-te, reler-te com calma
ou menos calmo, é conforme.
O prazer é sempre bom
independente do tom
com que recebo a palavra
que me vem da tua lavra.
Maior será o prazer
se à fonte fores beber
e o Moa lá estiver
para bem te receber.
Mesmo daqui a cem anos,
se a água sair dos canos
e a vida não nos der
em vez de um grande prazer
tristezas e desenganos.
Meu caro amigo João,
como sabe, o povo diz
que amigos dos meus amigos
meus amigos também são.
E venha quando quiser
para mais o poder ler
e assim me sentir feliz.
E só mais esta, e acabo,
meu caro amigo João:
se o João é infornabo,
o Moa é infornabão.
Maria, cara Maria,
sejas Marias ou não,
tu és a luz no meu dia,
fogo no meu coração.
Se ninguém me ameaçar
se não houver quem me açoite
iria mesmo jurar
que és sol de dia e à noite
céu estrelado e luar.
Grande nome! Tamanhão!
Espero a explicação
do nome sim, nome não.
Até lá, com permissão,
um grande Xi-Coração.
Qu'rida Laura, teve graça
ou não teve? Diz, menina!
Podes crer, não foi chalaça
arvorar-te em bailarina.
Diz-me lá, com quem bailei
junto à fonte da Moa?
Se foi contigo, acertei,
se não foi... fico à toa.
Quem baila é bailarina
mesmo que não ouça o tom.
Vamos repetir, menina?
Soube tão bem! Foi tão bom!
Meu alimento foi água
dessa, da Fonte da Moa.
Se quero água, hoje, pago-a.
Que tristeza, esta Lisboa!
Água cara... água? Mágoa.
É cara e não é boa.
Bendita fonte da Moa!
Ó meu leite de criança!
Meu deleite de menino
Dás-me saúde e esperança,
és melhor que vinho fino!
Querida Bichadeconta,
pesares pela tia Arminda!
Tia de tamanha monta,
morreu muito nova ainda.
95 é tão pouco!
Eu peço 150!
E não me chames de louco,
que'inda não tenho setenta.
Estão quase mesmo a chegar.
Vivi-os a padecer,
tenho oitenta para gozar.
Isto agora é que vai ser!
Até fartar, vilanagem!
E se alguém sentir cansaço,
Adeus e boa viagem.
Vão comigo a Tabuaço.
Façam o mesmo que eu faço,
vão à fonte e ao bailarico.
Verão se fico cansado!
Redobro o desembaraço,
Verão quão feliz eu fico!
Que bom ter um grupo de amigos com quem nos podemos abrir, a quem dá gosto dar-nos, de quem tanto recebemos!
Bem-hajam!
Abreijos
André Moa
Às 7 de novembro de 2009 às 00:59 , Andre Moa disse...
Ó linda Carecaloira!
Só agora dei por ti.
Que saudades, moçoila!
Ao ver-te, chorei e ri.
Que alegria! Que felicidade!
Ver-te, amiga, por aqui!
Um beijinho muito especial!
Como vês, ainda não morri.
Sou como tu. Maleáveis como a água, dúcteis como a tábua; rijos como o aço.
Muita força! Muita esperança! Muita vida!
Abreijos!
André Moa
Às 7 de novembro de 2009 às 14:23 , Bichodeconta disse...
Moa meu querido estou sem palavras. Concordo , a tia morreu cedo ,muito cedo.Mas ficou tatuada em mim para todo o sempre.
Tinha cabelos de prata.
Sorriso de malmequer.
Era rija como o aço.
Era uma grande mulher.
Meia vida por viver.
Também tenho, Moa amigo
Ao BI não ligo meia.
Quem colhe sempre semeia.
Eu estou de acordo contigo..
Posso até ter mau feitio.
Não descordo Certamente.
E sempre que me levento.
Renovo a força e a esperança.
De poder seguir em frente.
Não são versos.
Não são rimas.
E a poema não soa
São palavras simplesmente.
De quem te quer docemente
Abraçar, meu querido Moa.
Às 7 de novembro de 2009 às 16:32 , Andre Moa disse...
Para bichinhodeconta e demais amigas. Para a mulher.Para todas as mulheres.
E se algum homem quiser,que hei-de eu dizer
senão: tá bem... pode ser...!?
Um abraço, é um abraço. Seja de amor, seja de amizade, um abraço não se nega a ninguém que o mereça.
Tenho cabelos de prata
Sorriso de cravo roxo
sou feito de tábua e aço
fruto seco, fruto chocho.
Não gosto de tatuagens,
tenho-lhes horror profundo.
Aprecio as viagens
curtas, belas, neste mundo.
Podes dizer: Moa amigo.
Não fujo ao desafio.
Tudo o que é vida é comigo,
assim como o mau feitio.
Sou filho de Tabuaço
já o sabe toda a gente,
não fujo ao teu abraço ...
e se fugir é p'rá frente.
Para ser mais apertado
p'ra poder ser bem sentido
Para poder ser bem dado
p'ra merecer ser repetido.
O abraço que te der
não terá marca nem nome:
Fará de ti mais mulher
e de mim fará um home.
E por aqui me fico à espera do tal abraço capaz de ressuscitar mortos.
Abreijos
André Moa
Às 7 de novembro de 2009 às 17:29 , Bichodeconta disse...
Quase impossível será
Poder eu ser mais mulher
Sentirás tudo o que sou.
No abraço que te der.
Acredito em poucas coisas
Mas cre, não é por maldade
Felizmente não perdi
O valor da amizade.
Nascida no Alentejo
Terra linda d`onde sou
Comi muitas vezes pão
Do que o diabo amassou.
Rosmaninhos e giestas
Terra gretada no verão
E muitas vezes regada
De sangue em Baleizão.
E vou fazer o jantar
Até logo Moa amigo
Cansada de tanto esperar
Posso ao menos convidar
Que venha jantar comigo?
eheheheheh Abreijos.
Às 7 de novembro de 2009 às 18:02 , Branca disse...
Querido Moa,
adorei os versos e o teu bom humor habitual. Os maus hábitos do você vêm detràs, mas já que mo permites aí vai o TU.
Quero saber qual o dia daquele almocinho de que falaste no espaço da Laurinha, porque também tenho um jantarinho doutros amigos em Lisboa em Dezembro, pode ser que dê para conciliar tudo.
Eu vou contactar-te e quero saber isso em pormenor. Perdi o telemóvel e perdi contactos, só fiquei com alguns que tinha escritos, mas vou aí ter de mail ainda hoje, para saber essas novidades todas e reaver o teu número, se fizeres o favor.
Até já.
Logo volto com mais tempo.
Beijinhos
Branca
Às 7 de novembro de 2009 às 20:39 , Osvaldo disse...
Olá, que bela abertura de post... a nossa Nina, Bailarina das Águas do Bairro da Moa, filha adotiva de Tabuaço e do Moinho das Poldras!!!
Caro irmão, só para teres tantos amigos por aqui a te visitar e prestigiar, valeu a pena a visita à Capital Românica e Romântica do Douro. Acho que nunca Tabuaço mereceu tanto o nome de Capital Romântica como nesse fim de semana. E claro, a Laura, tal Princesa Ardina, mereceu o titulo de Princesa pela sua fidalguia e porte Real. Sem dúvida que para todos os intervenientes do Grupo, esta foi apenas uma primeira vez, porque outras vezes acontecerão...
Um abraço, caro irmão e beijinhos lá em casa.
da Ana e Osvaldo
Às 7 de novembro de 2009 às 21:08 , Je Vois La Vie en Vert disse...
Caro Moa ou Toi,
Gostei imenso que conhecer toda a justificação e génese do teu pseudónimo ! Depois de ter aprendido todo o significado do "Moa", percebi a tua força, o teu talento, e a tua resposta ao "valha-me Deus". Já está perfeitamente justificado ... e eu vou ser excomungada daqui em breve se continuar a escrever estas coisas.... ;D
Meu caro amigo, fico feliz por ver que voltaste a dedicar-te à escrita bloguista e eu continuo a, ora divertir-me, ora aprender, ora apreciar tudo o que tem a ver com um certo "Mau tempo". Tem sido aos poucos porque eu tenho andado a correr "comme une poule sans tête" (como uma galinha sem cabeça, i.é. de um lado para o outro). Que tal esta lição de expressões idiomáticas francesas ?
E hoje à tarde, despejei toda a tensão acumulada desde 4ªFeira quando cantei com o meu coro todo o nosso repertório do nosso ciclo de Música Sacra.
Amanhã temos outro e será então que voltarei a ser a Verdinha de sempre em vez de ser a Verdinha murchinha que tem estado ultimamente por força das coisas. O atleta está a reagir muito bem, já dá os seus passinhos e não tarda nada volta a fazer desporto !
Amanhã darei os teus abraços ao doentinho, como dizes. Ficará contente de certeza !
E para Toi, um grande beijinho amigo
Verdinha
Às 7 de novembro de 2009 às 21:53 , Kim disse...
Que lindo versejar
Hoje aqui apareceu
É do rio não do mar
O que aqui aconteceu
A arte de bem falar
Este Moa bem venceu
Faz-me rir e soluçar
Canta ele choro eu
À tua saúde, meu querido Moa!
Às 8 de novembro de 2009 às 10:58 , Laura disse...
Moa, Moa meu amigo
que encontrei numa terra
sentida, um porto de abrigo
pois foi tanto o amor, acontecido.(é pa rimar)
Se foi comigo que dançaste
ora foi que sim senhora
e se assim tanto gostaste
pois repitamo-la agora
Na verdade nós dançamos
No melhor salão do mundo
Com estrelas a assistir
E a lua a aplaudir ...
Amei estar nos teus braços
no aconchego e no calor
como já não recebia há muito
tanto carinho e amor...
Amei andar pla tua terra
que é do Osvaldo, também
Senti-me tão entranhada nela
Como se fosse ela, minha mãe...
Moa, Moa da ria, Moa da poesia, Moa dos cantos de amor, para ti hoje há também, poesia de amor, porque é só amor o que sinto, quando vos lembro a meu lado, naquele calcorrrear, ah, lembras-te que me tomaram, pl'a tua mulher...iamos de braço dado, pl'as ruas da cidade e alguém te veio cumprimentar, e, a senhora lá veio com uma simpatia querida, prestigiar-me na continuação da admiração que sentem por ti...Foi bom, correspondi, ou não iria estar ali no meio da rua (ah, parece que os negócios por ali, foram tratados no meio da rua, desde a festança à dança)deu para ver a atenção com que te rodearam, o carinho que por ti, sentem...e, nós, nós, ficamos a sentir também!...
Espero-te todas as noites, na companhia da estrelinha e por vezes do nosso Osvaldo e Aninhas, que ali passam bocadinhos de tempo que sabem bem, tão bem que sorrio a recordar!...
Adoro-te, laura
Às 9 de novembro de 2009 às 00:51 , Andre Moa disse...
Queridas amigas,queridos amigos:
Já me sinto sufocado
com tanto amor e carinho.
Eu que sou bem comportado,
que não conheço o pecado,
ando preso pelo beicinho
Homens maduros,moçoilas...
onde é que isto irá parar!
a partir pratos, caçoilas,
ou num campo de papoilas
a correr e a saltar?
Lá vem o Bichodeconta
que tem muito que contar
a brincar ao faz-de-conta
de peito feito e pronta
a oferecer-me de jantar.
Como hei-de reagir?
Poderei eu recusar?
Pelos vistos tenho de ir
mas tenho de lhe pedir
que prepare bom manjar.
Para o almoço, dia seis,
talvez possamos contar
com uma que conheceis
boa amiga, bem sabeis:
a espuma Branca (do) mar.
Pra melhorarem o caldo
lá teremos entre nós
A Ana e o Osvaldo
que ainda estão no rescaldo
de já serem (bis)avós.
Lá vem agora a Verdinha
"comme une poule sans tête"
esfalfafa, coitadinha,
a fazer de enfermeirinha,
pintando o diabo a sete.
Que há-de pensar o Moa (leia-se à francesa
perante tal desaforo?
Que lhe valha o deus Toi(leia-se à francesa)
e que ela mais vezes vá
cantar as mágoas em coro.
Que fazer, Kim, que pensar,
perante tal choradeira,
senão contigo chorar
fazer rio, encher mar
e versejar à maneira?
Laura, «meu porto de abrigo»,
cuidado com a espinhela!
Ao quereres dançar comigo
tens que medir bem o perigo
de valente pisadela
Não é por mal, podes crer,
será pura azelhice.
Quem te manda a ti meter
o teu corpo de mulher
entre os braços da velhice!?
A todos me referi
a todos contemplei.
Mas se algum esqueci,
ou foi porque o não vi
ou é porque me esgotei.
Por isso vou dormir, amigos meus,pois tenho dormido pouco e ando a ficar cansado e com dores de costas.
Não sem antes aqui deixar expressos o meu carinho, o meu agradecimento, a minha amizade por todos vós, amigos meus do peito que tanto amo e respeito.
Abreijos
André Moa
Às 9 de novembro de 2009 às 22:26 , Laura disse...
E que mais faz meu amigo
Se me deres uma pisadela
Se não moer a espinhela
Eu não me desequilibro
Nem tu cais abaixo dela ...
O meu corpo de mulher
Cabe em qualquer lugar
É fácil de transportar
E será com imenso prazer
Que nos teus braços irei dançar ...
Assim leva a tua bóina
E eu irei toda coquete
Sem mascar uma chiclete
Terei um ar divinal
Ou serei uma palette !...
Os dois a deslizar
Plas aforas do salão
Espero não escorregar
Nem te partir o coração
De aflição !...
Ensaiemos então
Para fazer cá um figurão
E foi por isso que pedi
Espaço de manobras
Pra cabermos no salão !...
Assim,espera-me no salão
Eu vou de saia vermelha
E sapato de tacão
Pra fazer muito barulho
Quando bater c'o ele no chão !...
Vou chegar em correria
Com a saudade que tenho
de todos abraçar
E se ninguém me impedir
É contigo e só contigo
Que vou dançar !...
Este tem mais um verso, mas que mal tem? deixá-lo ali estar, se fica ali tão bem !...
Beijinhos Moa e dorme benzinho...e se deres conta, quando parece que o tempo não anda, o gajo, voa, simplesmente...
Laura
Às 10 de novembro de 2009 às 13:12 , Laura disse...
Bom dia mestre Moa
olhando o relógio
é boa tarde , ora pois!
mas isso nem interessa
o que quero é saber
se vosselência dormiu bem
ou se lhe custou a adormecer...
É que a gente agora
anda a ensaiar para a dança
e quando chega ao fim do dia
o cansaço já é tanto
que a própria vida
já cansa
e o corpo pede descanso ...
Acordo quase sempre
com cara de bons amigos
e é raro muito raro
trazer trombas matinais
abro a janela
e escuto
o cantar dos pardais ...
Assim vinha tão somente
desejar-te um bom dia
a ti e à tua Maria (Teresa, é pá rima)
e que o sol brilhe a rodos
e venha lá com bons modos
pela tarde acalentar-vos
e aquecer os ossos todos ...
E com isto me despeço
desejando para vós
a santa paz no lar
e que haja sempre luz
para as almas iluminar!...
beijinhos da pariga de Braga, laura
Às 10 de novembro de 2009 às 14:36 , Bichodeconta disse...
Saia vermelha nãp levo
Nem sapato de tacão
Mas vou levar amizade
Dentro do meu coração
Moçoila de trajes simples
E de sorriso rasgado
Enquanto os amigos dançam
Vou tentar cantar o fado.
Mais não digo Moa amigo
Fica tudo num mistério
Ou ainda correm comigo
Antes do abraço amigo
E do fado do Tibério
É um fado bem antigo
Nestas minhas cantorias.
É de poucos conhecido
É uma história conhecida
Do Tibério Malaquias.
Abreijos amigos meus
Porque amigos sabem ser
E a amizade é um valor
Que não podemos perder.
Às 10 de novembro de 2009 às 21:03 , Laura disse...
Ai que bem que ela canta
A cantadeira de então
Ela escreve uns fadinhos
Que entram no meu coração !...
A menina se bem canta
Bem pode levar um violão
E haja alguém que o toque
Para cantar esta canção !...
Eu cantar lamento muito
Isso nem num arremedo
mas o que eu adoro mais
É bailar lá com o Pedro !(num habia rima ó Moa)
Que dançar danço eu bem
Com todos e mais alguém
Desde que não me pisem
Os saptos que estreei !...
Ah, tudo de bom para a gente linda que por aqui saltita...beijinhos da laura
Às 10 de novembro de 2009 às 23:39 , Andre Moa disse...
Ao ver a gente linda
que por aqui saltita
meu coração palpita
que nem batata frita.
Cansado mas satisfeito,
aqui fica este verso rarefeito.
Abreijos
André Moa
Às 11 de novembro de 2009 às 08:45 , Laura disse...
Um bom dia para começar, tão belo dia, onde nem o sol, se vê despontar, é caso para dizer; até mais logo que para o ninho vou voltar...
Mas não, fico por aqui a poetar, a bisbilhotar..
Té depois. Beijinho da laura.
Às 11 de novembro de 2009 às 13:51 , Je Vois La Vie en Vert disse...
Olá André,
Sou persistente, não sei porque, mas é a terceira vez que tento colocar um comentário e eles me fogem sem mais nem menos :-(
Que grande poeta és que até com as batatas fritas consegues fazer um poema.
Lembrei-me das batatas fritas da Bélgica, aquelas que se compram na ruam, que colocam num cone de papel e que podemos comer na rua, envolvidas no molho escolhido.
Os outros comentários que fugiram foram escritos antes do almoço e ainda fiz uma espécie de versos mas ficaram com as minhas outras palavras...em fuga. Agora que tenho o estômago aconchegado, já não estou com as saudades das tais batatas !
Beijinhos duma belga aportuguesada
Verdinha
Às 11 de novembro de 2009 às 18:26 , Bichodeconta disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Às 11 de novembro de 2009 às 18:27 , Bichodeconta disse...
Para a Laura...
Eu cantar lamento muito
Nunca a voz me saiu boa
O que mais quero fazer
É dançar com o amigo Moa...
Às 11 de novembro de 2009 às 23:24 , Andre Moa disse...
Por mim, tudo bem. Danço com todas, enquanto me aguentar nas canetas. Importa é saber se a Laura deixa.eheheheheheheheheheheheh
Abrejos.
André Moa
Às 12 de novembro de 2009 às 00:18 , Laura disse...
Meninas, vamos ao despique...cheia de riso e humor, cá venho eu encontrar desafios. ah, vamos lá...é para levar no riso e na brincadeira...vá lá, é que já me arranjaram chatices e, não aguento andar a correr à frente de vassouras...os ossos já doem..
Essa de dançar com todas
nem sequer lembra ao diabo
onde é que já se viu
prá laura, tamanho agravo!...
Ora se bem nos lembramos
Já reservei a dança
Muito antes da festança
Lá por terras da esperança !...
Se te aguentas nas canetas
isso já não sei dizer
mas uma coisa é certa
vou estar lá para ver !...
Ando eu a empandeirar-me
É vestidos e sapatos
mai'la blusa a condizer
que nem sei qual escolher !...
E no fim vosselência
ainda faz o disparate
de dizer que com todas
vai andar no engate (é pa rimar) !...
Ora ora, senhor Moa
Acho que se esqueceu
De tornar a beber
Da fonte da Moa !...
Para ficar bem lembrado
que o baile já estava marcado
e uma certa cachopa
é que ia ao seu lado !...
Ahhh, bem me ri a escrever... e a sninas façam o resto..veridnha atão? vamos a versejar engraçadinho...beijinhos a todos e nanem bem..laura
Ora põe-te bem garboso
que eu irei toda jeitosa
seremos o par da festa
tu o cravo eu a rosa!...
U
Às 12 de novembro de 2009 às 02:19 , Andre Moa disse...
Isto está a aquecer!
Não vai mal a contradança!
Eu vou lá estar. Quero ver
como é que acaba a festança.
Não será à bofatada.
Tão mau juizo não faço.
Presumo que à gargalhada
e um amistoso abraço.
Quem diz um diz mil e um
será conforme os desejos
pode não haver nenhum
e em vez de abraços, só beijos.
Abreijos
André Moa
Às 12 de novembro de 2009 às 12:51 , Laura disse...
Tão? não há desafios e cantorias para nos rirmos um cadito?
Ahhh, bofetada e não bofatada parece que já tás a sulfatar ehhhh, rapaz, quero rir que pra desgraças já chegam os fadinhos da minha vida, tão triste, tão desiludida, e se queres saber; nems ei mais que te diga!...
Vou para a escola, que voltei lá para as aulas, a aulas dos sons, onde me fazem cá um nervoso que qualquer dia, desisto... desisto de aprender a entender o falar, mas consigo ler nos lábios, ora pois...
beijinhos e volto mais logo..laura (isto foi só um remendo de escrita, logo escrevo um lençol inteiro ehhhhh.
bicho de conta, atã na cantas nem versejas? ó balha-me...té logo, e boas aulas ó laurinha, vá que a tua terapeuta é uma moça linda, querida e adora conversar contigo..até já se engalfinhou quando quiseram mudar a laurinha para outra terapeuta..a minha ? não, a d. laura é minha, troco os outros todos, a dona laura não, essa é minha, enfim, é por isso que vou ás aulas, para conversar e no meio da treta, lições de sons sons do caneco...se o meu cérebro já não era estimulado há 50 anos...que tempo irá demorar a aprender aquilo que eu já sabia desde que nasci, entender as palavras..mas, que se lixe, ainda há pouco com a nova musica que tenho no meu blogue,escrevi sobre batuque..e o meu tempo do batuque na mata em S. Pinto, ah, coisa boa...
Abreijos a todos os que por aqui passam, e, vá lá, cantem...laura
Às 12 de novembro de 2009 às 13:34 , Je Vois La Vie en Vert disse...
A pedido da Laurinha
Que tanto desafiou
Lá escrevi alguma linha
Foi ela que me afoitou !
A dançar o kúduru
E bailar bem juntinha
Só com o meu Guru
Respondeu a Verdinha
Para cantar está pronta
Com batuque ou guitarra
Qualquer música afronta
Sempre, com ou sem amarra !
Tenham piedade dos versos duma estrangeira ....
Beijinhos
Verdinha
Às 12 de novembro de 2009 às 16:37 , Laura disse...
Uau Uau, vivá verdinhaáááaáá´´
lindo, lindo, belsisimo
a menina dança? ora pois, qual estrangeira? ahhhh, és da gente e tá dito, olha que lindooooooooo...
Se já vinha feliz das auals, porque acertei em quase tudo, imagina ao ler-te, ah, de certeza o leo nem sabe a mulher que tem em casa, que também sabe versejar, cantar, dançar, uau menina linda, amei ler-te!...Beijinhos ..e mais logo volto..laura
Às 12 de novembro de 2009 às 17:40 , Bichodeconta disse...
Isto está a melhorar
Ou será o meu bem querer
A Laurinha a versejar
A verdinha a aparecer.
Gostei de muito de te ler
Verdinha és nossa amiga
Volta de novo a escrever
Num versejar que nos liga
E males nos faz esquecer.
Moa amigo tu não sabes
Por hora onde estás metido
Uma canta a outra dança
Resta-me a mim a esperança
Que no fim da contradança
Não fiques todo partido.ehehe
Abreijos.Bichodeconta
Às 12 de novembro de 2009 às 21:36 , Laura disse...
Laurinha chegando, espreitando, vendo as noticias fresquinahs do dia!...fica espevitada com o fim do versejar da bicho de conta... partido? ele? partido, o rapaz partido? se só vai dançar comigo, porque cargas dágua se iria partir? se eu o vou tratar que nem copo de cristal da Boémia...olha, olha,a chas que o deixo andar por ai a gingar de todo? ora pois, nem chegava prás encomendas...
Ahhh, bem me ri com o versejar das meninas, isto promete, acho que continuamos no próximo post!...beijinhos a todos ams tenho muitos coments para fazer ainda hoje..laura
Às 12 de novembro de 2009 às 23:11 , Bichodeconta disse...
Descansa Laura querida
Se há coisa que tenho boa
É saber o meu lugar
Ao chegar junto do Moa
Vão fazer um lindo par
Ali ou em qualquer lado
Voces dançam pra um lado
Pró outro eu canto o fado
O ficar todo partido
É uma força de expressão
Sem stres querida Laurinha
Abre esse teu coração.
Abreijos
Às 13 de novembro de 2009 às 01:47 , Andre Moa disse...
Passei por aqui. É tarde.
Mas que grande desafio!
O coração já me arde
com tanto amor, tanto alarde!
Versejai,amores, que eu rio.
Rio de satisfação,
daí, um xi-coração.
Abreijos.
André Moa
Às 13 de novembro de 2009 às 17:13 , Laura disse...
Ahhh nina Ell, ahhhh só pude vir agora e ...vou ensaiar..estou a brincar, valha-me deus, quem me ler...querida ell, se cantas,e ncantas e eu nem uma coisa nem outra, ahhh desafino que nem atino e assim, ora pois..o Moa chega para as encomendas!... é um espirito que nem vos digo, é uma alma enternecida, é bondoso, compreensivo, é tudo num, um grande Homem e tá dito..assim, brinquemos que isso faz falta, para rir e rir até mais não se conseguir...
Volto logo, vou sair e daqui nada já cá canto d enovo, para versejar, se bem reparei,aqui é o canto dos versos poemas, danças, ora pois..jinhos...
Às 13 de novembro de 2009 às 17:47 , Bichodeconta disse...
Só por sentir neste amigo essa simplicidade e amor ao próximo, a honestidade trazida de tabuaço e conservada ao longo da vida. Só uma pessoa assim merece que possamos estar neste escreve escreve de brincadeira sem maldade. Laura eu até era uma bailarina mas nos tempos que correm o fiofó pesa-me um pouco.. Confesso que cantar foi é e será sempre uma paixão..Eu não estou a dizer que sei, estou a dizer que gosto..Como já me fizeram perceber que não sou poeta, também não serei cantoura ou cantadeira, mas gosto de cantar fado e não só.Pobres tímpanos de quem me ouve. Beijinho, vá lá dá aí corda á nossa verdinha que até esteve bem no seu(dela)versejar. Enchanteuse. Abreijos
Às 13 de novembro de 2009 às 17:54 , José Guilherme Macedo Fernandes disse...
«UM GRANDE HOMEM, EU?» JÁ FUI MAIS. E JÁ OS VI MAIORES. JÁ MEDI UM METRO E OITENTA. AGORA SÓ ME RESTAM UM METRO E SETENTA E SETE. O MEU IRMÃO É MAIS ALTO, E TEM UM FILHO QUE MEDE DOIS METROS. ESSES, SIM, SÃO GRANDES HOMENS. ISTO, JÁ PARA NÃO FALAR NOS GLOBTROTTERS.
ABREIJOS
André Moa
Às 13 de novembro de 2009 às 18:49 , Laura disse...
Moa, acabei de falar contigo, já tinha acabado os versos, cliquei e,deu página error e lixei-me, escafederam-se, ora po... ora pois...v ver se consigo, de novo, vais er dificil..xiça penico, chapéu de coco...
Às 13 de novembro de 2009 às 19:36 , Laura disse...
Um metro e setenta e sete
mede o amigo Moa
ê cá nem de tacão
lhe chego pla maça de adão ...
E ainda diz
que há homens mais altos
só que eu me referia
a altos valores...
Costumo reparar
na boa indole da pessoa
e isso foi o que vi
na figura do Mestre Moa ...
O Mestre sem cerimónias
que ama a todos por igual
és o amigo que tenho
mesmo sendo um chaval...
(espero que chaval seja algo giro imagina que é algum mau nome, ó balha-me, ba e não valha-me)
Pois cada um a seu jeito
sua forma de falar
mas tu tens ternura no peito
e doçura no olhar ...
Isto nem rima a direito
mas os versos que perdi
levaram tudo a eito
e estes não saem daqui...
beijinho d alaura
assim, aqui fica um versejar
que deixa muito a desejar
mas foi o que saíu
este nem tugiu nem mugiu...
Às 14 de novembro de 2009 às 07:39 , Bichodeconta disse...
E porque os homens não se medem aos palmos,Meu amigo , se assim me permite o trato, reafirmo tudo o que escrevi.
Abreijos
Às 14 de novembro de 2009 às 23:39 , Andre Moa disse...
Claro que sou seu amigo,
amiga bichodeconta!
Reafirme, não há perigo!
Alto ou baixo, tanto monta.
Abreijos
André Moa
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