VELHAS HOSPITALARES
aparelho onde um paciente se deita e desliza canudo adentro para fazer TAC
VELHAS HOSPITALARES
Às seis horas acordei,
Às sete me levantei,
Às oito fui a correr,
Montado no meu carrinho,
Para me pôr a jeitinho
Para um exame fazer.
Como é que vai a moenga?
Isto evoluiu ou não?
Sempre a mesma lengalenga!
Sempre a mesma aflição!
Às nove horas fui chamado
E fui logo convidado
A uns copázios beber
Na companhia de duas
Inquietas catatuas
Que não me deixavam ler.
Pouco a pouco entrei na dança.
Depois de duas litradas,
Já era grande a festança,
Choviam as gargalhadas.
Apetece-me urinar,
Mas tenho de aguentar.
Já me estou a contorcer.
Jesus, se não me despacho,
Faço pela perna abaixo
E seja o que deus quiser.
Isto dizia a mais velha,
Que não retém as urinas,
Capaz de encher uma celha,
Dois baldes e duas tinas.
A outra não se ficou
Primeiramente mostrou
Um saquinho de receitas
Contou tintim por tintim,
Um rosário sem fim
De doenças e maleitas.
Eu, a querer ligar à terra,
Ia fingindo que lia
P’ra ver se daquela guerra
Ileso, escapulia.
Depois de duas litradas,
Cuecas meio molhadas,
Lá fui eu para o castigo.
Vale é que eu já sou craque.
Para mim fazer um TAC
É como comer um figo.
Custa é ficar em jejum,
Beber e não comer nada
De vez em quando mais um
Copo da tal xaropada.
Quando tudo acaba em bem
E não se fica refém
De algo que nos agonia,
Feito que está o exame
Já não há quem reclame,
Que ganho já está o dia.
Corri tudo a catapulta,
Se é que ainda me lembro,
Até fui marcar consulta
Pra o dia dois de Dezembro.
Até lá irei viver
Como quero e tem de ser:
Com confiança e amor.
Para morrer ainda é cedo.
Apesar de não ter medo,
Prefiro a vida à estupor.
Viverei quanto puder
Gozarei a vida a rodos…
E seja o que d(eu)s quiser.
Um abraço para todos.
André Moa
Às sete me levantei,
Às oito fui a correr,
Montado no meu carrinho,
Para me pôr a jeitinho
Para um exame fazer.
Como é que vai a moenga?
Isto evoluiu ou não?
Sempre a mesma lengalenga!
Sempre a mesma aflição!
Às nove horas fui chamado
E fui logo convidado
A uns copázios beber
Na companhia de duas
Inquietas catatuas
Que não me deixavam ler.
Pouco a pouco entrei na dança.
Depois de duas litradas,
Já era grande a festança,
Choviam as gargalhadas.
Apetece-me urinar,
Mas tenho de aguentar.
Já me estou a contorcer.
Jesus, se não me despacho,
Faço pela perna abaixo
E seja o que deus quiser.
Isto dizia a mais velha,
Que não retém as urinas,
Capaz de encher uma celha,
Dois baldes e duas tinas.
A outra não se ficou
Primeiramente mostrou
Um saquinho de receitas
Contou tintim por tintim,
Um rosário sem fim
De doenças e maleitas.
Eu, a querer ligar à terra,
Ia fingindo que lia
P’ra ver se daquela guerra
Ileso, escapulia.
Depois de duas litradas,
Cuecas meio molhadas,
Lá fui eu para o castigo.
Vale é que eu já sou craque.
Para mim fazer um TAC
É como comer um figo.
Custa é ficar em jejum,
Beber e não comer nada
De vez em quando mais um
Copo da tal xaropada.
Quando tudo acaba em bem
E não se fica refém
De algo que nos agonia,
Feito que está o exame
Já não há quem reclame,
Que ganho já está o dia.
Corri tudo a catapulta,
Se é que ainda me lembro,
Até fui marcar consulta
Pra o dia dois de Dezembro.
Até lá irei viver
Como quero e tem de ser:
Com confiança e amor.
Para morrer ainda é cedo.
Apesar de não ter medo,
Prefiro a vida à estupor.
Viverei quanto puder
Gozarei a vida a rodos…
E seja o que d(eu)s quiser.
Um abraço para todos.
André Moa
23 Comentários:
Às 17 de novembro de 2009 às 23:23 , Laura disse...
TAC's taquinhos tacões
tudo vai dar ao mesmo
e todos nos metem em aflições...
Fiz uns quantos à cabeça
Sabendo que quietinha
teria ficar e para me sossegar
passei os meus poemas a declamar...
E pensei cá para mim
enquanto a máquina girava
que haveria qualquer coisa lá
que não devia estar onde estava...
Na verdade nem me enganei
pois descobriu-se um tumor (meningioma benigno)
maior que um ovo de galinha
e eu que nunca poei... (rima)
nunca tive medo do que lá viria
nem que fosse mal de muita monta
mas tiveram que correr co desgraçado
não fosse ele crescer mais que a conta...
Tiraram-no com mil cuidados
alojado perto do tronco cerebral
e para mal dos meus pecados
não voltou a chatear...
Por isso Moa amigo
O que quer que seja
Que Deus esteja contigo
Como esteve comigo...
Ele é um amigo que tenho
e nem todos gostam dEle
mas eu faço questão
de te apresentar a Ele...
E sem querer ser metediça
só te digo que Ele é amigo
e quem sabe deixa-te cá ficar
pra continuares o castigo...
(que é o de nos aturar)
Beijinhos, muita calma e esperança. A esperança que a vida nos dá...abraço-te com amor, e nunca penses que nos vamos desgrudar, nada disso, cá ou lá, é igual e sempre seremos os manos Moa e laura, dê lá por onde der...Força rapaz, olhá balada do outono, ensaia ensaia...
Às 17 de novembro de 2009 às 23:57 , Je Vois La Vie en Vert disse...
E Deus há de querer que ficas porque já lhe fizemos, nós os teus amigos, uma petição, um baixo-assinado, já pusemos uma medida cautelar e faremos mais se for preciso !
O teu poema-relato lembrou-me as ecografias que tinha que fazer quando estava grávida do meu filho ( na altura da minha filha, não fiz). Mandavam-nos beber muito e já com a criança a carregar na bexiga, era bastante complicado...
Beijinhos à Toi de Moi, amigo Moa
Às 18 de novembro de 2009 às 00:05 , Bichodeconta disse...
Que máquina mais esquesita
Com um frio de danar
Parece até que o mundo
Está prestes a acabar.
Haja calma moa amigo
Estou solidária contigo
E que importa isso agora
No dia do tal jantar
Se eu ainda lá chegar
Tudo canta, ninguém chora
Abreijos do bichodeconta
Às 18 de novembro de 2009 às 03:41 , Branca disse...
Consulta dia 2 e dia 6 vamos festejar, seja lá o que fôr, sempre estiveste aí para o que der e vier e como diz a Laurinha Deus há-de-te ajudar, como tem ajudado sempre.
Beijinhos.
Branca
Às 18 de novembro de 2009 às 09:52 , Laura disse...
Ehhh, lembrando a bicho de conta e a verdinha, branca mar, ELE há-de ajudar, coitado de Deus (Ele também se ri e brinca, a vida é de tudo a seu modo!)e já deve estar a tapar os ouvidos te tanto nos ouvir pedir por ti e diz; dêm a essas gajas o que elas querem, mas despachem-nas plo amor de Deus, já me doem os ouvidos de tanto pede, pede, pede... ehhhhhhhh, ahhhhh, cá pra mim..seja lá o que for o resultado, quero-te a postos pró bailarico e nem te lembres de me estragar a festa, mas, falando verdade, a maquineta vai dar boas notícias assim pró tipo; tudo mais normal, cada vez mais normal...senhor Moa, como é? e tu pensando cos teus botões; e não é que o Gajo existe mesmo!...Deus sabe do que falo! na maior, ELE é amigo!...
Beijinho da laura.
Às 18 de novembro de 2009 às 16:01 , Maria disse...
Olhe André, eu já passei
Nem sei como aguentei
Em alguns desses assados.
Bebe água Maria, anda!
E nem anda nem desanda
Para mal dos meus pecados.
São chatos, não têm fim.
Não deixam fazer xixi
Sem saber o que fazer.
Torci-me toda, encolhi
Só ao fim dumas litradas
Vêem todas apressadas
P’ra no cano me meter
Mas nada do que eu fizesse,
Evitava que eu tremesse.
E a menina dizia, para parar de tremer.
E ali fiquei muda e queda
Já nem pensar conseguia.
Por fim, diz muito calma e leda,
Que levantar já podia.
Eu tinha a cabeça à roda
Com aquela cena toda.
E a bexiga está cheia
E prestes a vir por fora.
E ela diz-me; E agora,
Vai despejar, mas só meia.
Isso agora é que era bom!
Vamos ver se eu consigo.
Disse eu, em alto som.
Pinguinhos não é comigo.
Mas por fim, lá dei um jeito
E o resto só foi feito
Depois do exame acabado,
Então correu como um rio
E agora vos desafio,
Para o alívio danado
Que senti naquele instante
Fugi, para onde nem me lembro.
Sei que fui p’a bem distante
E só lá volto em Dezembro.
Maria
Beijinhos amigo
Às 18 de novembro de 2009 às 19:02 , Laura disse...
Ah, bendita epopeia a da maria, benditos versos mais que lindos a ilustrar a dura realidade... Eu, bexiga cheia só nas ecografias lá por baixo ou lá por cima, onde era que a gente já nem sabe onde eles mexem ehhhhhhh...e claro que custa reter reter, ufa que alivio quando podemos despejar tudo, desta evz era eco vaginal e pensei, lá vem a merda de poupar o xixi, apre, mas não, dona laura despeje a bexiga que daqui nada já vai...e eu admirada; sério? assentiu, uaau, que bommmmm que bommm é pra já... e dpeois o médico ia vendo e eu a olhar para o ecran, faço sempre perguntas, e ele, não tem nada, ai não Dr, e aquelas cruzinhas aqui e ali, é normal normalissimo, ah, bom..
Moa, já viste a sorte danada que tenho? não ouvir! Por vezes é uma belezura... elas falam falam e eu faço de conta (quando me convém!)se gostar, alinho e digo que não ouço blá blá, se forem dessas chatinhas, não estou nem aí e elas pensam pra dentro; que exquisita, deixá-lo... Beijinhos.
Às 18 de novembro de 2009 às 22:02 , Andre Moa disse...
Está um frio de rachar.
em Dezembro é que vai ser!
Vai depender, se calhar,
do que se venha a saber.
Quem é que chora a almoçar?
Com um Dão, Douro ou Cartaxo,
ninguém chora e se chorar
não é por cima, é por baixo.
No almoço na Parede
só se canta e só se dança;
faz-se trapézio sem rede,
todos suspensos na Esperança.
Na esperança e ma certeza!
Pensamentos positivos!
Seja a dançar, seja a mesa,
mexemos? Estamos vivos.
Com esta gajada toda
a fazer tanto escarcéu,
está garantida a boda.
Essa garanto-vos eu.
Estar convosco é tão bom!
Celestial é o som
de um coração solidário!
Bate, bate e não nos cansa,
só aumenta a confiança,
enche de flores um calvário.
Todos gritam por Jesus,
em qualquer dia é Natal,
até nas sombras há luz,
rimo-nos do próprio mal.
Na doença é que se vê
quem é que sofre e treslê
sem nunca desanimar.
A comunhão na doença
é maior do que se pensa.
Abre-nos de par em par.
Mijamos mal? Não importa.
Comemos bem? Viva a festa!
Nem no tempo da "avó torta"
havia gente como esta.
Abreijos.
André Moa
Às 18 de novembro de 2009 às 23:02 , Kim disse...
Tudo se há-de arranjar
Para cantar e comer
Eu não quero nem pensar
Como tudo irá correr
Com a goela vazia
Ou a bexiga bem cheia
Comam bem e sem azia
Cuidado com a diarreia
Eu espero ver o Moa
Cantar até mais não
Quem ficar em Lisboa
Vai cantar pró paredão
Sou um nabo a cantar
Adoro apenas sorrir
Espero ir-vos filmar
Se até lá não cair
Às 19 de novembro de 2009 às 00:43 , Andre Moa disse...
"Quem canta seu mal espanta".
Assim é. Não é assim?
É de ouro a tua garganta.
Não sejas modesto, ó Kim.
E não caias, por favor,
nem até lá, nem depois.
Dançar, danço com uma flor,
mas para cantar só vós dois.
Vos dois: tu e a Verdinha
a cantardes sem descanso,
enquanto enlaço a Laurinha,
enquanto com ela danço.
Só ficarás dispensado
de cantares e encantares,
quando, de máquina armado,
volteias para nos filmares.
Aí sim, és mais que ás,
és o melhor que eu conheço.
Já sei do que és capaz:
filmas bem e por bom preço.
O meu louvor, caro Kim,
como o de todos, mereces.
Filmas tudo e, por fim,
até o DVD ofereces.
Grande abraço, amigo-irmão.
André Moa
Às 19 de novembro de 2009 às 11:00 , Laura disse...
Ahhhh,
E vinha eu sorrateira
pedir um conselho ao mestre
se me explicava por bem
as regras que uma Balada tem.
É que (só) escrevo fados
fadunchos e canções
e uma amiga alvitrou
que Baladas são boas razões.
Para escrever assim
tão de dentro de mim
mas eu queria saber
se tenho de a regras, obedecer!
E como tal consultei
o meu amigo meu par
se com ele já dancei
e a falar continuei.
É que ele é um Poeta
dos quatro costados
é um Escritor afamado
a quem a fama, passa ao lado.
E se bem pensei
melhor o fiz
e o Moa consultei
vamos a ver o que ele me diz!
Rapaz ora explica aí
se tenho de fazer filas de três
ou de quatro ou se pode ser assim
ao desbarato!
Se tenho de rimar com a primeira
ou a segunda, ou se na terceira
ah, quer-me parecer
que vou ter de aprender.
Ou à escola voltar
para saber se a Balada rima
com a palavra
ou se é so deixar andar!...
Às 19 de novembro de 2009 às 11:14 , Laura disse...
O pessoal anda afoito
a querer que chegue o dia
pra irmos prá romaria
e ficarmos feitos num oito.
Eu cá por mim nem me ralo
ca comida mai'la bebida
eu quero é com todos estar
e a todos poder olhar.
Quero ver o nosso Kim
de maquineta a filmar
e com isso nem me preocupo
pois ele vai-se esmerar.
Nas suas mãos tudo muda
o banal torna-se rico
e pasmem todos que com ele
até o feio,sai bonito.
Ah, não se esqueçam
de pedir as mesas
lá pró fundo do salão
para que não haja confusão.
Vamos dançar cantar
rir e chorar
lembranças contar
e mais umas para guardar.
Porque onde nos juntamos
sabemos com o que podemos contar
e a nossa alma diz-nos
o que felizes vamos ficar.
Beijinhos e responde-me ó Moa
responde sim a cantar
para que comece já a escrever
e de novo a badalar!...
laura
Às 19 de novembro de 2009 às 18:04 , Andre Moa disse...
Caríssima Laura,
nada na vida "é só deixar andar", para que não saia borrada, seja qual for o ofício, a actividade a realizar, a experiência a fazer.
Quanto à pergunta que me fazes, como já te respondi por e-mail, pouco mais posso dizer, porque mais não sei, do que o seguinte: a balada tem mais a ver com a toada, com a música, portanto. A letra deve moldar-se à música, que pode variar de balada para balada e mesmo dentro da mesma balada de verso para verso ou, mais frequentemente, de conjunto de versos para conjunto de versos. Se vires, por exemplo a letra da balada do Outono que bem conheces, há versos com um número xis de sílabas e outros com outro número, porque a música assim exige. A música e a letra é que devem casar sempre muito bem. É claro que se a letra nascer primeiro do que a música, o que também acontece com frequência, então deverá ser o músico a ter em atenção as sílabas e a métrica dos versos, para moldar a música à letra, para que casem bem. O casamento é que tem que ser sempre perfeito e para todo o sempre.
Beijinhos
André Moa
Às 19 de novembro de 2009 às 19:44 , O Encapuçado disse...
Bom, começamos por baixo... Deve ser por isso que o casamento não funcionou, escrevi primeiro a letra em vez de escolher uma boa música, agora e só agora ao fim de tantos anos, fiquei a saber que há que escolher musica, e depois a letra, comecei pla letra e olha no que deu!...
Amigo não se case assim
sem escolher a musica
apostando nas rimas
pois nem tudo vai rimar.
Veja bem por onde vai
quem escolhe e quem é
lembre-se também
que ninguém perfeito é.
Eu pensei que tinha pescado
o melhor peixe do mundo
mas quando reparei
ai c'o barco tá a ir ao fundo.
É por isso que digo e digo
casar já não vale a pena
mais vale trocar de par
enquanto o amor funcionar.
Hoje em dia é o que se vê
casa agora, amanhã já estás só
e eu feita de parva pensei
que á segunda era de vez
E nem nisso acertei
e assim, jurei
casamentos nunca mais
apenas um bom borracho
que ouça os meus ais!...
Entendi menino Moa, entendi, mas eu só posso escrever e quem sabe a letra algum dia chegará aos ouvidos de quem saiba fazer musicas e, afinala té conheço um Maestro, o Vilas Boas, de curriculo invejavel e só tem 41 anos...até dancei com ele ehhhh na vida e os primeiros encontros começam na dança...
beijinhos, muitos e abraços, laura
Às 19 de novembro de 2009 às 23:45 , Branca disse...
Olá meu amigo,
Venho deixar beijinhos de boa noite. O sono e o cansaço já me levam, mas ainda me ri aqui com as letras da Laurinha. Há muita coisa em que podia dizer ámen contigo Laurinha, depois te conto, hihihi.
Beijinhos.
Branca
Às 20 de novembro de 2009 às 09:00 , Laura disse...
Há muita coisa em que podia dizer ámen contigo Laurinha...
querida brancamar;até pode nem ser o teu caso, é uma suposição, achei estas versalhadas engraçadas e longe de mim querer que haja confusão de algum lado, ehhhhhh....
Amen digamos nós em únissono
mesmo que o sono já nos vença
e fico a apostar que o teu amen
é igual ao meu, sem diferença...
Somos do tempo em que nos diziam
que o casamento é p'ra ir até ao fim
e se a eles não lhes soa assim
que lhes importa que nos doa a ti e a mim...
E que nos importa que os outros
não nos queiram felizes
se dentro da nossa porta
somos os nossos juizes...
E lá por acharem os manéis
tão boa gente e queridos
porque raio havemos de ter
que aturar destes maridos...
E o povo só sabe alvitrar
que o casamento é de lei
e quem casa deve escolher
sem direito a retroceder...
Como o outro que dizia
se foi de escolha tua
aguenta-te laurinha
aceita a vida assim e continua...
Assim acho que sou eu
de tudo a culpada
hei-de ser artola nesta vida
para na outra, ser perdoada ...
Mas, aqui tangem as cordas da guitarra
no seu tom tão dolente
eu hei-de gritar à vida
que bom que sou tão diferente...
Tão diferente de tanta gente
que vive assim, e, cala, e consente
e deixa-se ir pela vida
da forma do querer de toda a gente...
Porque o amor que tenho em mim
não é para guardar eternamente
é para dar a alguém
que minh'alma acalente!...
não vou nunca desistir nem parar
de uma alma como a minha, encontrar
porque sei e sinto que dentro de mim
há muito amor para dar!...
E a guitarra continua a gemer
ora rude, ora silenciosamente!...
Beijinhos Moa, beijinhos Brancamar...da laura
Às 21 de novembro de 2009 às 09:31 , Laura disse...
Um bom dia venho desejar
aos fantasmas inxistentes
nada de novo há a assinalar
volto daqui nada a espreitar.
Que o dia seja belo para todos
e a alegria floresça em cada coração
pois já nos chegam as agruras da vida
para nos tramarem até mais não.
É sábado e ainda por cima, chove
acordei há poucochinho
vou tomar meu cafézinho comer pão
com requeijão e o velho comprimido.
Que me guarda dos males
que atingem o coração
e segundo o médico
está bom o maganão.
De seguida vou prá rua
arejar a cabecinha
vou tomar a cevadinha
com as minhas meninas.
Levo riso e poesia
enquanto elas declamam
eu escuto-as embevecida
e vai escorrendo a cevadinha.
Todos os sábados é assim
no restaurante lá do sitio
eu escrevo pra elas
e elas cantam pra mim.
E assim vou-me embora
ainda tenho que fazer
entre comer e correr
para lá chegar na hora.
Beijinhos a todos
ah, por onde andam as meninas?
e o meu cantor e dançarino preferido?
desconfio que no ninho
está frio, não há sol, e sabe bem o quentinho..
laura
Às 21 de novembro de 2009 às 21:55 , Branca disse...
Olá amigo Moa,
Isto anda tudo muito "murcho" com a chuva, só a Laurinha consegue arrebitar todo o pessoal.
Gostei muito dos versinhos que me deixaste Laura, muito bons mesmo, tenho pena de não ter boa voz, senão cantavamos as duas o fado, hihihi.
Ao amigo Moa deixo um abração e como não sei fazer poesia aqui e agora, como a nossa talentosa Laura, apenas quero dizer que cá estou, para o que der e vier, amiga para todo o sempre.
Beijinhos.
Branca
Às 21 de novembro de 2009 às 23:24 , Laura disse...
Branca, para o Fado temos a bicho de conta, pelos vistos tem boa voz, tanto para os escrever como cantar...eu cantar? acudam, acudam, caiu o Carmo e a Trindade com a voz esganiçada da laura ehhhhh, sabes que surdo não tem voz normal, falo e até plos cotovelos, não é Moa? mas há quem diga que falo muito bem para o tempo que estive sem ouvir,(50 anos, fiquei surda aos seis e fiz o implante de cocleares há meses) mas, sempre assim falei não é de agora... só que dizem que tenho a voz muito melhorada, a isso é treino que eu me obrigo a fazer, vou pls estradas a conduzir, vidros corridos e dou larags às minhas cantorias,até pareço uma soprano ahhh que bem me soa, e, aprofundo as minhas cordas vocais de tal modo que eles já começam a amaciar a voz, isto sem ser mandada por nenhum especialista, porque eu sou sensitiva e assim!...o pessoal nota e eu faço de conta ehhhhhhh..beijinhos
Às 22 de novembro de 2009 às 19:11 , Andre Moa disse...
CARAS bRANCAMAR E LAURA
Com que prazer vos recebo neste nosso (meu e vosso) cantinho da boa disposição.
Acompanhei com muito agrado a vossa conversa e bela troca de galhardetes.
Pedes-me, Laura, para eu confirmar que tu falas pelos cotovelos. Desculpa, mas não confirmo tal. Sempre te ouvi falar muito e bem, mas pela boca e nada mais. Mas não te esqueças que não é pelos cotovelos, mas pela boca que morre o peixe. eheheheheh
Abreijos
André Moa
Às 22 de novembro de 2009 às 21:42 , Laura disse...
cotovelos? ó Moaaaaaaaaaa! credo rapaz, eu sei que falo imenso, mas, prometo-te, muito muito, muito, que em Lisboa calo a boca e sód eixo os cotovelos falar, só se for um com o outro, os cotovelos, ora tá claro..Beijinhos, laura
Às 28 de novembro de 2009 às 17:19 , Paula Raposo disse...
E esta é a força das tuas palavras!! Gostei.
Beijos.
Às 1 de dezembro de 2009 às 02:00 , Maria Soledade disse...
Toc...Toc...Posso entrar?Bom, penso que sim porque o Môa é gente boa!...
Da minha vida...
Os TAC'S já fazem parte
De há uns anos para cá!
Convenhamos que é Arte
Ver o que há ou não há...
Quanto a beber-se a litrada
Por acaso bem nojenta
É só beber de rajada
Que aos goles não se aguenta!...
Se sacam alguma mazela
Como a mim me sacaram
O que importa é tratar dela
E fazer o que mandaram...
Bem pior é a RM
Naquele canudo sem ar
E quando o doente treme
Há de novo que gramar
Com calma voltar a entrar
Naquele tubo sem ar!...
Mas valham-nos as maquinetas
Da medicina avançada
P'ra descobrirem as tretas
E a malta ser tratada...
Tudo de BOM amigo Môa que se lixem as mazelas que a malta trata delas!...
Beijinhos e Melhoras
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