A MINHA SUPREMA ALIENAÇÃO
Eu, que não acredito em Deus, sou levado a reconhecer que a minha suprema alienação será o futebol. Digo será, porque não sei se não haverá outra pior, escondida atrás da porta. Mas porque outra não vislumbro, aceitemos que seja esta.
De qualquer forma, ainda que suprema, não sai dispendiosa nem se apresenta perigosa. Não bato nem no gato, que não tenho; não parto nem televisões nem rádios, nem pratos que não lavo; não sou sócio de nenhum clube (mero simpatizante, e ainda assim, por causa do veneno que bebi em pequeno); fui, em toda a minha vida, apesar de já não ser das mais curtas, a pagar bilhete, apenas três vezes ao futebol, e já nem Sport TV tenho, por causa das tentações, avisado pela máxima que diz: o melhor para não cair na tentação é evitar a ocasião. Não sei de quem será esta máxima. Se calhar é minha, acabadinha de sair da forja. Mas podem usá-la à-vontade que eu nem patente vou registar, quanto mais cobrar por ela. Vem tudo isto (que é nada) a propósito do estupidificante comportamento da selecção nacional no mundial de futebol e nos recentes dois péssimos resultados para o europeu 2012. Sem dúvida que é de ficar estúpido perante tais resultados de uma equipa recheada de jogadores de primeiríssima apanha. A culpa, é claro, só poderá ser do treinador que, segundo agora dizem, nem (bom) treinador é, embora afirmem a pés juntos que daria um óptimo estratego não sei de quê nem sei onde. Daria, se desse, é óbvio, que eu, mesmo em questões de futebol, sou como o apóstolo Tomé: ver para crer. O homem não soube insuflar espírito de vitória nem na selecção nem no povo português que tão propenso estava para levar a selecção ao colo e vibrar com os seus êxitos os quais cedo se esgotaram, cedo foram pelo cano do esgoto abaixo. Scolari, ao menos, americanizou-nos a todos, abrasileirou-nos todos, levando-nos a fazer de Portugal um estendal de bandeiras nacionais, coisa que não estava e continua a não estar nos nossos hábitos de cidadania. Mais facilmente aparecemos numa praia com um garrafão de cinco litros de vinho ao ombro do que nos embrulhamos, de corpo e alma, num pano de tamanho significado pátrio. E deu-nos a conhecer uma luso-canadiana que, com muita força, nos pôs a entoar com entusiasmo: «com muita força…». Este não. Este ou (e) a direcção da FPF (não sei quem cozinhou essa mixórdia nem a que preço) aturdiu-nos os ouvidos com um grito inglês, não sei quê, «I am a feelling», a gente a ouvir e a não sentir nada que nos empolgasse. Não me admira, pois, que tenha sido despedido por indecente e má figura. Há quem afirme, e quem sou eu para duvidar, que outros fizeram, á volta disso, outras indecentes e más figuras. Não sei. Esta, eu senti-a. E eu só falo do que sei e sinto. Viva Portugal e a selecção nacional. Mas com hinos e sentimentos à portuguesa, para ver se arribamos um pouco, nós que tão por baixo temos andado.
André Moa
Apontamentos anticancro 36
«Não se sabe se o risco de comer carne se deve aos contaminantes armazenados na gordura da carne, já que os compostos usados como conservantes nas carnes frias também são substâncias cancerígenas. Para complicar o problema, temos também os plásticos xenoestrogénicos em que a carne é armazenada e embalada, bem como o potencial impacto do seu modo de confecção. Também é possível que o risco se deva, em parte, ao facto de os grandes consumidores de carne ingerirem muito menos alimentos anticancerígenos, quase todos eles vegetais. O que se sabe ao certo é que a carne e os lacticínios (tal como os peixes no topo da cadeia alimentar) representam mais de 90% da exposição humana a contaminantes conhecidos, incluindo dioxina, PCB e certos pesticidas que, embora proibidos há anos, persistem no ambiente. Também está provado que os vegetais típicos contêm 1% da quantidade de contaminantes presentes na carne, e que o leite biológico é menos contaminado do que o convencional».
Do livro «Anticancro – um novo estilo de vida» - de David Servan-Schreiber.
De qualquer forma, ainda que suprema, não sai dispendiosa nem se apresenta perigosa. Não bato nem no gato, que não tenho; não parto nem televisões nem rádios, nem pratos que não lavo; não sou sócio de nenhum clube (mero simpatizante, e ainda assim, por causa do veneno que bebi em pequeno); fui, em toda a minha vida, apesar de já não ser das mais curtas, a pagar bilhete, apenas três vezes ao futebol, e já nem Sport TV tenho, por causa das tentações, avisado pela máxima que diz: o melhor para não cair na tentação é evitar a ocasião. Não sei de quem será esta máxima. Se calhar é minha, acabadinha de sair da forja. Mas podem usá-la à-vontade que eu nem patente vou registar, quanto mais cobrar por ela. Vem tudo isto (que é nada) a propósito do estupidificante comportamento da selecção nacional no mundial de futebol e nos recentes dois péssimos resultados para o europeu 2012. Sem dúvida que é de ficar estúpido perante tais resultados de uma equipa recheada de jogadores de primeiríssima apanha. A culpa, é claro, só poderá ser do treinador que, segundo agora dizem, nem (bom) treinador é, embora afirmem a pés juntos que daria um óptimo estratego não sei de quê nem sei onde. Daria, se desse, é óbvio, que eu, mesmo em questões de futebol, sou como o apóstolo Tomé: ver para crer. O homem não soube insuflar espírito de vitória nem na selecção nem no povo português que tão propenso estava para levar a selecção ao colo e vibrar com os seus êxitos os quais cedo se esgotaram, cedo foram pelo cano do esgoto abaixo. Scolari, ao menos, americanizou-nos a todos, abrasileirou-nos todos, levando-nos a fazer de Portugal um estendal de bandeiras nacionais, coisa que não estava e continua a não estar nos nossos hábitos de cidadania. Mais facilmente aparecemos numa praia com um garrafão de cinco litros de vinho ao ombro do que nos embrulhamos, de corpo e alma, num pano de tamanho significado pátrio. E deu-nos a conhecer uma luso-canadiana que, com muita força, nos pôs a entoar com entusiasmo: «com muita força…». Este não. Este ou (e) a direcção da FPF (não sei quem cozinhou essa mixórdia nem a que preço) aturdiu-nos os ouvidos com um grito inglês, não sei quê, «I am a feelling», a gente a ouvir e a não sentir nada que nos empolgasse. Não me admira, pois, que tenha sido despedido por indecente e má figura. Há quem afirme, e quem sou eu para duvidar, que outros fizeram, á volta disso, outras indecentes e más figuras. Não sei. Esta, eu senti-a. E eu só falo do que sei e sinto. Viva Portugal e a selecção nacional. Mas com hinos e sentimentos à portuguesa, para ver se arribamos um pouco, nós que tão por baixo temos andado.
André Moa
Apontamentos anticancro 36
«Não se sabe se o risco de comer carne se deve aos contaminantes armazenados na gordura da carne, já que os compostos usados como conservantes nas carnes frias também são substâncias cancerígenas. Para complicar o problema, temos também os plásticos xenoestrogénicos em que a carne é armazenada e embalada, bem como o potencial impacto do seu modo de confecção. Também é possível que o risco se deva, em parte, ao facto de os grandes consumidores de carne ingerirem muito menos alimentos anticancerígenos, quase todos eles vegetais. O que se sabe ao certo é que a carne e os lacticínios (tal como os peixes no topo da cadeia alimentar) representam mais de 90% da exposição humana a contaminantes conhecidos, incluindo dioxina, PCB e certos pesticidas que, embora proibidos há anos, persistem no ambiente. Também está provado que os vegetais típicos contêm 1% da quantidade de contaminantes presentes na carne, e que o leite biológico é menos contaminado do que o convencional».
Do livro «Anticancro – um novo estilo de vida» - de David Servan-Schreiber.
5 Comentários:
Às 13 de setembro de 2010 às 00:08 , Bichodeconta disse...
E quem fala assim não é gago!Tenho pouco a acrescentar , disseste tudo..Ontem estive com o Alexandre Pirata que enviou um abraço e diz que um dia também le quer ir a Tabuaço..O Alex que vi ontem assim como a esposa superaram pela positiva tudo o que tivesse pensado deles..São gente saudável até ao cerne, saudável de mente já que de fisico não podemos impedir as maleitas de se apoderarem de nós..Abreijos, Ell
Às 13 de setembro de 2010 às 13:30 , Andre Moa disse...
Cara Ell,
Não sou gago, não gaguejo,
agradeço a quem me mima.
Para ti um grande beijo,
que o sinto, e até rima.
E permite retribua
ao Alex seu abraço.
E porque não, qual a tua?
Todos, já, a Tabuaço!
Beijinhos
André Moa
Às 14 de setembro de 2010 às 00:47 , Kim disse...
André
Isto para mim não é alienação nenhuma. Uma equipa destas até dá vida a um morto. Se eu fosse guarda-redes ia deixar entrar todos os golos só para e ver elas tirarem a camisola para festejarem.
O problema do futebol, são os loucos, os ferrenhos e as claques.
Viva o futebol!
Abraço amigo
Às 14 de setembro de 2010 às 01:10 , Je Vois La Vie en Vert disse...
Mesmo sendo verdinha, não entendo muito de futebol, confesso...
De futebol
Só vejo a bola
Fora de jogo ?
Penalty ou falta ?
Só sabe a malta
Que diz "Fogo!"
O que é que te perturbou no meu blog, caro amigo ?
Até qualquer dia...
beijinhos
Verdinha
Às 14 de setembro de 2010 às 18:23 , Andre Moa disse...
Caro Kim,
Afinal, tu és de Olhão. Vês à distância e até antevês o espectáculo após cada golo.
Cara Verdinha,
Penalty sem falta
é o que quer a malta
para a sua equipa.
Se calha perder,
fica a referver,
grita três em pipa.
Abreijos
André Moa
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