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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

DEMOCRISE

Diz Líder da CGTP: "Greve serve para castigar uma certa burguesia". Qual delas?
Foi uma jornada de contestação - diz líder da UGT

autoflagelação?

SEM NOBREZA
Tenho da política e dos políticos que a professam com um sentido de missão, um alto conceito. Entregar-se, por toda a vida, oferecer toda a vida, colocar a vida inteira ao serviço da polis, da civitas, dos cidadãos, dos povos, sempre constituiu para mim motivo de profunda admiração e reconhecimento. A política é um serviço e uma arte plenos de nobreza e dignos de exaltação.
Os políticos que à política se dedicam com entusiasmo e espírito de solidária actividade são os verdadeiros heróis dos tempos modernos. Daí que haja tão poucos bons políticos. Como tudo o que é nobre, a política exige dedicação permanente, amor eterno, paixão, lucidez, sensibilidade, lealdade, frontalidade, raça e nobreza por parte de quem a serve. A política implica denodo e conhecimento, sabedoria e entusiasmo.
Abomino a politiquice e os politiqueiros que da política se servem, seja para ganhar a vidinha, seja para enaltecer o seu ego.
Os “políticos” que o são apenas quando lhes dá na real gana, quando vislumbram à sua frente um tapete vermelho a indicar-lhes o caminho do trono cobiçado, que só investem pela certa, que desdenham da política e dos políticos, que se envergonham de se dizer políticos; “políticos” que se escudam, que actuam com um calculismo desmesurado, que se vangloriam de não ser políticos profissionais, que desdenham do que querem comprar, ou, melhor, do que pretendem lhes seja oferecido em bandeja de prata, que, manhosamente, se calam, que só falam quando lhes convém, que se envolvem em ridículos mistérios, que escarvam no chão com patas trôpegas, medrosas e matreiras, à espera do momento aprazado, para, traiçoeira e covardemente, marrarem, ferirem, ganharem a contenda, são seres sem carácter, sem raça. Estes “políticos” fazem-me lembrar touros sem nobreza. Os touros refugiam-se nas tábuas. Aqueles, no silêncio. Os touros suspiram pelo curro; os “políticos de ocasião”, pelos momentos de fácil ovação. Como sabemos, a cornada mais sangrenta é a cornada do touro matreiro, é a cornada do touro sem nobreza.
André Moa

P.S. – Hoje é feriado nacional para os que resolveram fazer greve, protestar, não trabalhando. Que irá parir esta greve? Um ovo podre ou uma noz chocha?

18 Comentários:

  • Às 24 de novembro de 2010 às 19:26 , Anonymous DAD disse...

    Será que a greve ainda é um instrumento de protesto contra a vida dura dos trabalhadores?
    Será que o "establishment" ainda consegue ler os sinais de uma greve como foi a de hoje?
    Espero que haja a lucidez de que seja lida com a consciência de um povo que se sente afogado e continua a estrebuchar entre o desemprego e a falta de horizontes para os que ainda trabalham e para os vindouros.
    Há bocado abri a TV e já começam a ser totalmente diferentes as leituras do Governo e dos partidos...
    E a luta continua, sem saber se a vitória é certa!

    Tomara que este país tivesse a coragem de lutar contra a adversidade como o dono deste Blog faz em relação à malvada doença!

    Beijinho grande meu poeta!

    E valha-nos a Maria da Fonte!

     
  • Às 24 de novembro de 2010 às 22:05 , Blogger Kim disse...

    André!
    A tua leitura do que é a política está na mesma linha da minha. É incrível que umas vezes à esquerda outras à direita tomam sempre uma posição diferente daquela que teriam se estivessem no poder. Já assim foi com o PSD e com o PS e assim vai continuar a ser.
    Faz-me lembrar os treinadores de bancada em que só costumam olhar para um lado do campo, o da incongruência.
    É claro que a greve (justa) não vai resolver nada e quem continua a pagar todas estas lutas é cá o pessoal do burgo à beira-mar plantado.
    Abraço amigo

     
  • Às 24 de novembro de 2010 às 23:35 , Blogger José Guilherme Macedo Fernandes disse...

    Querida Dad,

    Deixas aqui perguntas lúcidas, argutas, a exigirem uma resposta séria e profunda. Só que quem poderia respondér-lhes e dar-lhes solução, nem nos ouvem O capital não tem rosto, nem pátria, nem coração. Só cofre.E está cá com uma força! Quase com a força dos finais do século XIX, no tempo da "Revolução" industrial.
    Beijinhos
    André Moa.

     
  • Às 25 de novembro de 2010 às 00:04 , Blogger Andre Moa disse...

    Caro Kim,

    A gente ama-se e não será por certo por sermos ambos do benfica, já que eu não sou. Isto não veio de propósito, mas vem a calhar para lamentar contigo o desaire do teu Benfica em terras de Jesus, ou perto. Com um treinador palestiniano, a jogar na sua casa, que queriam as águias? Perder, claro. E foi o que aconteceu. Cruz pesada demais, sem dúvida.Jesus hoje portou-se como um treinador de bancada.Soó olhou para um lado do campo e muito incongruentemente.
    Claro que temos afinidades, maneiras próximas de encarar a vida e ver o mundo e as coisas do mundo, que não as coisas mundanas.
    Eu não vou tanto pelas promessas eleitorais não cumpridas. Todos prometem mundos e fundos e depois só fazem o que podem, o que os deixam fazer. No que prometem é que eu procuro descortinar as diferenças e o que será menos mau para o país, sabendo embora que muitas não são para cumprir, até porque são incumpríveis numa ou duas ou três legislaturas. Mas anunciá-las já não será mau. Temo é os que prometem coisas que me fazem augurar a curto, médio e longo prazo o eterno marasmo. E cada vez estamos mais entregues à bicharada capitalista. Só a muito longo prazo é que a coisa poderá mudar. Para isso é que todos os anticapitalistas devem dar o seu contributo, por mínimo que seja, para que um dia o sol brilhe para todos. Não já para nós como gostaríamos, mas para quem então viver.
    Abreijos
    André Moa

     
  • Às 25 de novembro de 2010 às 08:57 , Blogger Laura disse...

    Lembro-me de que quando queriam fazer greves, a policia entrava a arrear com força, era menina e já juntava as letras no jornal aos 5 anos (ainda não tínhamos tv na altura)

    Lembro de perguntar ao pai porque havia essa greve e para que servia. O pai à sua maneira lá explicava!

    Cresci, vivi sempre num lar da direita embora fosse honestidade e trabalho... depois comecei a ver na tv e a entender que era uma luta quase sempre por justa causa!
    Hoje da forma que o pais está, sabendo que se perdem milhões por um dia que se perca de trabalho... não consigo entender porque não tentam outras vias de diálogo criando um dia em fim de semana, para protestar junto de quem é o culpado ou culpados, e não fazer parar a rotina dos dias de trabalho, porque todos precisamos de ganhar para comer. Acho que devia ser estudado algo que levasse ao entendimento e à justiça... Isto não é Democracia é prepotência!......é abuso, e nada de tentarem dar a volta para que se possa viver com dignidade.
    Moa, falar nada resolve pelo menos por agora, eles, os senhores da guerra, fazem orelhas moucas ao que acham que são conselhos loucos, logo!
    Deixemos andar já que nada mais nos resta, mas enquanto puderem gritar que se ergam as vozes dos oprimidos!

    Um abraço da nina que se pudesse mandar, punha tudo nos eixos.

    laura

     
  • Às 25 de novembro de 2010 às 10:05 , Blogger Parisiense disse...

    Greve sim.....mas não a qualquer preço e para apenas fingir que se faz qualquer coisa.

    Esses dirigentes sindicais estão pior que alguns "politicos" (se é que assim se podem chamar) dos nossos dias.

    Já ninguem se entende e já ninguem sabe o que é verdadeiramente lutar por direitos, nunca esquecendo os deveres que temos....e aí é que bate.....a maioria acha que tem direitos, mas quando sze lhes fala de deveres, já ninguem quer saber.

    E concordo contigo, amigo Moa......a maioria dos "politicos" já não o são....e os que o são de coração, não querem fazer parte desta triste realidade em que se tornou a politica.

    Beijokitas grandes

     
  • Às 25 de novembro de 2010 às 20:36 , Blogger Andre Moa disse...

    Cara Laura,

    Achei piada à tua última frase: " se pudesse mandar, punha tudo nos eixos".
    Boa vontade não te falta. Mas permite-me a pergunta, que me parece pertinente: Como irias pôr tudo nos eixos? Com alguma varinha mágica?

    Beijinhos
    André Moa

     
  • Às 25 de novembro de 2010 às 20:40 , Blogger Andre Moa disse...

    Cara Parisiense:

    Greve geral para quê?
    Que efeitos?
    Os benfiquistas já os sentiram na pele: foram eliminados da Liga de Campeões e perderam milhões. Os jogadores e o treinador aderiram à greve e foi o descalabro que se viu.
    Beijinhos
    André Moa

     
  • Às 25 de novembro de 2010 às 21:14 , Blogger Laura disse...

    Olha, quem sabe, a varinha mágica não serve só para passar a sopa...

    É uma expressão, todos os seres de alma pura lutando pelo Bem, conseguiriam endireitar tudo, devagarinho chegávamos lá, vamos ter de retroceder, mas um dia, podes crer que o Mundo vai ser perfeito... Eu acredito no futuro mais lá para diante, não no meu tempo, claro...E ainda assistiremos todos enternecidos ao Novo Mundo de amanhã!

    Beijinhos Moa gosto de falar contigo na janelinha... e por vezes levo-te aos arames e como bem dizes; ai que temos o caldo entornado. Mas eu não deixo a panela entornar o caldo não senhora... bem nos rimos.

    Beijinho da laura

     
  • Às 26 de novembro de 2010 às 07:15 , Blogger Osvaldo disse...

    Caro irmão;

    Greve!...

    O que é isso e a que serve?

    Só para dizer, que no país mais democrático do mundo, como todos o consideram, as graves, em todas as classes profissionais, são prpibidas.
    E não é que resulta!!!.

    Grande abraço, irmão.
    Osvaldo

     
  • Às 26 de novembro de 2010 às 07:20 , Blogger Osvaldo disse...

    leia-se PROIBIDAS...
    e se não existem é porque o povo não as quer, porque é o povo que vota e o povo sabe que uma greve, além de ser uma utopia, é uma grande perda de tempo e só serve para emerdar quem quer trabalhar e encher os bolsos dos lideres sindicalistas!...
    O povo deve fazer greve é dos seus lideres parlamentares.
    Grande abraço a todos.

     
  • Às 26 de novembro de 2010 às 09:12 , Blogger Laura disse...

    Ora nem mais, já está mais que provado que as greves roubam ao País milhões por dia, mas quem quer saber disso?

    mas, mas e mas...

    Aqui é preciso protestar mas parece que não conhecem as vias do entendimento ou seja; dos dois lados; ou há moralidade ou comem todos ou? greve ora pois.

    Um abraço da laura

     
  • Às 26 de novembro de 2010 às 20:06 , Anonymous DAD disse...

    Pois é! Até neste blog de um dono democrático e com visitantes democráticos já se está a pender para o lado de que a greve não serve para nada. Meus amigos, não nos esqueçamos do que era no tempo do Salazar! O povo tem uma memória curta? Acho que não! Tanta asneira que o Governo tem feito, não é merecido que o povo se manifeste com uma greve, com uma manifestação de descontentamento?
    Eu acho que, enquanto não a proibirem, os trabalhadores deste país têm a maior des legitimidades para protestarem, até à medula por tudo o que os nossos governantes andam a fazer, como por exemplo, consentir os despedimentos de qualquer forma e lançar cada vez mais famílias no desemprego sem esperança e isto tudo à conta de não perderem os lucros habituais as empresas...
    Pronto, já desabafei!

    Beijinhos a todos!

     
  • Às 26 de novembro de 2010 às 23:08 , Blogger Andre Moa disse...

    Caro Osvaldo,

    Se bem interpreto o sentir do povo e da lei suiços, o que está proibida é a greve conjunta de todas as classes profissionais, ou seja, a greve geral. Desconhecendo eu as razões históricas e sociais disso, ponho-me a procurar justificação para tal e acode-me esta que já me tem assaltado a propósito desta e doutras greves gerais, nacionais e estrangeiras. Uma greve geral contra medidas tomadas pelos governos democraticamente escolhidos, não estarão a subverter a própria concepção e razão de ser das greves e a tentar sobrepor-se à vontade do povo livremente expressa nas urnas? Um governo derruba-se de acordo com a lei constitucional do país e não por gritaria na rua. Isso é subversão. Ou não? E o que ainda mais questiono é a oportunidade de uma greve geral nestas circunstâncias e com os "argumentos" aduzidos. Porque das duas uma: ou estamos a ser conduzidos por uma cáfila (no tempo do Salazar metiam o rabinho entre as pernas, como aliás o fazem em qualquer ditadura, quando aí sim, se justificava um levantamento geral - salvaguardo as honrosas excepões que as houve) e então há que lutar até à exaustão para que as coisas mudem mesmo de verdade, ou então deixemos de fazer política baixa, deixe-se de usar os trabalhadores como correias de transmissão de partidos ditatoriais. E que esses iluminados líderes sindicalistas se candidatem e tentem convencer o povo nas urnas. Então, sim, se obtiverem a maioria, terão toda a legitimidade para virar o país de pernas para o ar.
    E pronto, irmão foi isto que o teu comentário me sugeriu.
    Abreijos
    André Moa

     
  • Às 26 de novembro de 2010 às 23:37 , Blogger Andre Moa disse...

    Pois é, querida Dad! A democracia, a tolerância, a abertura de espírito, a crítica sem peias, feita com lisura e recta intenção leva a estas coisas aparentemente incongruentes, mas que, se calhar, não o serão tanto assim. Com isso, não estou a "pender para o lado de que a greve não serve para nada". A greve serve para reivindicar direitos contra o patrão, a empresa, e sempre com muita ponderação e determinação. A greve é uma arma perigosa que, por isso, deve ser utilizada com conta, peso e medida, e avaliando bem os prós e os contras. Nunca por nunca para servir interesses partidários. E nunca por nunca para subverter a ordem democrática. E tenho plena convicção de que os sindicatos perderam muita da sua força que bem necessária seria para as legítimas reivindicações, por isso mesmo, por usarem e abusarem dos seus pergaminhos para fins menos transparentes, para fins outros que não para os que justificam a greve e as demais formas de luta dos trabalhadores. Digo dos trabalhadores e não dos líderes das Centrais Sindicais.
    Se alguém viesse a ter a veleidade de proibir as greves, nessa altura é que os trabalhadores se deviam insurgir e lutar e protestar até se voltar à legalidade democrática. Eu não contesto a legitimidade. Contesto a oportunidade, a insensatez e o arrebanhamento de muitos, com prejuizo para muitos mais, para benefício de tão poucos. E que benefícios? É esta pergunta que continuo a formular e ainda não encontrei resposta cabal para ela.
    Pronto, já desabafei! Desabafaste tu, desabafei eu, desabafámos todos. Viva o desabafo. Viva o desabafo, desde que não prejudique ninguém e seja democrático e aceite ser criticado. Estou pronto para ser zurzido. Só reivindico o direito de defesa, ao contraditório.
    Beijinhos
    André Moa

     
  • Às 27 de novembro de 2010 às 20:11 , Anonymous laura disse...

    Não concordo quando as greves dão tamanha baixa nas finanças e sem dinheiro menos nos pagam...Concordo com a justa causa em muita coisa que aflige o Povo, mas há quem faça greves por dá cá aquela palha... outros querem apenas mais euros e mais nada...se todos cruzarmos os braços o país nada produz e depois?

    Haja entendimento, haja boa vontade e nada de ganância entre o homem que quer sempre mais e mais... e nem assim chega a lado nenhum! detesto ver os que rouba, com fartura e se empaturram de tudo, e outros por quererem ser honestos não o farão nunca e sofrem pela sua postura decente...

    Ou há moralidade! (e quem não a pode instituir?) ou comem todos!

    Nem contra nem descontra, quero é que todos vivam em paz sem precisarem de roubar para dar pão aos filhos!

    beijinhos a todos da laura

     
  • Às 28 de novembro de 2010 às 09:24 , Anonymous zé do cão disse...

    Coitada da Joana D'arca, finou-se queimada.


    E mais não digo, meu amigo...
    abraço

     
  • Às 30 de novembro de 2010 às 15:14 , Blogger Bichodeconta disse...

    E a montanha pariu um rato ! Nem mais , apenas isso, e alguém esperaria mais?O País está a precisar de produzir,mas.............Só não sei se esta será forma de levar a água ao moinho de cada um..Abreijos, cheguei atrasada, isto já passou no ano passado..

     

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