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terça-feira, 2 de março de 2010

CICLO EMOÇÃO

Douro
margem esquerda, quintas de Adorigo-Tabuaço; margem direita, linha férrea e estação do Ferrão
foto de Osvaldo Ribeiro

Com toda a gente a queixar-se do rigoroso e prolongado inverno, nada melhor que um poema do Ernesto Leandro dedicado a São Inverno, que aqui cai que nem pedrada atirada contra o muro das lamentações, que nem acha atirada para a fogueira das nossas emoções.
Bem-hajas, caro irmão Ernesto.
Um grande abraço
André Moa

SÃO INVERNO, POETA

São inverno(s)
Farrapos de sonhos desfeitos
Na bruma do tempo em temporal;
Crianças descalças,
Vestidas de calças
Rotas, sem risos,
Sem lágrimas
Nos olhos em cataratas de sal.
Pobres carregando anos de solidão,
Envergonhados,
Destroçados,
Que já não pedem mais nada
Que pão!
Poetas do tempo perdido,
De asas sem penas
Por sonho vendido.
São Inverno:
Preserva essa promessa
De primavera eterna
No livro agora revelado.
Guarda-te com o teu nome
Na vida
Do frio e da neve,
E dá todo o calor que o poeta deve
Quando a poesia o tem escravizado.

Ernesto Leandro

21 Comentários:

  • Às 2 de março de 2010 às 23:42 , Blogger Green Knight disse...

    São Inverno é uma estação, que dá à terra, o que precisa para nossa continuação.Suavizando o temporal que por aqui vai passando,"vamos concentrar forças;"e que a energia vos traga uma
    Primavera Florida,com flores que deêm fruto de
    ALEGRIA e EMOÇÃO,para todos que por aqui estão.
    Beijocas e muitas coisas boas!
    Mariana

     
  • Às 3 de março de 2010 às 11:29 , Blogger Laura disse...

    Querido Ernesto Leandro
    andamos numa roda viva para te por nas nossas janelas com um manjerico florido e pelo menos, esperemos que não consigas assim tão perto do S. João. seja antes disso. Se tiver o teu email convido-te e entras na janelita e juntamo-nos todos. Por vezes somos tantos que já nem sabemos com quem falamos ehhh , mas, vale a pena porque há noites de amor de ternura, fados, só faltam as malgas do caldo verde e o café a fumegar.
    Beijinho da laura
    Eis a minha resposta ao teu poema!


    Poetas que vieram
    à terra deixar
    a doçura de um aconchego
    nas noites negras
    dos meninos descalços
    de bolsos sem pão
    sem um naco sequer
    poetas que trazem em si
    o duro viver
    e muito antes de serem meninos
    já sabiam o que era
    o escravizar da vida
    pela sombra percorrida
    em sulcos de lágrimas
    sem sabor a pão!
    Poetas que já conheço
    dos tempos que não esqueço
    quando a vida custava
    e a terra pouco dava
    e ainda nos tirava
    as migalhas da mão!



    Escrito aqui e agora
    ouvindo guitarra Portuguesa
    porque aqui ouve-se o fado
    numa voz castiça eivada de tristeza!

     
  • Às 3 de março de 2010 às 12:14 , Blogger Andre Moa disse...

    Green Knight, Verde Amazona,
    Viva o Inverno e o Verão,
    a Primavera, o Outono,
    a Alegria, a Emoção.

    Vivas tu, eu, toda a gente,
    o Ernesto e o Paixão,
    viva o burro, viva o lente,
    vivam todos que aqui estão.

    Viva, Laura;viva, amigos!
    O amor é o maior ganho.
    Vivam os meus inimigos,
    que, quero crer, eu não tenho.

    Eu quero amar, amar, amar, amar...
    de dia, de noite, ao sol, ao luar,
    amar a dormir, amar acordado,
    amar a bulir, amar já cansado.
    amar e sentir que amar é o meu fado.

    O Ernesto Leandro manda um grande beijo para todas e um grande abraço para todos. E pede desculpa por não vir aqui falar com todos e cada um, só que, diz ele, a técnica e ele são irredutivelmente incompatíveis. E ele, irredutível, fica-se pela emoção. Pela técnica é que não.
    Um grande abraço, irmão Ernesto.
    André Moa

     
  • Às 3 de março de 2010 às 12:59 , Blogger Laura disse...

    Moa, amanda isto ao Leandro, fazes copy paste, e colas no email dele e, andor, o rapaz tem de ler o que práqui vai...
    Beijinhos

     
  • Às 3 de março de 2010 às 13:02 , Blogger Laura disse...

    Se queres amar amar
    até sempre rimar
    só tens de botar sementes
    de amor
    do teu peito a latejar
    e vais ver que o amor
    caminhará até te encontrar!

    A amar amar amar
    também eu vivo
    e é pelo amor que cá ando
    e de setas me crivo
    tão mal ele anda rolando
    ou então pergunta ao Leandro
    onde se encontra amor
    mas amor amor amor
    que não suba ao céu
    nem faça como eu
    tamanho escarcéu!

    laura

     
  • Às 3 de março de 2010 às 14:12 , Anonymous Paixão Lima disse...

    Ó Santo Inverno!
    Santo de tão mau feitio!
    Tempo mau e pouco terno
    Como este ninguém viu.

    Com a alma em revolta,
    Ó meu triste Santo Inverno!
    Manda o bom tempo de volta,
    E que tudo o mais vá p'ro inferno!

     
  • Às 3 de março de 2010 às 14:15 , Anonymous Anónimo disse...

    Sou um amante inveterado. Transporto o sonho, o amor, a paixão, a emoção, dispensando a razao, para onde quer que vá.

    Sou um poeta louco, uma loucura galopante. Mas hei-de morrer calçado!
    Muitos beijinhos. Ernesto Leandro

     
  • Às 3 de março de 2010 às 15:00 , Blogger Verdinha disse...

    Oh Santo Inverno, vai-te embora
    Para juntar ao pão, temos água que chega
    Precisamos do sol que nos aconchega
    Por favor, connosco colabora !

    Com falta de tempo, não dá para escrever mais...
    Parabéns ao Ernesto que afinal, além da arte de poesia, mal grado o que diz, ainda domina a técnica informática... se conseguiu deixar um comentário. Eu também não sabia nada disso antes de ter uma professora, chamada Dad !

    Beijinhos para todos

    Verdinha

     
  • Às 3 de março de 2010 às 15:19 , Blogger Laura disse...

    Olá nina Verdinha, agora só falta ter o Ernesto na janelinha, já estou á espera dele com o vaso de mangerico, mas ele acabará por bater à porta, digo na janelinha!...

    Ah, a Dadinha é uma querida, se é! graças a ela muitos blogues nasceram e levam hoje uma vida de letras, nasceram mais poesias e muito mais habilidades entre todos que vamos descobrindo no mundo das virtualidades.
    Além de que conhecemos pessoas que são gente da nossa gente... Beijinho da laura

     
  • Às 3 de março de 2010 às 16:48 , Blogger Paixão Lima disse...

    Caríssimo Irmão Ernesto,
    És um poeta duriense, de dura têmpera, rijo e fero, como o xisto envolvente do nosso amado Douro. Parabéns pela linda poesia. O teu poema, foi um brinde aos teus amigos. Pela minha parte, agradeço reconhecido. Fica sabendo, que saboreei a tua poesia, com o mesmo prazer com que costumo saborear um cálice de vinho fino, do mais generoso, da nossa tão bela região.
    Como o inverno é triste, além de frio ( e só a morte adora o frio ), peço-te Irmão, por especial obséquio, que nos envies outra das tuas belas poesias, mas desta vez, sobre um tema mais alegre. Sobre o verão ou sobre a primavera, ou outra prima qualquer à tua escolha. Ficamos esperando, com esperança.
    Um grande abraço do teu Irmão.

     
  • Às 3 de março de 2010 às 16:55 , Blogger Green Knight disse...

    É, alegria que sinto quando este blog visito e leio com emoção:André Moa, Ernesto,Paixão.
    Mestres vós sois!A palavra sabeis usar:eu quero estar atenta e ser aluna aplicada."Com a vossa Sabedoria",não vou ficar baralhada!?
    Com ternura e admiração.
    Um xicoração
    Mariana

     
  • Às 3 de março de 2010 às 17:40 , Blogger Green Knight disse...

    Amigo Moa, ler-vos é como saciar a sede, numa fonte de saberes inesgotável.
    Ouso comentar por não resistir a tão grande desafio.
    Serei o grão de areia, nesta grande praia de saberes e emoções.
    Um abraço amigo desteseu grande admirador
    jrom

     
  • Às 3 de março de 2010 às 20:05 , Blogger Laura disse...

    Paixão; o poeta nem sempre escreve alegrias, a dor é mais o seu natural estado de espirito, conquanto seja o que escrevemos fruto do pensamento, do sentir ou apenas da inspiração. Para escrever poesia alegre não basta que esteja sol ou bom tempo, é preciso que ele exista dentro de cada um, e, nem sempre andamos a galgar marés e festas loucas...vivemos mais para dentro de cada um tão somente. O poeta é solitário por natureza, não fora assim e nada produziria pois a nossa escrita sai na solidão, na alma magoada...
    Essa poesia do Ernesto leandro é inesgotável fonte de sofrimento, porque ele sabe bem como eram os tempos naquele tempo!...
    Todos sabemos como a nossa alma dói...
    beijinho da laura e espero-te na janela ornada de manjericos..laura

     
  • Às 3 de março de 2010 às 21:46 , Blogger Paixão Lima disse...

    Poesia alegre, só a do Manel, que é Alegre de nome. A dor não é exclusiva dos poetas. Se assim fosse, eu não seria um homem dolorido. Mas sou! E não sou poeta! O sofrimento naquele tempo e neste tempo. O sofrimento não é variável como o tempo. Não é de manhã bom tempo,à tarde o sol encobre e à noite chove e arrefece. O sofrimento se existe,é porque existe! Nada a fazer. Os poetas, têm a vantagem sobre os não poetas, de transportarem para o papel, em forma poética, as sua dores e queixumes. É uma espécie de satisfação fisiológica. Ficam mais aliviados. E os outros? Os que não são poetas? Como se aliviam?!
    Aqui está uma pergunta que me parece interessante e que merece uma resposta não menos interessante.
    Um desafio à tua perspicácia, menina Laurinha.

     
  • Às 3 de março de 2010 às 22:24 , Anonymous DAD disse...

    Mais um belo poema do Ernesto Leandro. Gostei muito!
    Beijinho,

     
  • Às 3 de março de 2010 às 23:00 , Anonymous Anónimo disse...

    Depois da tempestade, vem a bonança
    Depois do frio, a condensação
    Agarro um fio de esperança
    No regresso da nova estação.

    Espero uma primavera e um verão
    Enfeitados de novas energias, consolação e calor
    A fim de colmatar, as monstruosas catástrofes, carregadas de sofrimento, muitas perdas e dor.

    Chega de inverno, de sismos, avalanches e tempestades. Venham as cores dispersas pelos compos, venha a primavera para nos conceder novos alentos.
    Beijinhos duplos
    L&L

     
  • Às 3 de março de 2010 às 23:32 , Blogger Laura disse...

    Paixão, mas que confusão, aliviam-se a ler-nos e pronto, uns de uma forma outros de outra e vivam os poetas e os não poetas, e vivam as gentes de coração honesto com amor pelo próximo!

    Esperemos a primavera e o seu clamor, depois andamos mais felizes e menos tempestivos...
    Beijinho a todos...laura

     
  • Às 3 de março de 2010 às 23:35 , Blogger Andre Moa disse...

    Sejam bem-vindos, bons comentadores!
    Sejam poetas, sejam prosadores,
    bem-vindos ao RETIRO DOS POETAS!
    Entremos numa boa cavaqueira,
    quentinhos, juntinhos, à lareira.
    Viva a amizade, que o mais são tretas.

    Abreijos para todos
    André Moa

     
  • Às 4 de março de 2010 às 00:05 , Blogger Espaço do João disse...

    Meu Caro André.
    A lua já vai alta. O joão pestana já está a chamar. Amanhã farei uma postagem sobre a encomenda.
    Morte aos carangueijos e a outros apeijos.

     
  • Às 4 de março de 2010 às 08:40 , Blogger Laura disse...

    Laura entrando na saleta confortável, pousando um tabuleiro de deliciosas iguarias na mesinha junto à lareira,(Moa, podes comer de tudo, não tem nada que te faça mal, virtualmente, nada nos fará mal, vá lá que é assim) ao mesmo tempo que vai aconchegando as achas para aumentar a fogueira, e olha os amigos Poetas e prosadores, aqueles amigos que já fazem parte da sua vida há um ror de tempo, porque o tempo em que não se encontraram, era apenas aquele afastamento temporário que a vida provoca, uns para um lado outros para outro, mas, na hora certa esses amigos voltam a reunir-se, e recomeçam a amizade onde parou, como se nada fosse, como se tivessem vivido perto, toda a vida.
    O Moa já lá estava sentado no velho cadeirão rústico de madeira rija, tão rija como era o xisto das terras de Tabuaço, ao seu lado o Ernesto Leandro, o Paixão, entoando velhas canções que aprenderam em meninos ainda ao colo de suas mães. Dali a nada começam a chegar os habituais amigos que por aqui se encontram, e, claro, já todos fazem parte do GT, alguns foram acrescentados em Dezembro no dia do almoço memorável.Lá está a Dad a querida Dadinha a dar lições de como entrar no chat e outras, aos nossos amigos que optaram já tarde pelo uso de tão modernas máquinas...
    Mas hoje, esperamos tão sómente a visita do Kim e companhia,a dupla L&L, o Luis no meio de tanto cota até se sente á vontade. Há-de guardar muitos risos para mais tarde comentar à lareira com os filhos dele nas suas horas passadas juntos dos amigos dos pais!o Kim e a sua maquineta. O Osvaldinho e Aninhas, estão longe mas acabarão por chegar, é que o amor e a amizade galgam rios e montes, ultrapassa fronteiras e ei-los aqui...ah, chocolate Suisso, só podia, nham nham, que bommmmmmm a caixa é grande, chega para todos...a Verdinha mai'lo seu cara metade, ah, já vejo debaixo da cesta de vime, aquelas deliciosas Belgas que ela sabe tão bem, fazer...não resisti, discretamente enfiei a mão na cestinha e vi o olhar do Moa em suplica (então e eu?) a primeira foi para ele sorrateiramente, enquanto remexia a lareira... e um a um os amigos vão entrando, são muitos, muitos, a casa é grande, vejamos quem serão os seguintes, e, cada um diga o que trás na cestinha para passarmos esta quinta feira em amena cavaqueira, não nomeio a todos porque assim não acabaria este jornal matinal...conforme chegarem sentem-se e sejam bem vindos!
    (não deixei ninguém de fora, porque aguardo a bela prosa de cada um, cada um á sua maneira terá de contribuir com algo que trouxe de casa, e será lindo ver as lembranças a destilar cá para fora!)
    Grupo dos GT, AMO-VOS!

     
  • Às 4 de março de 2010 às 16:38 , Blogger Laura disse...

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