CICLO PAIXÃO
Feira da Senhora da Hora - Matosinhos - foto tirada em Abril de 2010
A HISTÓRIA DA MINHA IDA À FEIRA
Meu Menino Moa,
Hoje mandaram-me à feira. Não! Não foi à merda. Se não sabes, ficas a saber que na terra onde vivo, na cidade da Senhora da Hora, todos os sábados de manhã, há uma feira importante. A patroa, com as recomendações do costume, faz uma lista do pretendido e lá vou eu com o carrinho das compras para a tal feira. Detesto ajuntamentos e bichas. Se te disser que não fui à Expo 98 só para não sujeitar o meu esqueleto fraco e alquebrado à tortura das bichas, até para cagar…! Mas voltemos à feira. Depois de tamanho feito, de vencer tantos obstáculos, com encontrões, safanões, palavrões à mistura e rompendo o cerco como o Malhadinhas, mas sem pau, lá regresso eu da dita feira, todo ancho (como dizes com graça), arrastando o carrinho cheio de compras. Cheia de zelo, a patroa vai vistoriar a qualidade dos produtos e comparar as compras com o dinheiro gasto. Foi uma tortura inquisitorial de todo o tamanho. Um pouco à semelhança daquilo que, sei lá, praticaste nos tribunais.
- Parece impossível, António! - Admoesta a patroa. - Deixaste-te levar como um tanso, como uma criancinha. Eu não te havia dito que não comprasses a esses que são uns careirões?! Era ao outro! Ao gordo de bigode! Não tens cabeça para nada.
Etc. Etc. Resultado, fui condenado a uns tantos meses de pena suspensa (não ir à feira tão cedo) e rotulado de tonto e de não saber governar a vida, o que eu já sabia. Desta maneira mais ou menos sábia safei-me de, nos tempos mais próximos, voltar à feira.
Um grande abraço, menino Moa. Se continuares a portar-te bem, da próxima vez que for à feira, presenteio-te com um gelado com o sabor a... (ao teu gosto).
Aí está a história da minha ida, não à guerra, mas à feira.
Paixão Lima
Meu Menino Moa,
Hoje mandaram-me à feira. Não! Não foi à merda. Se não sabes, ficas a saber que na terra onde vivo, na cidade da Senhora da Hora, todos os sábados de manhã, há uma feira importante. A patroa, com as recomendações do costume, faz uma lista do pretendido e lá vou eu com o carrinho das compras para a tal feira. Detesto ajuntamentos e bichas. Se te disser que não fui à Expo 98 só para não sujeitar o meu esqueleto fraco e alquebrado à tortura das bichas, até para cagar…! Mas voltemos à feira. Depois de tamanho feito, de vencer tantos obstáculos, com encontrões, safanões, palavrões à mistura e rompendo o cerco como o Malhadinhas, mas sem pau, lá regresso eu da dita feira, todo ancho (como dizes com graça), arrastando o carrinho cheio de compras. Cheia de zelo, a patroa vai vistoriar a qualidade dos produtos e comparar as compras com o dinheiro gasto. Foi uma tortura inquisitorial de todo o tamanho. Um pouco à semelhança daquilo que, sei lá, praticaste nos tribunais.
- Parece impossível, António! - Admoesta a patroa. - Deixaste-te levar como um tanso, como uma criancinha. Eu não te havia dito que não comprasses a esses que são uns careirões?! Era ao outro! Ao gordo de bigode! Não tens cabeça para nada.
Etc. Etc. Resultado, fui condenado a uns tantos meses de pena suspensa (não ir à feira tão cedo) e rotulado de tonto e de não saber governar a vida, o que eu já sabia. Desta maneira mais ou menos sábia safei-me de, nos tempos mais próximos, voltar à feira.
Um grande abraço, menino Moa. Se continuares a portar-te bem, da próxima vez que for à feira, presenteio-te com um gelado com o sabor a... (ao teu gosto).
Aí está a história da minha ida, não à guerra, mas à feira.
Paixão Lima
21 Comentários:
Às 25 de abril de 2010 às 00:30 , Kim disse...
Paixão!
Para mim é uma verdadeira paixão ir à feira. A essa, àquela, a todas.
Adoro feiras, vá-se lá saber porquê. Talvez numa encarnação anterior eu fosse arraçado de cigano.
Eu não aceitaria essa condenação e voltaria na mesma ao local do crime.
Também não e dou lá muito bem com bichas, nem dumas nem doutras, mas como cidadão cumpridor que sou, aceito-as todas.
Abraço
Às 25 de abril de 2010 às 01:41 , Paixão Lima disse...
Amigo Kim,
Desta vez, o meu Amigo, ao comentar em primeiro lugar, conseguiu tirar a virgindade ao post. Feito raro porque, hoje em dia, já não há virgens. As poucas que existem, estão em vias de extinção. As minhas felicitações. Se é como diz, que tem um passado cigano, então está duplamente de parabéns. Não tenha complexos por isso, porque eu também não sou de raça pura. Estou até convencido que sou uma espécie de extraterrestre. Não devo pertencer a esta galáxia e muito menos a este planeta de trampa. Obrigado pelo comentário.
Um abraço.
Às 25 de abril de 2010 às 02:51 , Paixão Lima disse...
ESCLARECIMENTO AOS LEITORES
Esta história não era para estar no post. Foi um mail que enviei ao Moa, para desanuviar o ambiente e gracejar um pouco. Para fazer sorrir, rir ou gargalhar. Conforme o sentido de humor de cada um. O malandro do Moa, com uma finta de corpo à João Moutinho, iludiu-me, e bem. Assim, para não ferir as susceptibilidades dos puristas e puritanos, publico o seguinte:
ERRATA
Onde está escrito merda, deve ler-se sujidade.
Onde está escrito cagar, deve ler-se fazer cocó.
Obrigado e desculpem.
Às 25 de abril de 2010 às 03:22 , Maria Soledade disse...
Olá, bom dia.Sim,já é bom dia apesar do Sol aínda não ter acordado!
Huuummm...que bem conheço a feira da Senhora da Hora.Nunca imaginei ter o amigo Paixão como "vizinho"!Eu moro a 2km da dita feira mas, (salvo erro),só lá fui 3 ou 4 vezes.Detesto feiras,talvez porque não gosto de confusões,de encontrões,e desculpem-me mas é verdade, aquele fedorzinho que a feira emana não é de todo agradável!Não tenho paciência para regatear preços, e se assim não for, não se compra como costuma dizer-se...em conta!Ah, mas gosto do espaçinho da feira(sem toda aquela tralha), para fazer ralis com o meu irmão,quando a polícia não está à espreita...De quando em vez claro,porque a gasolina está cara :(
Beijo "vizinho" Paixão
Às 25 de abril de 2010 às 09:35 , Laura disse...
Bem, logo vi que as merdices estavam frescas demais...e haja tento na lingua como diz o outro!, está um belo post, digamos tenho a feira por perto e só lá vou quando preciso e tem desde pão a sementes, plantas árvores, galináceo e tudo ao molho...
Amei ler que a patroa te deu sermão e se fosses finos dizias; cá por mim vai lá tu, escuso de andar a carregar com o que vais comer também, se fores tu pode ser que te façam descontos!...
O meu pai adorava, ia no autocarro e voltava, em Amares, trazia de tudo,sempre um queijo tipo serra, broa, chouriças e azeitonas, coisas para a horta, enfim, um regalo a patroa não perguntava preços sequer para quê? tem de se comer ehhh mas tu decerto entreteste-te por ali a ver o galinácio falante e..descuidaste do tempo, da hora do almoço e pimba, compraste a correr sabendo que eram uns careirões ahh nem conhecia a palavra... enfim foste condenado e quero ver se a patroa se governa sem ti, quero ver... e lembras-te-me a minha mãe quando chegaram cá e a casa que compraram era nova , o terreno tinha muitas pedras onde iam fazer a horta e ela fazia de conta que ia ajudar a tirar as pedras...e como fazia, virava o rabo para a estrada, o pai como os motoristas das carreiras olhavam e com razão...ficava chateado e mandava-a sair dali e das próximas vezes ela já sabia que ficava ali pouco tempo...rabo pra lá, rua dona elisa...menos trabalho! é como tu; menos trabalho mas desconfio que se te apetecer vais e a coisa continua...
Viste a Soledade e tu sois vizinhos, boa... daqui nada podem tomar um cafézito no Norte Shoping..onde eu a conheci...
beijinho e mais sorte para a próxima na feira!
Gosto de feira com euros na carteira, é bom, e gosto de ir perto da hora do almoço, saia quele cheiirinho do tacho do arroz, os carapaus a fritar, o fumegar das panelas, sem isso não seria feira.. Laura
Às 25 de abril de 2010 às 10:30 , Maria disse...
Amigo Paixão
Se pensa que se livrou da feira, tire o cavalo da chuva. As mulheres são mais espertas do que isso. Para o próximo sábado, verá. Vai lá outra vez.
Beijinhos
Maria
Às 25 de abril de 2010 às 10:56 , Laura disse...
Ehhh, biste, biste ó Paixão? biste? as mulheres são mais inteligentes que isso, assim,descansa que o teu prazer de ir á Feira durará eternamente...o que me ri com a Maria, nós as famosas mulheres, sabemo-la toda de cor e salteado, boa Maria, é tal e qual... ah, paixão, num deixes a patroa ler o que escrevemos senão ficas de castigo mais d
e um mês e lá vai ela prá feira aos barateiros ehhhhhh...
E por falar nos barateiros, havia uma loja em Luanda que tinha material de costura onde eu ia, o dono, um amor de pessoa, a empregada, grande amiga minha, amei, ele fazia-me tudo baratinho, nos meus anos dava-me a escolher algo da loja, eu como de nada precisava gostei de um macaco a bater cas tampas...leva laurinha, e digo eu; ainda vai ser para o meu primeiro filho, na altura eu tinha 17 anos e trabalhava em costura em casa... no ano seguinte a mesma coisa, escolhi outro brinquedo. Chegou a hora da guerra embalamos o que quisemos e fomos para a´Africa do Sul, casei passados 4 anos, dois anos depois nasceu o Nuno, o macaquinho de pilhas foi um dos seus brinquedos e a Neide também brincou com ele 5 anos depois...e o outro brinquedo também,assim, eis onde as palavras nos levaram, aos barateiros de Luanda na Rua António Enes e quem me dera encontrar a fernandinha minha amiga e o 'seu Zé'!...
Beijinhos, laura
Às 25 de abril de 2010 às 12:57 , Andre Moa disse...
Cravos de Abril
25 DE ABRIL SEMPRE!
A PALAVRA REVOLUÇÃO
Com nove letras se escreve
Com nove letras se diz
A ideia Revolução
Que o povo do meu país
Gravou já no coração.
Esta palavra de amor
Só a soletra e percebe
Só a defende quem for
Solidário em qualquer parte
Cidadão a tempo inteiro
Com vontade engenho e arte
E coração prazenteiro.
Quem a escreve sem erre
E lhe chama evolução
Não passa de almocreve
Da contra – revolução.
Já o Caetano flanava
A bandeira evolução
Mas só na continuidade.
A essa o povo diz: Não!
Para evoluir é preciso
Saltar muros ir em frente
Em busca do paraíso
Na terra para toda a gente.
Sem erre a evolução
Não nos traz nada de novo.
Cravo Abril Revolução!
É este o grito do Povo.
Evolução? Com certeza!
Para pôr o país no são
Só cravos à portuguesa:
Flor de Abril Revolução!
Semente fermento e pão
De um povo que se quer livre
Do jugo da opressão
Pois que só livre se vive.
Escrita no pensamento
Na mente no coração
Nada apaga nem o tempo
A ideia Revolução.
Povo e Alegria aos molhos
Sorrisos Cravos aos mil
Razão de ser Luz dos olhos
Revolução Mês de Abril
Liberdade Amor Paixão
Abraços Democracia
Paz e pão Revolução
É esta a Hora Este o Dia!
André Moa
Às 25 de abril de 2010 às 15:36 , Paixão Lima disse...
Olá, Maria da Soledade,
A Menina é amiga duma amiga minha. Assim sendo, as amigas das minhas amigas, minhas amigas são. Principalmente nos momentos menos felizes. A Soledade, está um degrau acima na escada da amizade, porque além de amiga é vizinha. Disponha cá do rapaz à sua vontade. Não se acanhe.
Um grande beijo, Amiga-Vizinha.
Às 25 de abril de 2010 às 15:52 , Paixão Lima disse...
Bem-vinda Maria,
Na guerra, o seu espírito pacifista venceu. Manteve-se neutral. Quando lhe perguntei, qual dos lados desejaria vencedor, a sua resposta foi pronta: - Nenhum! E acrescentou:- Eu cá sou pelos mortos e feridos!
Concordo com a Maria, quando afirma que não me vou livrar de ir à Feira, apesar da sentença favorável. Pois não! Principalmente se os artigos a comprar forem pesados.
Um grande beijo, Maria.
Às 25 de abril de 2010 às 16:12 , Paixão Lima disse...
Laurinha, Senhora Comendadora, minha grande Amiguinha,
Adorei a história de ela na horta e o rabo de fora. A próxima vez que for à Feira, vou convidar-te a ti e à Soledade, a acompanharem-me. Não! Não é por amabilidade. É para me ajudarem a carregar as compras.
Um beijinho e um abraço, sempre apertadinhos.
Às 25 de abril de 2010 às 16:37 , Paixão Lima disse...
Grande Poeta André Moa, grande Poema sobre a Revolução. Se só este dia é o da Liberdade, quer dizer que a liberdade não permanece, só aparece. Tens em mim um seguidor sempre pronto e incondicional. Marcharemos contra tudo e contra todos, contra os da contra-revolução . Para começar, vamos alterar o slogan actual de 25 de Abril sempre, para REVOLUÇÃO QUOTIDIANA SEMPRE E PARA SEMPRE.
VIVAM OS REVOLUCIONÁRIOS, OS VERDADEIROS.
Às 26 de abril de 2010 às 09:36 , Osvaldo disse...
Caros;
É sabido que as feiras mais importantes são sempre aos sábados. Já assim era na Idade Média e continuou pelos séculos seguintes. Existem em todas as latitudes e longitudes e é um lugar de encontro das populações da região.
Esta crónica do Paixão fêz-me recuar 50 anos no tempo,... é verdade, meio século, e neste recu-o temporal dei comigo num dia de sábado na feira dos porcos no antigo e saudoso Estádio do Bacalhau, porque era nesse recinto que todas as porcalhadas da freguesia vendiam seus produtos,... "Os Porcos"!...
A feira era de manhã e ao inicio da tarde toda a porcalhada tinha que abandonar o recinto. Se a porcalhada saía, a porcaria ficava. Agora vocês imaginam, centenas de porcos toda uma manhã a comerem e a "cagarem". E porque é que a porcalhada e os seus novos proprietários porcalhiços tinham que abandonar o recinto,... vocês sabem?!... é que no dia seguinte, no domingo à tarde, no mesmo recinto, o "Estádio do Bacalhau", havia o jogo de futebol da equipa da terra a famosa e aguerrida GD de Tabuaço que era composta pelos craques, Manuel Passos, Rufino Careca, Benfeito, Pina, Amaral, Leandro, Pôpo, Rôla, Pombo, Caçoila e Gigas.
Só que como no sábado ninguém limpava o terreno de jogo devido ao cheiro e no domingo de manhã todos iam à missa, na hora do jogo, a trampa porcalhina, virava "merda seca"!... E era a arma secreta da equipa da terra, já que os adversários passavam o jogo a escorregar na dita cuja fedorenta e quando o árbitro dava por terminada a contenda e como no verão a água escasseava, lá ia a valente e perfumada equipa adversária em passadas rápidas até ao rio Távora se lavarem porque o dono da camioneta nãos os deixava entrar sem que antes tomassem um valente banho. Até porque essa mesma camioneta da Beira Douro, estava já reservada para no dia seguinte levar peregrinos à Cova da Iria.
Áh,... essa equipa do GD Tabuaço, nunca perdeu um jogo, devido à tática dos treinadores de bancada que gritavam par jogorem na tática de "tudo ao monte" e forçarem o adversário a defenderem em cima da bosta!!!. era sempre de goleada.
Bom, desculpem lá mas para falar da feira, acabou por me sair esta "Crónica de Merda".
Um abraço, irmão Moa, um abraço amigo Paixão.
Áh, mesmo merdiel ou merdioso, que saudades do velhinho Estádio do Bacalhau!!!.
Osvaldo
Às 26 de abril de 2010 às 10:27 , Anónimo disse...
Paixão Lima, irmão
Escreveste uma história verídica, conhecida de todos, comovente, que retrata bem a fidelidade do cão aos seus donos. Também eu tive cães e gatos quando minha filha ainda vivia connosco.
Lembro-me o quanto sofri quando "entregaram a "alma" ao Criador". Compreendo, pois, a defesa acérrima que fazes dos "ditos cujos", como entendo também a "alergia" do nosso irmão André Moa. Gostos não se discutem.
Dou-te os parabéns pela forma entusiástica e vibrante como escreves na defesa dos teus "amores". Vejo que continuas igual a ti próprio, verdadeiro, autêntico e coerente, o que me deixa muito feliz. A nossa amizade vai connosco para a cova. Mas qual cova? Nós não morreremos, porque não nos cansamos de viver!
Aquele abraço de sempre, irmão.
Ernesto Leandro
Às 26 de abril de 2010 às 11:00 , Anónimo disse...
Paixão Lima, irmão
Irei, brevemente, à Feira da Senhora da Hora,não só para dar um grande abraço ao Camilo desta cidade, mas também para tentar "trocar-me". Os poetas deste tempo de lágrimas já não são úteis a si nem aos outros.
São a espécie que está no primeiro lugar da lista em vias de extinção.
Dou-te os parabéns por teres aceite, sem lágrimas, o castigo da tua "patroa". És o filantropo dos feirantes e ainda bem. Eles merecem um pouco do teu "sangue". E eu fico feliz por te continuar a ver igual a ti próprio,verdadeiro, autêntico, coerente e "solidário". Volta lá, irmão, porque aquilo é tudo menos uma "Feira de vaidades".
Aquele abraço de sempre.
Ernesto Leandro
Às 26 de abril de 2010 às 12:23 , Paixão Lima disse...
Amigo Osvaldo,
A tua crónica e, toda a crónica é o relato de factos verdadeiros, deixou em mim um sentimento enorme de saudade. Confirmo, em absoluto, tudo o que relatas. Tais factos são tão verdadeiros, que constam até dos Anais da História do Futebol Em Portugal, Das Origens e da Sua Evolução Através dos Tempos, dum autor muito famoso, mas cujo nome não recordo, neste momento, porque tenho a memória fraca. Eu também pertenci a essa fabulosa equipa, mais conhecida pelos cinco da porcaria. Juntamente com o Nicolau, o Silva e o Mudo. O Mudo, tinha por hábito, jogar com os seus socos de madeira brochados. Dizia ele, por gestos porque não gostava de falar, que assim acertava melhor na bola e ao mesmo tempo nas canelas dos adversários. Era o dois em um. Eram uma porcaria de jogos, não pela falta de qualidade técnica que era apreciável, mas porque a merda era muita. As estrelas da Companhia, eram o Benfeito, o Nicolau e o Silva.
Um grande abraço, Osvaldo e obrigado pelo teu contributo para a verdade dos factos.
Às 26 de abril de 2010 às 14:19 , Andre Moa disse...
A propósito da verdade dos factos, apenas duas notas, ou três, ou quatro, se não mesmo cinco:
1.ª - não eram só os porcos da freguesia, mas de todas as freguesias do concelho e doutras freguesias de outros concelhos que ali se juntavam ao sábado.Com dupla vantagem.
2.ª - Os criadores caseiros lá iam fazendo o seu negociozinho - compravam leitões que alimentavam durante uns meses e vendiam recos.
3.ª - Com os parcos dinheiros que os porcos rendiam, ia-se dali de rota batida pagar à farmácia, à mercearia e, se algum restasse, comprar uma peça para o enxoval da filha casadoira ou umas botas novas para o filho mancebo prestes a ir à inspecção militar.
4.ª - Ao mesmo tempo, ficava atapetado(hoje dir-se-ia relvado) o campo para se receber condignamente os adversários da trampa.
5.ª Isto de gostar dos homens, a começar pelas mulheres, em exclusividade, sem esbanjamento de sentimentos nobres como são o amor, a amizade e a solidariedade por esepécies inferiores, como cães, gatos, cobras, águias e lagartos, é uma questão de bom gosto, sem dúvida, mas mais do que isso, é uma questão de hierarquia de valores; é uma questão de não colocar de pernas para o ar,de não pôr de pantanas, de não inverter a pirâmide dos valores humanos.
Abraços para os homens. Fortes abraços, porque são todos meus amigos; beijinhos para as mulheres porque são todas minhas excelsas amigas
André Moa
Às 26 de abril de 2010 às 15:13 , Paixão Lima disse...
Menino Ernestinho, meu Irmãozinho do peito,
Habitualmente comentas pouco, porque és poupado. Desta vez comentas em duplicado. É uma honrosa excepção, que fazes a este teu irmão. Agradeço muito comovido. Sim, defendo, com unhas e dentes, os meus «amores», mesmo quando eles não o merecem ou mesmo que não existam. Mas como somos dois tipos «amorosos», e como já somos irmãos, porque não fundarmos uma irmandade de cavaleiros, com cavalos e tudo, entre os quais, o famoso cavalo Pardal, para defesa intransigente dos nossos «amores», os bons e os maus , os falsos e os verdadeiros. A bandeira da Irmandade, pode ter as cores preta, azul, verde e branca. Agrada-te Irmãozinho?! Assim, não há amor que nos resista, nem amor que não nos assista. Pode ser este até o lema da Confraria. Pensa nisto Irmão, porque contrariando o que afirmam, pensar não faz mal, faz bem. Temos de gravar a competente escritura e o respectivo Edital para que conste. É mais uma motivação para continuarmos a caminhada com mais determinação. Só não me perguntes onde vai dar o caminho, porque eu não sei.
A nossa Amizade, não vai connosco para a cova, porque não há cova suficientemente sólida para conter os nossos corpos adormecidos, mas sempre vivos, para aqueles que amamos e para os que nos amam. O que quer dizer que somos imortais.
Ficas feliz por eu continuar a ser, igual a mim próprio, verdadeiro, autêntico, coerente e solidário (agora sem aspas). Pois sou, o que quer dizer que eu sou eu (eheheheheh).
Avé Irmão, para ti e para nós e para a futura Irmandade. Já sou como o teu Primo de Adorigo ( o Afonso, não era?), quando afirmava apontando a tua pessoa: - Este meu Primo é o meu («enlevo»). Pois és! Por isso eu eu direi como ele:- Este meu Irmão, é o meu enlevo!
Às 26 de abril de 2010 às 19:31 , Andre Moa disse...
Chegou a hora de desmontar a Feira da Senhora da Hora e navegar no barco da utopia para o ciclo emoção onde nos aguardam dois poemas do Ernesto Leandro com os sugestivos e apelativos títulos: Dádiva Mútua e Sofrimento Oculto. Vamos lá darmo-nos mutuamente uma vez mais e sofrer, solidariamente, ainda que ocultamente. Até à próxima Feira. Mesmo que seja a das vaidades, sentidas pelo dever cumprido, pela obra asseada apresentada.
André Moa
Às 27 de abril de 2010 às 18:43 , Bichodeconta disse...
Bem, passeia-se por aqui muita gente que não conheço, e claro, gostaria de conhecer.. Mas esta ida á feira pareceu-me bem interessante. Á primeira vista parecia a feira do Relógio, só aqui para se fechar uma avenida durante a manhã inteira todas as semanas para fazer uma feira.Diz quem a conhece, a feira , claro, que ali se vende de tudo, não conheço, mas juro que um dia, vou até lá ver o lixo que depois fica por ali..Gosto de feiras, sobretudo da feira da Ladra.. A essa de quando em ves, dou uma volta.Deixo um abraço a todos os que visitam este blog,um beijinho Moa amigo..Abreijos, Ell Abreijos
Às 27 de abril de 2010 às 19:04 , Paixão Lima disse...
Obrigado pelo seu comentário Bichodeconta.
Veio tarde a desoras, mas como vê eu apercebi-me. Nem lhe pergunto onde esteve para chegar tão tarde eheheheh
Muitos beijinhos.
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