CICLO REFLEXÃO 2
PAIXÃO, AMOR, SEXO, AMIZADE
O amor, enquanto afeição humana, é o amor que deseja o bem, possui uma disposição amigável, promove a felicidade dos demais e alegra-se com ela. Mas é patente que aqueles que possuem uma inclinação meramente sexual não amam a pessoa por nenhum dos motivos ligados à verdadeira afeição e não se preocupam com a sua felicidade, mas podem até mesmo levá-la à maior infelicidade simplesmente visando satisfazer a sua própria inclinação e apetite. O amor sexual faz da pessoa amada um objecto de apetite; logo que possuída e saciado o apetite, é descartada «tal como um limão sugado».
KANT
O amor, enquanto afeição humana, é o amor que deseja o bem, possui uma disposição amigável, promove a felicidade dos demais e alegra-se com ela. Mas é patente que aqueles que possuem uma inclinação meramente sexual não amam a pessoa por nenhum dos motivos ligados à verdadeira afeição e não se preocupam com a sua felicidade, mas podem até mesmo levá-la à maior infelicidade simplesmente visando satisfazer a sua própria inclinação e apetite. O amor sexual faz da pessoa amada um objecto de apetite; logo que possuída e saciado o apetite, é descartada «tal como um limão sugado».
KANT
Reflexões sobre este texto, neste momento. O pensamento humano não é estático, move-se. Amanhã, poderei ter uma opinião não coincidente com a que manifesto agora.
No século XVIII, o Kant kantava, agora não. Como conceber o amor, sem sexo?! Sem troca de sensações e emoções?!. Sem o conceber?! Sem o dar e o receber?! Não é, por acaso, que denominam o acto sexual de fazer amor. Será, a meu ver, inverter o conceito de amor, transformar o acto sexual numa necessidade fisiológica como outra qualquer.
O «limão sugado» é um conceito errado. No amor não se esgota o limão. Com o tempo, ele tende a dar menos sumo, mas enquanto der, nem que seja uma só gota, o amor completa-se. Não sendo possível o acto sexual, pode amar-se com a mesma intensidade. Para isso basta ter imaginação e criatividade. É o cérebro que comanda o universo dos sentidos.
Não há inclinação meramente sexual, como diz o Kant. Só se deseja o que se ama.
O filósofo contradiz-se, quando afirma: «O amor sexual faz da pessoa amada um objecto de apetite». A isso, chama-se paixão. A concepção do amor é o maior prazer que os nossos sentidos reconhecem. Só assim se compreende a perpetuação da espécie. Se o acto de conceber fosse desagradável, acabaria a vida na terra. Logo, o amor é vida.
Pode existir amor sem sexo? Pode, mas não é a mesma coisa.
Paixão Lima
No século XVIII, o Kant kantava, agora não. Como conceber o amor, sem sexo?! Sem troca de sensações e emoções?!. Sem o conceber?! Sem o dar e o receber?! Não é, por acaso, que denominam o acto sexual de fazer amor. Será, a meu ver, inverter o conceito de amor, transformar o acto sexual numa necessidade fisiológica como outra qualquer.
O «limão sugado» é um conceito errado. No amor não se esgota o limão. Com o tempo, ele tende a dar menos sumo, mas enquanto der, nem que seja uma só gota, o amor completa-se. Não sendo possível o acto sexual, pode amar-se com a mesma intensidade. Para isso basta ter imaginação e criatividade. É o cérebro que comanda o universo dos sentidos.
Não há inclinação meramente sexual, como diz o Kant. Só se deseja o que se ama.
O filósofo contradiz-se, quando afirma: «O amor sexual faz da pessoa amada um objecto de apetite». A isso, chama-se paixão. A concepção do amor é o maior prazer que os nossos sentidos reconhecem. Só assim se compreende a perpetuação da espécie. Se o acto de conceber fosse desagradável, acabaria a vida na terra. Logo, o amor é vida.
Pode existir amor sem sexo? Pode, mas não é a mesma coisa.
Paixão Lima
PAIXÃO, AMOR, SEXO E AMIZADE
Se me consumo em labaredas sou paixão.
Se ardo em lume brando sou amor.
Se ao meu corpo uno teu corpo sedutor
Em fervoroso amplexo,
Até à lassidão,
Eu sou amor e sexo.
Se amo sem olhar o corpo de quem amo
E se esse amor não tem idade,
Pouco importará como me chamo.
Serei ainda amor, e chamo-me amizade.
André Moa
Se me consumo em labaredas sou paixão.
Se ardo em lume brando sou amor.
Se ao meu corpo uno teu corpo sedutor
Em fervoroso amplexo,
Até à lassidão,
Eu sou amor e sexo.
Se amo sem olhar o corpo de quem amo
E se esse amor não tem idade,
Pouco importará como me chamo.
Serei ainda amor, e chamo-me amizade.
André Moa
25 Comentários:
Às 5 de abril de 2010 às 09:53 , Laura disse...
Ora bem, só cá faltava a mulher mais versada e menos instruída em amor e no amor!
Acho que se um dia o encontrar a esse desgraçado que está a tardar,(o senhor AMOR) quem sabe tem assuntos inadiáveis na vida e precisa de se desembaraçar deles, mas quando chegar,asseguro-te que serei a gueixa mais experiente do mundo!...sendo sagitariana, tá dito!
Claro que lês a maior parte das poesias que vou postando no resteas, se vires bem, são escritas debaixo da árvore e da seiva que nos conduz aos caminhos sonhados do amor, é através do sonho que idealizo o tal do sentimento que se não for o mais belo do mundo, deponho já as minhas armas!
Sei o que é o amor (tenho um PPS na lateral, Já sei o que é o amor!
ali digo algo, algo que sinto... pois o amor em mim nunca se esgota, se tenho e consigo manter essa divina capacidade de amar, é graças ao sentimento que eu própria faço, cultivo, entre os amigos, amigas, os animais,o mundo os seres que eu quiser amar!
A paixão leva talvez a bons momentos de sexo, prazer, mas acaba-se depressa e se não houver amor, nunca chegaremos lá... A minha pouca experiência sobre esse tema, leva-me a dizer que; ainda sou verde no assunto apesar da idade que tenho,apesar de ser casada duas vezes (foi experiência pobre que nada me ensinou que eu já não soubesse) ainda precisarei de um bom stor quando chegar a altura, mas o amor tudo ensina a tudo provê!...
Claro que o sexo está ligado ao amor, ahh, agora fizeste-me rir porque; nem todos são artistas na arte de amar, nem todos sabem puxar da invenção ou criatividade, há muita pobreza nesse campo! a maioria dos homens quer é o tal do prazer e o resto é treta!
Claro que o amor jamais se esgota, não querendo dizer que será toda a vida pela mesma pessoa (ah, que enjoo ehhhhh, que ganda seca... ((Verdinha não refiles!)): falo no geral, mas posso afirmar e muito convicta que; a maioria dos casais nem sabe o que é o verdadeiro amor, apenas estão juntos pela Lei da Igreja que os casou... e não têm pachorra para sairem desse casamento e buscar o que é mais sagrado e mais belo no mundo, o tal do desgraçado do AMOR!...o Amor que procuro com a alma e não com o corpo, porque depois de o ter encontrado, então sim, maravilhoso amor da alma, o corpo ajuda no resto!...
É sim o cérebro que comanda os sentidos, logo!...
Palavras para quê, disseste tudo por aí!
E agora deixa que te diga que te amo, assim, amo aquele amigo querido, amo a ti meu querido Moa, ahhhhhhhhhh...mas com aquele maravilhoso amor que nasce na alma e jamais acabará, assim como amo os ninos e ninas do nosso grupo, a todos, todos sem exceção!
Amem, a vida induz ao amor e á felicidade, não a deixem fugir, porque ela é o verdadeiro estado de graça do ser humano, em amor e com amor, os dias tornam-se melhores e as dores passam mais facilmente, havendo paz, união e amor!...
Beijinho da laura
Às 5 de abril de 2010 às 10:07 , Maria disse...
Amor sem sexo não é amor. Sexo sem amor, ainda menos. Só os dois juntos são o verdadeiro AMOR.
Quando o tempo do sexo acaba, fica a lembrança doce e terna de que ele existiu. Enquanto existe, goza-se em pleno. Um grande amor só com a morte acaba. Geralmente quando o sexo termina, ficam os resultados palpaveis dele: os filhos, a recordaccção de gestos de paixão, o hábitto de nos encostarmos de noite ao corpo contra o qual o nosso vibrou. Tudo isso é amor, ou ternura, ou hábito, prque não?
É assim que sinto, eu que sei bem o que é uma grande paixão.
Beijinhos
Maria
Às 5 de abril de 2010 às 12:15 , Paixão Lima disse...
Querida Laurinha,
Não és a mulher menos instruída no amor. Não há escolas para amar nem livros que ensinem a amar. O amor é um sentimento irracional que nos afecta, independentemente da nossa vontade.
Quando num processo amoroso algo corre mal e o dar e o receber, o sentimento de partilha, deixa de existir, então não era o verdadeiro amor, o tal. Isso é frequente, já que os nossos sentidos podem enganar-se na informação. O que não quer dizer, que não se venha a amar um dia. É sempre possível e até provável, acontecer o amor num momento imprevisto e da forma até mais surpreendente.
O teu coração anseia amar para realizar-se. E isso, mais cedo ou mais tarde, vai acontecer, quer tu queiras, quer não. Tem esperança que vais conseguir.
Este ciclo, não tem titular. É de todos os que pretendam intervir, manifestando a sua opinião, que será aceite e respeitada.
Obrigado, Laurinha. Um abraço apertadinho.
Às 5 de abril de 2010 às 13:21 , Paixão Lima disse...
A Maria, no seu comentário, foi igual a si própria. E manifestou a sua opinião com a verdade, a sua verdade, dum amor paixão que se vem eternizando no tempo e que deu bons frutos.
Os coordenadores do Ciclo, agradecem o seu clarividente comentário, que vem enriquecer o debate. Obrigado.
Beijinhos Maria.
Às 5 de abril de 2010 às 13:48 , Laura disse...
Eu sei Paixão.
Sei e sinto assim... sinto que se é algo de irreal, mas não é dado a todos senti-lo na sua forma mais bela, mais pura! (ah, desenganem-se os que pensam que só com a virgindade se chega lá, qual quêêê!) todo o homem que é um verdadeiro Homem sabe isso, os mais que não imaginam a vida sem essa pequeno cadinho de pureza, (como chama á virgindade!) pureza aparente! porque havia e haverá sempre quem sendo virgem maneje bem as cordas do amor e do sexo... ahhhhhh...
Sei que o amor
está algures por aí
á minha espera
á espera que a vida
se manifeste
intervenha...
Cansei de ser eu a escolher
vou esperar que a vida se resolva
a escolher-me
a dar-me as coroordenadas
para eu saber
que o amor está a chegar.
Acredita que quando isso acontecer
eu não vou duvidar
vou sentir que ele é o tal
quando vir os seus olhos
nos meus a brilhar,
Vou deixar-me ir
não vou olhar para trás
não vou lamentar
se alguém puder magoar
porque o amor não pode esperar.
É que há tanta gente
que apenas tem medo de perder
o seu lugar o seu bem estar
e não quer abrir mão de nada
e não deixa os outros, amar!...
Beijinho Moa, beijinho Paixão, e, falamos mais logo na janelinha do vaso de mangerico..laura
Às 5 de abril de 2010 às 13:53 , Paixão Lima disse...
O Mini-Poema do grande Poeta André Moa, é uma joiazinha que carece ser apreciada devidamente. Como quem bebe um cálice de vinho do Porto velho, de grande qualidade. Suavemente e em pequenos tragos, para melhor o podermos saborear. Sendo um pequeno Poema, não deixa de ser um Poema de corpo inteiro. Como um compacto que congrega e releva o amor nas suas várias vertentes. Começando bem, acaba melhor. Foi um rasgo de feliz inspiração do Poeta. Nós agradecemos.
Parabéns Poeta André Moa.
Um abraço do amigo e irmão.
Às 5 de abril de 2010 às 14:57 , Paixão Lima disse...
A virgindade nada tem a ver com a pureza de sentimentos. É um estado da fisiologia da mulher e do homem. É apenas um pormenor. O ser virgem ou não, é um detalhe, uma fronteira, uma ponte, da mulher-menina para a mulher-mulher. A mulher-mulher, não é virgem fisiologicamente, mas pode sê-lo na pureza dos seus sentimentos não experimentados.
O teu Poema é sentido, vivido intensamente e denota alguma impaciência. Dá tempo ao tempo. Toda a gente vive apressada, e sai-se no momento em que se devia chegar.
Um beijinho e um abraço apertadinho, Laurinha.
Às 5 de abril de 2010 às 17:36 , Anónimo disse...
PaixãO Lima, irmão
Nasci entre os dias 23 de Agosto e 22 de Setembro, pelo que sou virgem. Assim sendo, não pude viver, em plenitude, o amor que todos os que escreveram experimentaram. E, como diz o poeta, vale mais experimentá-lo que julgá-lo.
Vou fugir a sete pés para não ler mais. Não quero lembrar-me deste aborto de gente que nunca amou!
Quis ser engraçado e acabei sem graça nenhuma.
Perdoa, António, mas quando o coração não sente, a caneta não acrescenta. Não proponhas mais reflexões irreflectidas. És capaz de muito melhor.
Um grande abraço do Ernesto
ERNESTO LEANDRO
Às 5 de abril de 2010 às 18:09 , Paixão Lima disse...
Muito bem,Irmão Ernesto!
Ouvi perfeitamente,aguardente!
Gostei do teu comentário.
Um abraço do teu irmão de sempre.
Às 5 de abril de 2010 às 18:54 , Anónimo disse...
Paixao Lima,irmão
Muito bem, irmão António!
Li, perfeitamente, aguardente!
Falavas de ti, como é óbvio,
Olha os espasmos. Água corrente!
Às 5 de abril de 2010 às 22:06 , Paixão Lima disse...
Como me tratas por irmão, só podes ser aquele que imagino. Pelos vistos, tens mau perder. Lamento mais por ti que por mim. A aguardente subiu-te à cabeça. Vira-te de cabeça para baixo, que isso passa-te. Preocupas-te com os meus espasmos. Agradeço o cuidado, mas deves preocupar-te mais com os teus, que são muitos e demais. Principalmente os espasmos cerebrais. A água corrente não prejudica a saúde, visto que é corrente.
Por mim, encerro aqui o processo da treta. Mas se queres continuar, tudo bem. Alinho nessa, como é óbvio.
Às 5 de abril de 2010 às 22:55 , Andre Moa disse...
Caros irmões, não espremam mais os limões, que o ciclo é de reflexões. Eu por mim preferiria dois garrafões - um de água corrente e outro de aguardente. O da água corrente serviria para refrescar a mente. O da aguardente, para animar a gente que espera, como de pão para a boca, migalhas de alegria. Ela é tão pouca!
Abraços fraternais a vós, irmãos, e outros que tais.
André Moa
Às 5 de abril de 2010 às 23:17 , Espaço do João disse...
Meu caro André.
Belo texto. È de meditar, mas eu não tenho a mesma concepção de AMOR. Sou pateta? Que me importa ser aos olhos de outro pateta? Não posso misturar amor com sexo. Amor, Amizade. Ou se sente ou nunca foram. Considero amor, amar incondicionalmente, bem como a amizade. Na minha maneira de pensar, o amor e a amizade são infinitos. Ou se ama e è amigo , ou então nenhuma das coisas existiu.
Um abraço de amizade João.
Às 5 de abril de 2010 às 23:20 , Anónimo disse...
Paixão Lima, irmão
Nunca pensei que a nossa amizade te deixasse ofender duma forma tão gratuita e caricata. Não vou usar a tua linguagem incorrecta e leviana. Só te peço, pelo respeito que todos os colaboradores me merecem, mesmo que não concorde com um ou outro comentário, que não digas ao André Moa, meu irmão, dos meus espasmos cerebrais. Só porque gostaria de continuar a colaborar no blog, enquanto o puder fazer. Perdoa a minha pequenez. Eu quero que continues a convencer-te que és o maior de todos.
Um abraço amigo do Ernesto.
Ernesto Leandro
Às 5 de abril de 2010 às 23:20 , Paixão Lima disse...
Tens razão Moa,
Sou o primeiro a reconhecer que, desta vez, fiz xixi fora do bacio.
Caminho ao encontro dos meus Irmãos com um ramo de oliveira na mão esquerda e uma pombinha branca (sem fel), na mão direita.
Mais não posso fazer, a não ser apresentar-te desculpas públicas por mau comportamento, o que é de assinalar.
Como sabes, não guardo reserva e sou um sem-memória, quando quero. Como é o caso.
Um grande abraço
Às 6 de abril de 2010 às 00:00 , Paixão Lima disse...
Falo para Espaço de João:
Falou para o Senhor André Moa, mas afinal falou para mim. O seu comentário agradou-me. Chamando-se de pateta, chamou-me também pateta. Somos dois patetas num mundo de patetas.
Se ler o preâmbulo, eu tive o cuidado de referir que, passo a citar:«Reflexões sobre este texto, neste momento. O pensamento humano não é estático, move-se. Amanhã, poderei ter uma opinião não coincidente com a que manifesto agora.»
Este Ciclo Reflexão, está a conseguir os objectivos propostos. Estamos a reflectir, a discutir e a ser polémicos. Isto é, estamos a ser patetas. Agradeço o seu comentário. Fique sabendo, que embora pateta, eu não o considero pateta. Considero-o uma pessoa inteligente e que defende as suas convicções. Obrigado.
Às 6 de abril de 2010 às 00:06 , Paixão Lima disse...
Ernesto,
Não contes comigo para dialogar. Se queres continuar falando,fala sozinho.
Às 6 de abril de 2010 às 01:31 , Anónimo disse...
António
Dialogar? Então tu ofendes e pensavas que continuaria a escrever-te? Não tenho qualquer reserva mental em relação a ti,sou teu amigo, mas peço-te que não faças qualquer comentário
a nada que eu envie para o blog. Eu também não o farei sobre tudo o que tu escrevas.
Um abraço amigo do Ernesto
Às 6 de abril de 2010 às 08:01 , Laura disse...
Ora, ora, a falar a gente se entende...
E eu que vinha para versejar á brava, sobre o amor e afins, na minha infinita crendice, credulidade e, bom...o vento mudou como dizia o cantor Angolano que já nem recordo o nome..seria o Eleutério ou o Eduardo? bolas, nem interessa...
Quem falou em garrafões
de aguardente ou assim
isso nem chegaria
para toda a gente
nem a cova de um dente
encheria...
Meninos não se amofinem
que esta vida são dois dias
as palavres que se escrevem
são palavras de todos os dias.
Aqui na virtualidade
é preciso caprichar
beber da água da fonte
ou ter de beber no charco
não faz mal á saúde
nem acaba com a amizade.
Rapazes ó meus rapazes
onde é que já se viu
somos todos arrastados
pela pena, sem reservas
soltamos os nossos brados
e acabamos zangados?
Nada disso, nada disso
o riso aqui, impõe-se
as palvras não são feitas
apenas para magoar
são para dialogar!
Vamos lá ó minha gente
deixem-se de criancice
que viver é uma beleza
e do mundo a riqueza
que nos mata a crendice!
Apertem as mãos ó amigos
deixem pousar a poeira
escrevam aquilo que sentem
e nem faz mal que saia asneira.
Se não nos divertirmos por aqui
então que havemos de fazer
meter a pena no bolso
e mal da vida desdizer!...
Ah, não me mtam ao barulho
que eu falei por falar
pois quando a guerra estala
eu não me posso calar.
Proponho entretanto
levar os dois a consenso
mas primeiro bebam lá
cada um do seu ungento!
Depois apertem as mãos
e voltem ao tempo de meninos
que de jaqueta e calção
percorreram os mesmos caminhos.
Se riram das mesmas coisas
estudaram na mesma escola
comeram na mesma mesa
usaram a mesma cartola!
Moços, abraço, abraço daqueles desganar e deixem a rapariga chegar aqui e ver vossos olhos de amor, amizade, a brilhar! laura
Às 6 de abril de 2010 às 12:36 , Paixão Lima disse...
Querida Laurinha,
O cantor que referes é o Eduardo Nascimento. Agradeço o poema por ser uma poesia recheada de boas intenções. Porque são pacíficas e boas, próprias de ti, que és uma pessoa boa e que toda a gente estima. Eu não seria excepção. Também te estimo.
Não há guerra Laurinha, pois não pretendo ser combatente. Se fui, já passei à reserva. Também não estou ofendido ou zangado com ninguém. Não me ofende quem quer, ofende-me quem pode. Acredita que pouca gente me pode ofender. Aqueles que se julgam ofendidos cá com o rapaz, perdem tempo. É um problema deles e só deles. Não tenho nada a ver com isso. O teu Poema é bonito e conciliador. Deverias ir para a diplomacia, pois tens qualidades para obteres consensos. Só as mulheres como tu, que tens sensibilidade, conseguem isso. Aceito da tua mão o ramo de oliveira, porque pombinha branca, já tu és. Não percebo alguém sentir-se ofendido e pretender continuar a ser amigo. É contraditório.
Um abraço apertadinho
Às 6 de abril de 2010 às 14:43 , Laura disse...
Paixão;
As pombinhas da cat'rina (era ssim que eu dizia em pequenina)
As pombinhas da cat'rina
andaram de mão em mão
foram dar á quinta nova
ao pombal de S. João!...
Eu apenas queria
conciliar e trazer de novo
a harmonia
aqui á gente do meu povo.
Não quero ver dois amigos
separados por umas miseras letras
que não eram para ofender
antes para entender
que era rir o que se pretendia fazer.
Diplomacia tenho imensa
assim como um coração dentro do peito
sou amiga do meu amigo
mas detesto que alguém fique ofendido.
esta vida é para rir
que já nos chega a dor
que vem dos dias de trás
e nos mergulha no desamor...
Rapazes dai lá essas mãos
e aquele apertadinho abraço
trocai passo e compasso
botai nos ombros mais um abraço!...
Não quero ouvir mal entendidos
nem de um lado nem do outro
espero apenas que se olhem no espelho
e lembrem que a amizade nunca morre!
Beijinho da laura
Às 6 de abril de 2010 às 17:08 , Paixão Lima disse...
Completamente de acordo contigo, Laurinha. Quando dizes, e muito bem:
esta vida é para rir
que já nos chega a dor
que vem dos dias de traz
e nos mergulha no desamor.
És a fada madrinha dos rapazes desavindos. Eu dou não só as mãos como os pés.
Que queres que eu faça mais?!
Eu nasci assim,
Eu cresci assim,
Vou ser sempre assim,
Gabrieeeeela!...
Às 6 de abril de 2010 às 18:10 , Laura disse...
Gabriela cravo e canela
ó que linda era a novela
que me lembro de ver
ao serão lá na aldeia
quando as férias
me vinham cá trazer!...
Falta-me a varinha de condão
para vos deixar
os desejos do meu coração
mas levanto minha mão e abençoo-vos
ó rapazes do meu coração!...
Às 6 de abril de 2010 às 18:41 , Paixão Lima disse...
A tua bênção ternurenta fez-me chorar, querida Laurinha. Espera aí, que vou engarrafar umas lágrimas sentidas no frasquinho, como fruto da minha grande dor.
Um beijo do António, o abençoado mafarrico.
Às 6 de abril de 2010 às 19:49 , Andre Moa disse...
Caríssimos,
Chegou a hora de virar a página e de continuarmos a divertir-nos com oânimo de sempre: solidário, fraterno, tolerante e de espírito aberto.
Até à próxima página.
Abreijos.
André Moa
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