CICLO EMOÇÃO
AURORA NO OCASO?
Vivo a sonhar
Os meus sonhos desfeitos;
Já não cumprirei
O quanto sonhei
Realizar...
Hoje, vivem na memória
Como um ente querido
Que se foi!
Fechado na masmorra,
De todos esquecido
Fica-me o propósito
De ter querido o Belo!
Estou extenuado
De tanto porfiar;
Lamentando a minha impotência,
Cumpro a penitência
Em poemas inexpressivos.
Remetido, sem recurso,
Ao ostracismo,
Ainda tenho a coragem
Para não ceder;
Acordo, calmamente,
Na pacífica condição
De quem tudo tentou...
De costas voltadas ao mundo,
Esbracejo a toda a hora;
Escrevo, depois, um novo verso
Falando dum gigante adormecido
Pronto a acordar.
E deixo todos a interrogar-se
Se no ocaso da vida
Sou ainda aurora!
Ernesto Leandro
Apontamentos anticancro 2
«ADVERTÊNCIA
Este livro apresenta métodos naturais para cuidar da saúde, e que podem contribuir para evitar o desenvolvimento do cancro ou para ajudar durante o seu tratamento, como complemento dos meios convencionais (cirurgia, radioterapia, quimioterapia). O seu conteúdo não substitui a opinião de um médico. Não deve ser utilizado para estabelecer um diagnóstico nem para prescrever um tratamento.
Todos os casos clínicos descritos fazem parte da minha experiência pessoal.
Optei por usar uma linguagem simples para apresentar uma interpretação actualizada do cancro e das defesas naturais.»
Do livro «Anticancro – um novo estilo de vida» de David Servan-Schreiber.
Vivo a sonhar
Os meus sonhos desfeitos;
Já não cumprirei
O quanto sonhei
Realizar...
Hoje, vivem na memória
Como um ente querido
Que se foi!
Fechado na masmorra,
De todos esquecido
Fica-me o propósito
De ter querido o Belo!
Estou extenuado
De tanto porfiar;
Lamentando a minha impotência,
Cumpro a penitência
Em poemas inexpressivos.
Remetido, sem recurso,
Ao ostracismo,
Ainda tenho a coragem
Para não ceder;
Acordo, calmamente,
Na pacífica condição
De quem tudo tentou...
De costas voltadas ao mundo,
Esbracejo a toda a hora;
Escrevo, depois, um novo verso
Falando dum gigante adormecido
Pronto a acordar.
E deixo todos a interrogar-se
Se no ocaso da vida
Sou ainda aurora!
Ernesto Leandro
Apontamentos anticancro 2
«ADVERTÊNCIA
Este livro apresenta métodos naturais para cuidar da saúde, e que podem contribuir para evitar o desenvolvimento do cancro ou para ajudar durante o seu tratamento, como complemento dos meios convencionais (cirurgia, radioterapia, quimioterapia). O seu conteúdo não substitui a opinião de um médico. Não deve ser utilizado para estabelecer um diagnóstico nem para prescrever um tratamento.
Todos os casos clínicos descritos fazem parte da minha experiência pessoal.
Optei por usar uma linguagem simples para apresentar uma interpretação actualizada do cancro e das defesas naturais.»
Do livro «Anticancro – um novo estilo de vida» de David Servan-Schreiber.
18 Comentários:
Às 15 de maio de 2010 às 13:41 , Maria disse...
Para o Ernesto
Espera
No acaso da vida vem-nos à memória
Toda a nossa vida, toda a nossa história.
Os sonhos que sonhámos e eram belos,
Os tão altos castelos
Que erguemos um dia.
Os amores que vivemos
E que logo perdemos.
Os montes e montanhas que subimos
Donde caímos,
Com arranhões no corpo e corações magoados.
Asas com que voamos, caindo destroçados.
Ventos que nos levaram pelos céus
Em busca desse Deus
E que nos trouxeram p’ra terra menos crentes.
Deixando-nos ainda mais inconscientes.
Mas se tudo vivemos
E ainda hoje cremos
Valeu a pena
Vivermos esta vida e esperar a morte, serena,
Maria 2010
Às 15 de maio de 2010 às 13:45 , Kim disse...
Afinal é de todos os vegetais que se extrai tudo aquilo com que os medicamentos são feitos.
Anticrancro não será só um novo estilo de vida, antes uma nova esperança quase sempre mal tentada.
Exemplo disso é o André. Vai a todas e todas tem vencido!
Abraço Ernesto
Às 15 de maio de 2010 às 17:53 , Paixão Lima disse...
Caro Ernesto,
Permite explicar-te o que é um comentário segundo o Dicionário da Língua Portuguesa Porto Editora (7ª. edição). Passo a citar: comentário «é uma série de notas explicativas de um texto». As minhas notas explicativas sobre o texto exposto é o seguinte: não concordo com o verso «...Em poemas inexpressivos...». E a prova está no teu poema que ao contrário do que afirmas é um poema muito expressivo e bem estruturado. Eu dou resposta aos últimos versos do poema. És ainda a aurora e não estás no ocaso da vida.
Um abraço Irmão.
Sobre os apontamentos anticancro sob o título de «Advertências», as ditas são de grande utilidade para orientar o quotidiano das nossas vidas. São conselhos que devemos ter em conta.
Um abraço ao Irmão mais novo André Moa, do primogénito.
Às 15 de maio de 2010 às 18:34 , Laura disse...
Ernesto;
Sonhos todos temos, realizá-los todos, é dificil, acredito que poucos ficaram por realizar, mas, é bom sonhar, leva-nos deste marasmo da vida e obriga-nos a percorrer outros caminhos, quem sabe, nunca antes trilhados...
Sonhar? sim,s empre, a toda a hora, eu sou uma perdulária com os meus sonhos, tem de ser assim, é algo que ajuda a viver e quando se realizam, mas que maravilha...
A poesia está linda, bela, escrita por quem sabe...
aquele apertadinho abraço da laura..
Às 15 de maio de 2010 às 18:35 , Laura disse...
Senhor Moa, o apontamento anti cancro podia ter mais uma slinahs, fica a curiosidade, ora pois...
aquele apertadinho abraço da laura
Às 15 de maio de 2010 às 22:12 , DAD disse...
E agora UMA NOTÍCIA MINHA! - HOJE FUI AVÓ, PELA PRIMEIRA VEZ, DE UM LINDO MENINO!
BEIJINHOS A TODOS!
Às 15 de maio de 2010 às 23:02 , Espaço do João disse...
Os sonhos do André
André vive e faz viver.
André comove-se e faz-me comover
André quer de todos o bem
André sabe o que é sofrer
André ama o que nos convem
A vida do André é assim
A vida do André é por bem
A vida do André é por saber
A vida do André é saber viver
A vida do André é para todos e para mim
Um dia darei um abraço
Um dia o André conhecerei
Um dia após o cansaço
Um dia o André visitarei
Um dia com ele aprenderei
Mas para o que me deu Senhor
Quem me mandou aqui entrar
Não sou nem serei doutor
Mas sofro com a tua dor
Do André me hei-de lembrar.
Os sonhos não esquecerei
Nas noites ponho-me a pensar
Que um dia chegarei
Ao final me entregarei
E não terei que lamentar.
Caro André, o ferro bem aquecido e bem malhado será sempre bem moldado. Eu sou um grande admirador desse aço bem temperado. Um abraço do tamanho deste mundo. João.
Às 15 de maio de 2010 às 23:07 , Paixão Lima disse...
Querida Maria,
Só hoje e por acaso, tive a oportunidade de ler o esplêndido poema que «O prazer de voar ou o adeus ao tédio» lhe inspirou. Agradeço a importância que me dá e o facto de me identificar com o senhor ou senhora que se chama tédio. Também não sabia que a cor, o movimento, as ondas, mares, nuvens, horizonte, céu azul e aves de mil cores, fazem parte dum mundo que é meu e de mais ninguém. Afinal sou um homem rico, facto que desconhecia completamente. É um mundo patenteado e exclusivo. Agradeço à querida Maria o ter-me refrescado a memória. Vou já tomar posse. E sou, pelo menos na opinião da minha querida Maria, uma espécie de Deus todo poderoso que acaba de criar um mundo novo. O mundo do tédio. Diz também a querida Maria e, se a Maria o diz é porque é verdade, a senhora ou senhor tédio sabe ser bom companheiro. É uma novidade e uma boa notícia porque assim já não tenho necessidade de fugir dele.
Beijo-lhe as mãos reconhecido e rogo-lhe que se afirme como minha conselheira espiritual que bem preciso. O diabo do tédio não me larga. Acuda-me, querida Maria. Muito obrigado pelas suas amáveis palavras e pelos seu sábios conselhos. Não me ocorre dizer mais nada. Isto é uma conversa de tédio.
Um grande beijo de sincera admiração.
P.S. Já que o barquito lhe mereceu tanto desprezo, a próxima vez que eu e o tédio viajarmos será num paquete de luxo tipo Titanic. Assim se naufragarmos vamos ter como consolação umas orações do coração condoído da minha (nossa) querida Maria.
Às 16 de maio de 2010 às 10:13 , Maria disse...
O Tédio é chato e teimoso. Como diz um velho ditado: "Se não podes com eles, junta-te a eles". Com o Tédio é assim. Temos que nos habituar à sua companhia e aprender a aguentá-lo. Às vezes dá jeito, para nos desculparmos de outros sentimentos mais chatos ainda.
Tem dúvidas que o "nosso" mundo, é mesmo aquele que nós queremos? Eu acho que mesmo quando é mau, é mesmo assim: nosso e intransmissivel.
Sabe? Eu aprendi a viver no mundo que criei. De contrário, já me tinha suícidado, tanto asco me mete o mundo real. Vivo no meu castelo de nuvens, escondo a cabeça nelas e vejo passar o resto.
Modos de viver, ou como diria a minha avó, modos viventes.
Abraço
Maria
Às 16 de maio de 2010 às 11:32 , Branca disse...
Olá Andté,
É muito lindo este poema e é realmente uma emoção.
Há sempre uma aurora que espera por nós em cada dia e que se sucede ao ocaso...sempre.
Deixo beijinhos e desejo que esteja tudo bem.
Branca
Às 16 de maio de 2010 às 14:18 , Paixão Lima disse...
Querida Maria,
Agora compreendo tudo. Porque o tédio é chato e teimoso, há que juntar-nos ao tédio. Pela minha parte não vejo nenhum inconveniente em que se junte ao tédio. Comigo é o contrário, ando a fugir dele. Quando refere «nosso» mundo quer dizer o seu, o meu e o dos outros. É o nosso mundo e é intransmissível. Mas é o mundo que queremos ?!!! Fico admirado. Se vive no mundo que criou, porque é deusa, não tem que fazer reclamações. Porque criou um mundo só para si. E para não se suicidar, prefere viver no castelo altaneiro com a cabeça nas nuvens a ver a banda passar. Muito bem Senhora Castelã. É livre de viver como entender. De cabeça no ar, entre as nuvens, ou de pés bem assentes na terra. A opção é sua. O que eu não pretendo é o seu suicídio. Mas no ar ou na terra, temos de viver no mundo que lhe provoca tanto asco e tantos sentimento de repulsa. Mas se é feliz em viver assim,então inventou o remédio para a insatisfação. Como é uma Senhora solidária ou pretende sê-lo, ficar-lhe-ia bem distribuir a mezinha milagreira aos pobrezinhos e necessitados. Assim seria condecorada no 10 de Junho e passaria a ser Senhora Comendadora. Pense nisso. Se a historinha do tédio lhe causou tanta impressão, então prepare-se que num futuro próximo, vêm aí monstros verdadeiramente assustadores. Monstros terríficos capazes de porem os cabelos em pé ao homem mais destemido. E para os quais o tédio não passa dum brinquedo inocente para entreter crianças. Fuja o quanto antes para o seu castelo (de Tomar ?!), com os cavaleiros templários por guarda de honra. Reconheço que há pessoas que pretendem encontrar na fuga a solução para os seus problemas. E que seja feliz, com o tédio ou sem ele.
Em lugar de um beijo de sincera admiração receba agora três que bem o merece. Ultrapassou as minhas melhores expectativas.
P.S. O modo de viver da Avó é modo de sonhar. O sonho para ser sonho não corresponde à realidade. E não é o sonho que comanda a vida mas o contrário. A vida é que comanda o sonho, infelizmente.
Às 16 de maio de 2010 às 14:52 , Bichodeconta disse...
Vou esquecer-me seguramente de tanto que queria dizer..Parabéns á Dad, ser avó deve ser tão bom..Ando baralhada cada vez que aqui entro, impressão minha ou sucedem-se os pseudónimos e não sei mais quem escreveu o que?Este poema, oração que assim o quizerem apelidar, podia ter sido escrito por ti Moa amigo, Fico baralhada, intrigada, fico encantada, e fico admirada de tanta força, de tanta coragem, e não, não é hora de vacilar.. Como quem pega um toiro, encaixa-te á barbela, segura-o pelos cornos, deixa que te sacuda fortemente mais uma e outra vez, até que cansado, o bicho desistirá, e se investir de novo , virá com mais respeito por ti , adversário difícil, homem forte, dono de ti..Abreijos, Ell, Hoje é dia 16, conto os dias, as horas, e conto com a tua amizade e com a tua força e coragem.. Não permitas que a pega falhe, se preciso pegas o bicho de cernelha..
Às 16 de maio de 2010 às 17:15 , Andre Moa disse...
Cara Ell,
O seu a seu dono. Este poema é do Ernesto Leandro. Aliás, está lá o nome do autor no fim do poema.
Mas sinto-me lisongeado. Por mim e pelo meu amigo Ernesto. Pseuónimo só tenho um. Heterónimos não, obrigado. Nem oito nem oitenta. Não sou tão doido, digo tão criativo, digo tão poeta como o Fernando Pessoa.
Abreijos
André Moa
Às 16 de maio de 2010 às 20:29 , Bichodeconta disse...
Seja então o amigo Ernesto o autor, mas não deixa de ser um poema com força , com garra, e que diz muito do que sentes seguramente..Quanto ao não seres tão doido ou tão poeta, isso amigo é discutível e não há unidade de medida para essas artes e devaneios. Não serás tão? Serás mais?Não sei, sei apenas que és enorme no teu saber , que gosto muito de te ler..Ser mais ou ser menos é relativo..Abreijos, Ell
Às 16 de maio de 2010 às 21:59 , Andre Moa disse...
Mas que palavras tão doces!
Ó minha rosa e camélia,
falas tão bem! Nem que fosses
do Pessoa a sua Ofélia.
Abreijos
André Moa
Às 16 de maio de 2010 às 22:14 , Laura disse...
Ó Paixão, reportando ao poema da Maria sobre a tua teimosia, razão nem lhe falta, tu apenas continuas a ser teimoso como uma mula e por mais que te digam não sabes chegar lá...
Estou cheia de tentar dizer que; não leves as coisas tanto a peito, aprende a rir com elas e entender...a Maria é linda e inteligente e tu distorces tudo, eu nem devia dizer nada mas como já me conheces há um ror de dias...escutaaaaaaaaaaaaaa.
e se o Moa diz que andamos de paixão, ou namoro, acredito que nem tenhas coragem de me ralhar por dizer que és teimoso como uma mula!...ahhhh posso rir?
vá lá, dá um abraço à Maria... e que não demore..torna a ler o que ela escreveu, lê, faz as pausas certas e entende que ...é assim...eu não li nada do que disseste, ou seja, li a poesia da maria e entendi-a na integra, e tu,devias estar ressabiado com algo quando a leste e, pagou ela as favas... O Blogue do Moa anda a ter atritozinhos desnecessários...
Ora deixa-me ir elr d enovo e não ter sido eu que entendi mal ehhhhhhhhhhhhhhhhh.
Paz, amor, ternura, afeição... é o que quero nos blogues amigos. laura
beijinho e abraço apertadinho cheio de graxa para não ralhares ehhhh...
Às 16 de maio de 2010 às 22:50 , Paixão Lima disse...
Laurita,
Vens com a pombinha branca numa mão e com o ramo de oliveira na outra ?! Mas o ramo de oliveira é grande. Não faças mau uso dele. Arreda de mim o ramo Laurita. Dá cá a pomba, minha pombinha.Não te preocupes com os atritos. Uma tripalhada à moda do Porto para ser boa tem de ter condimentos. Os atritos são os condimentos. Quem não gosta não come. Quanto à tua razão ela é a tua. Se não te importas prefiro a minha.
Um grande beijinho, minha pacifista.
Às 17 de maio de 2010 às 08:59 , Laura disse...
Paixão;
A minha razão é minha
não interessa a mais ninguém
a tu ficas lá c'a tua
sem aproveitar um vintém.
Essa tua teimosia
em querer teimar assim
deve ser da tua idade
que nem é tanta assim.
Nas palavras dos outros
só lemos o queremos ler
e se nos dedicarmos a pensar
acredita que as vamos desvendar.
Pois se deres o mesmo escrito
a ler a qualquer pessoa
podes crer ó meu amigo
que não concordam contigo!
Aprendi a ler e reler
pois um dia entrei a matar
levei as palavras do Moa
ao riso, sem soletrar.
Aos sessenta só setenta (de Poesia)
a mim deu-me para ligar
que aos sessenta o homem
já não consegue 'trabalhar'só dava para tentar!
Levei o pessoal ao riso
andei para desatinar
mas o bem que a todos fez
nunca mais vou esquecer...
Olha se o Moa levasse
as coisas para o outro lado
e as portas me fechasse
para me dar tempo a que pensasse.
Assim teimo e volto a teimar
que és um coração de mel
e nunca da tua boca
sairão palavras de fel!
Bora lá arvorar o raminho de oliveira,estamos em tempo de paz, alegria e amor..vá lá...
Abraço apertadinho da menina da janela... laura
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