CICLO PAIXÃO
Mais um poeta que nasce ou mais um poeta há muito fechado na concha com poemas engavetados a clamar por serem arejados e postos ao sol? Agora que a gaveta se entreabriu e de lá saiu esta preciosidade, esperemos que outros e outros surjam e venham até aqui brilhar à luz do dia. Há sempre um Paixão Lima capaz de nos surpreender. Ele aqui está. O poeta. Ele que afirma e reafirma que poeta não é. Olha se fosse!
André Moa
UM AMOR QUE SE SENTE E NÃO SE VÊ.
Gosto de ti tal como és
Espontânea flor silvestre
Com cheiro, com cor e com espinhos.
Mas é mais do que gostar!
É sentir-te! É adivinhar-te!
É tocar-te em sonhos e
Realizar meus apetites e fantasias;
Possuir-te para sempre, profundamente...
Ser teu e tu seres minha.
Uno e indivisível, um corpo só,
Duas mentes iguais e
Dois corações batendo ao mesmo tempo,
Numa oferta a um Deus desconhecido.
É ser Sonho, é ser Realidade
Em conjugação.
Mas como passar contigo além do Cabo?! Ó meu Amor...
Paixão Lima
André Moa
UM AMOR QUE SE SENTE E NÃO SE VÊ.
Gosto de ti tal como és
Espontânea flor silvestre
Com cheiro, com cor e com espinhos.
Mas é mais do que gostar!
É sentir-te! É adivinhar-te!
É tocar-te em sonhos e
Realizar meus apetites e fantasias;
Possuir-te para sempre, profundamente...
Ser teu e tu seres minha.
Uno e indivisível, um corpo só,
Duas mentes iguais e
Dois corações batendo ao mesmo tempo,
Numa oferta a um Deus desconhecido.
É ser Sonho, é ser Realidade
Em conjugação.
Mas como passar contigo além do Cabo?! Ó meu Amor...
Paixão Lima
11 Comentários:
Às 2 de maio de 2010 às 21:01 , DAD disse...
Puxa! Que grande declaração de amor!
É bom estar apaixonado!Espero que o alvo deste soneto de paixão ainda continue apaixonada também!
Desejo-lhe uma semana muito feliz, agora que está a terminar este dia da Mãe em que cá tive todos os meus à volta da mesa.
Beijinho,
Às 2 de maio de 2010 às 21:53 , Laura disse...
Ó Paixão, tás a fazer jus ao teu nome de Batismo, tás apaixonado e tá dito... Deve ser de passares tempo demais na janelinha do chat... temo-la bonita, e agora? Olha que a net engana, imagina suma flor mimosa e quando marcares o encontro sai-te uma cota verrugosa, eh lá!...
Lá que saiu uma obra d'arte não haja dúvidas e que fazer? deu-te pra isso!...
beijinho da laura que não te põe a vista em cima, pelos vistos a Paixão toldou-te o juizo ehhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh...
Às 2 de maio de 2010 às 22:02 , Paixão Lima disse...
Amigos e companheiros de blogue. Amanhã vou à santa terrinha. Matar saudades. Visitar com fervor religioso os locais da minha turbulenta juventude. Palmilhar as mesmas ruas. Pisar as mesmas pedras. Beber água das mesmas fontes. Recordar a minha inquietude juvenil. Renascer e retroceder no tempo. A um criativo tudo é possível. Vou numa espécie de peregrinação à terra santa. À minha terra. A Tabuaço do meu encantamento.
Um abraço para todos. Recordando a guerra colonial direi como os soldados de então: adeus e até ao meu regresso.
Às 2 de maio de 2010 às 23:14 , Osvaldo disse...
Caro amigo Paixão;
Antes de tudo, boa viagem até à Santa Terrinha, como eu em criança e adolescente escutava a turma de Tabuaço do Rio de Janeiro chamarem à terra que os viu nascer. Essa turma que se reunia todas as sexta-feira à noite na rua Marquês de Sapucaí, 288 - c/6, no Catumbi era composta entre outros, pelo Manel Delfim (quantas saudades), o António Martinho Águeda (o verdadeiro pronto-socorro de todos os tabuacenses no Brasil), do António de Rio Bom (irmão do Manel e meu tio), do Leandro Sapateiro, do João Amaral, do Aires de Aldeia de Sendim, dos dois irmãos sucateiros de Távora que agora se me varreu o nome, do António de Longa e do cantor e grande fadista Manuel Monteiro (que maravilha quando ele cantava o Fado, Meu barquinho de criança)estes os imprecidivéis e que se reuniam na nossa casa como disse à sexta porque como o Águeda era dirigente do Vasco da Gama proibia que o clube jogasse nesse dia para que os tabuacenses se pudessem reunir.
Esta tertúlia durou tantos anos até que a Prefeitura decidiu derrubar todas as casas da Marquês de Sapucaí para construirem o Sambodromo.
Por incrivel que pareça, com o desaparecimento desta casa (a dos meus pais e também a do meu tio que era ao lado), os tabuacenses começaram a partir para a outra margem sem retorno. Primeiro o Leandro, depois o Águeda, o Aires, o Manel (a Generosa seguiu-lhe as pisadas de imediato)o Manuel Monteiro, os irmãos sucateiros...
Agora vê, caro Paixão, pra que me deu ao saber da tua viagem à Santa Terrinha. Mas, possivelmente irei lá dentro de duas semanas e tudo farei para levar o Moa e o António.
Quanto ao poema, confesso que me surpreendeste ao ponto de ficar na dúvida se é teu ou é do Pinto da Costa, daqueles que ele fazia pra Carolina!!!.
Mas como não estou na disposição de te azedar o pâncreas, direi que é teu, todo teu e que com um poema destes, destronas o Ernesto e o Moa da Galeria dos Poetas Vivos...
Um abraço, caro amigo e conterrâneo, boa viagem até Tabuaço e até breve.
Osvaldo
Às 3 de maio de 2010 às 10:45 , Anónimo disse...
Caro irmão António.
É caso para perguntar: por onde tem andado este poeta? Quando ouvi o poema pelo telefone e, mais tarde, o recebi por email, demonstrei ao autor que era um lindo poema. Sem rima, mas com ritmo e melodia, declamei-o. Depois de me ouvir, disse-me: agora, quase me convenceste que é um poema.
Parabéns, António. Estás obrigado a obrigares-me a declamar muitos mais. Como diz o Moa, "há sempre um Paixãp Lima capaz de nos surpreender". E que bela surpresa!
Aquele abraço de sempre.
Ernesto Leandro
Às 3 de maio de 2010 às 16:31 , Andre Moa disse...
ONTEM FOI O DIA DA MÃE. HOJE É UM DIA SAUDOSO PARA MINHA MÃE E PARA TODOS NÓS, SEUS FILHOS, QUE MUITO A AMAMOS. HÁ CINQUENTA E OITO ANOS PARIU ELA O QUINTO E ÚLTIMO FILHO QUE VIRIA A FALECER AOS VINTE E OITO ANOS DE IDADE, VÍTIMA DE UM ESTÚPIDO E CRIMINOSO ACIDENTE DE VIAÇÃO.
UM BEIJINHO, MÃE. QUE LHE SIRVA DE CONSOLO ESTA MEMÓRIA DO SEU FILHO MAIS VELHO.
André Moa
Às 3 de maio de 2010 às 17:30 , O Encapuçado disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Às 3 de maio de 2010 às 22:00 , Laura disse...
Moa Moa, ó Moa...
há cinquenta e oito anos
chegava eu a este mundo
tão pródigo em desenganos
em desgostos, tão profundo...
Há cinquenta e oito anos
nasceu um irmão teu
se era da minha idade
porque não o conheci eu?
Sou sagitariana como sabes
mas não sei quando ele nasceu
achei bonito o mano
ter a mesma idade que eu!
Um beijinho da laura
Às 3 de maio de 2010 às 22:01 , Espaço do João disse...
Meu caro André.
Nunca é tarde para ecordar a nossa mãe. Eu raro é o dia que não me lembro delas. Sim !! Dela porque tive duas. Uma biológica que me pariu e não me deu mais nada porque não tinha, e outra que me criou como se fosse um filho próprio. A Que me pariu, via todos os dias com as lágrimas nos olhos de contente por saber que eu me encontrava bem. A outra , via todos os dias e proporcionava-me bem estar o que jamais esquecerei. Ambas já partiram há muito tempo mas a recordação, enquanto for deste mundo ficará eternamente. Acreditas que tenho as duas juntas na mesma fotografia junto á mesa de cabeceira? Falo com elas todos os dias e, peco-lhes a benção antes de adormecer. Tenho felizmente uma terceira mãe, a minha mulher, pois quando a chamo normalmente é sempre por mãe. Não te digo nada mais, sinto um nó na garganta. Um abraço de amizade. João
Às 4 de maio de 2010 às 20:13 , Andre Moa disse...
Depois de termos falado do aparecimento de um novo poeta ou mostrado à luz do dia um velho poeta, vamos para mais um poema de um poeta já consagrado. Voemos do ciclo paixão para o ciclo emoção. É só amor! É só beleza! É só poesia!
Abreijos
André Moa
Às 10 de março de 2012 às 22:02 , Anónimo disse...
Ótimos poemas e seleção de escritos, vá em frente,bjos,Ana
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