CRÓNICAS NO FEMININO
Senhoras e senhores,
Excelsas amigas,
Celsos amigos,
É com um enorme prazer que hoje encetamos um novo ciclo neste blogue, cada vez mais colectivo, cada vez mais de todos, com a honrosa e prestimosa colaboração da consagrada e luminosa cronista Aida Baptista que, num dia memorável, uma inspirada cegonha trouxe à Vida, numa casa da freguesia de Pinheiros, concelho de Tabuaço, Alto-Douro, Portugal.
Excelsas amigas,
Celsos amigos,
É com um enorme prazer que hoje encetamos um novo ciclo neste blogue, cada vez mais colectivo, cada vez mais de todos, com a honrosa e prestimosa colaboração da consagrada e luminosa cronista Aida Baptista que, num dia memorável, uma inspirada cegonha trouxe à Vida, numa casa da freguesia de Pinheiros, concelho de Tabuaço, Alto-Douro, Portugal.
André Moa
CONFISSÕES DE UMA CEGONHA
Nem eu, nem as da minha espécie fomos destinadas a viver rente ao chão e a engolir o pó da estrada. Por isso, tenho a minha casa bem alta, servindo-me do elevador das asas de cada vez que tenho de sair ou entrar. Felizmente, não tenho por perto outros apartamentos que me limitem a vista da paisagem ou se atravessem na rota dos meus voos. Segundo as regras dos planos directores, que estabelecem as nossas relações de vizinhança, somos obrigadas a guardar uma distância mínima umas das outras. Sensata decisão essa pois, numa altura da vida em que a minha merecida reforma me remete para muitas horas de descanso, resta-me a satisfação de poder fruir de um horizonte sem limites de fronteiras.
Noutros tempos, não tínhamos tempo para isso. Vivíamos numa azáfama constante, porque eram raras as famílias que não encomendavam crianças à cegonha, e várias por cada casa, já que era o tempo das famílias numerosas. Como constantemente se formulavam votos de que as horas fossem pequenas, andávamos sempre num virote. Quantas vezes apanhadas de surpresa, quase nem tínhamos tempo de preparar a encomenda. Seguia o que estivesse mais à mão. Também ninguém exigia serviço à lista, nem perguntava se era menino ou menina. O que fosse entregue seria criado com o mesmo desvelo com que se aceitam os ciclos de fertilidade da natureza, com boas e más colheitas.
A esta distância no tempo, e recordando a quantidade de quilómetros percorridos, olho com satisfação para a minha carreira e orgulho-me do profissionalismo com que desempenhei as minhas funções. Existisse ao tempo avaliação de desempenho e estou certa de que teria sido agraciada com uma qualquer comenda.
Pensemos na forma rudimentar como transportávamos as encomendas - embrulhadas numa fralda, em forma de triângulo, suspensa do nosso bico num tosco nó de duas pontas; sem seguro de viagem, nem legislação laboral que nos protegesse das intempéries; sujeitas a um regime da mais completa exclusividade e total disponibilidade, dia e noite, sem direito a pagamento de horas extraordinárias. E, no livro de reclamações não há registo de extravios ou de troca de algum pedido. Entregas antes do tempo, existiram algumas, sem que nos pudessem ser assacadas quaisquer responsabilidades. Nem todas corresponderam a uma antecipação forçada da viagem - para sete ou oito meses -, mas antes a uma mentira envergonhada de quem não tinha tido coragem de admitir que fizera uma reserva, ao arrepio da moral estabelecida.
De um momento para o outro, o país ganhou uma classe que, lentamente, se foi aburguesando. As mulheres no auge da procriação, em requintes de snobismo, deixaram de nos encomendar os bebés para os passar a mandar vir de França. E, como todos sabem, a França é um país que fica muito longe. Uma coisa é atravessar um céu sem curvas nem esquinas, do Minho ao Algarve, ou de Trás-os-Montes ao Alentejo; outra coisa é fazer viagem de ida e volta a França, numa altura em que não havia livre circulação de mercadorias e estávamos sujeitas ao controlo de fronteiras e às barreiras alfandegárias. Ainda por cima, com a possibilidade de, no Inverno, sermos obrigadas a abandonar a auto-estrada celestial para nos desviarmos de nuvens carregadas de fiapos de neve que, de tão fria, podia constipar a encomenda, muito antes de ser entregue. É verdade que não havia directivas a obrigar ao porte de certificado de garantia, nem a um prazo de validade. A nossa reputação, por si, era o maior garante da qualidade dos serviços prestados.
Muitas viagens seguidas levaram a um afrancesamento de certas formas de tratamento. Por isso, passou a ser normal que, em muitas das manifestações de carinho, se afagassem bochechas redondas acompanhadas da simulação de um beijo:
- Bijou... bijou! Meu bijou! Tão lindo que é o meu bijou!
Contudo, anos de encomendas e entregas a partir de França não chegaram para apagar a carga simbólica que a nossa imagem havia firmado. A cegonha continuou a ser a representação iconográfica mais usada para simbolizar os nascimentos - nos cartões-de-visita, nos convites de baptizado, nos álbuns de fotografias, nas molduras, nos berloques das pulseiras e fios, nos bordados dos lençóis e das toalhas, na decoração dos quartos, nos bolos de aniversário. Celebrámos a honra de estarmos presentes em todas as representações do imaginário infantil.
Certo dia, foi decidido que os bebés deixariam de vir de fora. Numa agressiva campanha que pretendia pôr em prática o apregoado slogan de que «o que é nacional é bom», acabou a importação de bebés de França. Estes passaram a ter produção exclusivamente nacional. Para acompanhar esta alteração, e porque a linguagem tem um papel muito forte na vida das pessoas e nas construções sociais, decretou-se que, em português, se passasse a dizer que as mães davam à luz. Algumas mulheres levaram algum tempo a habituar-se a esta nova forma de expressão e muitas houve que mantiveram a teimosia de continuar a dizer que pariam filhos. Não era tão elegante, mas era, de certeza, mais ajustado à realidade.
Foi mais ou menos nessa altura que nós, aves de arribação da família das Ciconíidas, decidimos abandonar os condomínios das árvores, para passarmos a ocupar um estúdio no cimo de um poste de electricidade. Sentimo-nos mais próximas delas, unidas por este cordão umbilical que, de poste em poste, transporta a notícia de mais uma vida que brota sempre que se acende a luz da paixão.
Aida Baptista
CONFISSÕES DE UMA CEGONHA
Nem eu, nem as da minha espécie fomos destinadas a viver rente ao chão e a engolir o pó da estrada. Por isso, tenho a minha casa bem alta, servindo-me do elevador das asas de cada vez que tenho de sair ou entrar. Felizmente, não tenho por perto outros apartamentos que me limitem a vista da paisagem ou se atravessem na rota dos meus voos. Segundo as regras dos planos directores, que estabelecem as nossas relações de vizinhança, somos obrigadas a guardar uma distância mínima umas das outras. Sensata decisão essa pois, numa altura da vida em que a minha merecida reforma me remete para muitas horas de descanso, resta-me a satisfação de poder fruir de um horizonte sem limites de fronteiras.
Noutros tempos, não tínhamos tempo para isso. Vivíamos numa azáfama constante, porque eram raras as famílias que não encomendavam crianças à cegonha, e várias por cada casa, já que era o tempo das famílias numerosas. Como constantemente se formulavam votos de que as horas fossem pequenas, andávamos sempre num virote. Quantas vezes apanhadas de surpresa, quase nem tínhamos tempo de preparar a encomenda. Seguia o que estivesse mais à mão. Também ninguém exigia serviço à lista, nem perguntava se era menino ou menina. O que fosse entregue seria criado com o mesmo desvelo com que se aceitam os ciclos de fertilidade da natureza, com boas e más colheitas.
A esta distância no tempo, e recordando a quantidade de quilómetros percorridos, olho com satisfação para a minha carreira e orgulho-me do profissionalismo com que desempenhei as minhas funções. Existisse ao tempo avaliação de desempenho e estou certa de que teria sido agraciada com uma qualquer comenda.
Pensemos na forma rudimentar como transportávamos as encomendas - embrulhadas numa fralda, em forma de triângulo, suspensa do nosso bico num tosco nó de duas pontas; sem seguro de viagem, nem legislação laboral que nos protegesse das intempéries; sujeitas a um regime da mais completa exclusividade e total disponibilidade, dia e noite, sem direito a pagamento de horas extraordinárias. E, no livro de reclamações não há registo de extravios ou de troca de algum pedido. Entregas antes do tempo, existiram algumas, sem que nos pudessem ser assacadas quaisquer responsabilidades. Nem todas corresponderam a uma antecipação forçada da viagem - para sete ou oito meses -, mas antes a uma mentira envergonhada de quem não tinha tido coragem de admitir que fizera uma reserva, ao arrepio da moral estabelecida.
De um momento para o outro, o país ganhou uma classe que, lentamente, se foi aburguesando. As mulheres no auge da procriação, em requintes de snobismo, deixaram de nos encomendar os bebés para os passar a mandar vir de França. E, como todos sabem, a França é um país que fica muito longe. Uma coisa é atravessar um céu sem curvas nem esquinas, do Minho ao Algarve, ou de Trás-os-Montes ao Alentejo; outra coisa é fazer viagem de ida e volta a França, numa altura em que não havia livre circulação de mercadorias e estávamos sujeitas ao controlo de fronteiras e às barreiras alfandegárias. Ainda por cima, com a possibilidade de, no Inverno, sermos obrigadas a abandonar a auto-estrada celestial para nos desviarmos de nuvens carregadas de fiapos de neve que, de tão fria, podia constipar a encomenda, muito antes de ser entregue. É verdade que não havia directivas a obrigar ao porte de certificado de garantia, nem a um prazo de validade. A nossa reputação, por si, era o maior garante da qualidade dos serviços prestados.
Muitas viagens seguidas levaram a um afrancesamento de certas formas de tratamento. Por isso, passou a ser normal que, em muitas das manifestações de carinho, se afagassem bochechas redondas acompanhadas da simulação de um beijo:
- Bijou... bijou! Meu bijou! Tão lindo que é o meu bijou!
Contudo, anos de encomendas e entregas a partir de França não chegaram para apagar a carga simbólica que a nossa imagem havia firmado. A cegonha continuou a ser a representação iconográfica mais usada para simbolizar os nascimentos - nos cartões-de-visita, nos convites de baptizado, nos álbuns de fotografias, nas molduras, nos berloques das pulseiras e fios, nos bordados dos lençóis e das toalhas, na decoração dos quartos, nos bolos de aniversário. Celebrámos a honra de estarmos presentes em todas as representações do imaginário infantil.
Certo dia, foi decidido que os bebés deixariam de vir de fora. Numa agressiva campanha que pretendia pôr em prática o apregoado slogan de que «o que é nacional é bom», acabou a importação de bebés de França. Estes passaram a ter produção exclusivamente nacional. Para acompanhar esta alteração, e porque a linguagem tem um papel muito forte na vida das pessoas e nas construções sociais, decretou-se que, em português, se passasse a dizer que as mães davam à luz. Algumas mulheres levaram algum tempo a habituar-se a esta nova forma de expressão e muitas houve que mantiveram a teimosia de continuar a dizer que pariam filhos. Não era tão elegante, mas era, de certeza, mais ajustado à realidade.
Foi mais ou menos nessa altura que nós, aves de arribação da família das Ciconíidas, decidimos abandonar os condomínios das árvores, para passarmos a ocupar um estúdio no cimo de um poste de electricidade. Sentimo-nos mais próximas delas, unidas por este cordão umbilical que, de poste em poste, transporta a notícia de mais uma vida que brota sempre que se acende a luz da paixão.
Aida Baptista
15 Comentários:
Às 10 de maio de 2010 às 20:05 , DAD disse...
Bonito! Gostei de ler!
Beijinho a todos(as)
Às 10 de maio de 2010 às 20:31 , Laura disse...
Ah, permita-me tão ilustre senhora voltar aos meus oito anos, a viver numa terra qualquer deste nosso Portugal imenso, frequentava a escola primária quando nasceu o meu mano mais novo, a minha mãe era gordinha que chegasse e, barriga a mais ou a menos não me ia fazer desconfiar que havia gente lá dentro...naquele tempo acho que era feio dizer aos filhos que iam ter um irmão que na altura estava alojado na barriga quentinha da minha mãe... naquela manhã fria de Outubro dormia na minha cama, a escola era de tarde e o pai veio chamar-me para ir ver uma coisa... virei-me para o outro lado, queria lá saber dessa coisa, queria era dormir, eram umas 8 h da manhã... o pai julgando que eu ia atrás dele, tornou a voltar atrás e dessa vez assegurou-se que o seguia, mal disposta e trombuda entro no quarto dos pais e vejo a mãe na cama e um embrulho ao lado de onde saía um grande tufo de cabelos pretos e uma carinha de bebé. Não me contive e o mais que consegui dizer foi; quem é esse? é teu mano, chegou á bocadinho, a cegonha enganou-se e bateu na tua janela, fui a correr abrir, peguei no embrulho e ainda lhe dei um cálice de vinho do Porto, tão cansada ela vinha e de Paris! dizia o pai...ufa, assim já aceitei o gajo, ao menos vinha cheio de luxo, Paris a terra dos chocolates e coisas boas que o pai tinha lá ido em serviço havia pouco e trouxe tanta coisa que pensei, bem, com este achado aqui em casa, calhar vamos lá um dia buscar mais...
Bom, o bom da história é que pelo caminho ia com o meu grupo de amigas que a escola era longe ainda. Claro que dei a noticia feliz da vida, tenho um irmão, veio de Paris, nem foi preciso perguntarem de onde veio... (sou surda desde os seis anos e conta muito para o que vem a seguir) todas andavam a rir e aos segredinhos mas não ouvia e nada entendia, a meio da aula a professora acerca-se de mim e pergunta; laura, é verdade que tens um irmão? ah, sorriso maior eu não podia conter em mim e respondo; é sim senhora professora. E de onde veio ele, ah, toda ufana continuo; veio de Paris senhora professora, de Paris, a canalhada toda desata a rir sem se conter eu fico assim a modos que aparvalhada, olho a stora que não achou graça nenhuma, mandou tudo para os lugares, começa pela primeira que já estavam todas de mãos estendida para a bendita da régua passar sem se demorar...eu estava á frente, no meio, ergo a minha mão sem saber porque ia apanhar, ela passa por mim, sorri-me, não me bate e continua a ingrata tarefa de acabar de dar uma a cada uma...pelo gozo a que me sujeitaram, fico sem saber que fazer.
Acabando a aula vamos todos para casa e a Ana Maria mais velha dois anitos que não andava na minha aula, como o assunto foi pela escola toda..disse-me que os bebés saiam da barriga da mãe e não vinham de Paris!
Anos mais tarde entendi o gozo de que fui alvo, mau grado envolvesse as cegonhas!que são uma belas senhorinhas que moram lá em cima nos postes dos fios eléctricos!
Parabéns Aida, pela belíssima prosa que acabei de ler...
laura
Às 10 de maio de 2010 às 22:15 , Bichodeconta disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Às 10 de maio de 2010 às 22:21 , Bichodeconta disse...
Gosto de cegonhas!Cedo da vida ficava a olhar para elas , pernaltas, bico longo, e uma paletó branco debruado a preto..No alto dos pinheiros, os ninhos perfilavam-se como blocos de apartamentos.num voar razante, picado, desciam aos canteiros de arroz onde na sua elegancia caminhavam,como se estivessem na passerelle, debicando aqui e ali alguma rã ou girino mais distraido.. Chegada a Primavera voltavam de Paises mais quentes onde tinham passado o inverno que por cá era rigoroso.. Faziam ou retocavam os ninhos já existentes, ali deitavam os seus dois ovos,que alternadamente mãe e pai mantinham quentes até ao dia em que nasceriam os seus filhotes.. Depois era ve-los, e ouvir os seus bicos em batida credenciada, naquilo que seria o seu chamar pela mãe que lhes trazia comida.. Há poucos anos, sempre que por razões profissionais me deslocava ao Alentejo, seguia de Estremoz no sentido de Portalegre, fazia um desvio por Fronteira, junto á praia fluvial, virava o carro, E ali a um escasso metro de mim tinha a minha amiga de Fronteira, uma cegonha da qual guardo imensas fotos e cujo ninho estava feito sobre um poste telefónico, no declive , ficando a cegonha á minha altura e perto que se esticasse o braço podia tocar as suas penas brancas de preto bordadas..Nesse tempo já não partiam para longe no Inverno, aqui o tempo passou a ser menos frio e de Inverno ou Verão podemos ve-las por aí..Junto a essa amiga de Fronteira, tomava o pequeno almoço, e despedia-me .Voltar ali será sempre um desafio.. Nascida de uma família numerosa, sou dos que não viajaram no bico da cegonha..O pai dizia com muita graça que os filhos tinham sido feitos por ele..Sábio o meu pai, sem grandes explicações, sempre soube que criança vinha da barriga da mãe.. Perdi a magia dessa viagem..Parabéns a D.Aida Baptista pela magnifica crónica sobre este animal tão simpático que faz parte do habitat conhecido de todos nós, tenhamos ou não viajado de Paris na sua companhia..Abreijos, Ell
Às 10 de maio de 2010 às 22:42 , Anónimo disse...
Para se fazer um travessão (–) é preciso, em simultâneo, premir a tecla "Alt" e marcar o número "0150".
Às 11 de maio de 2010 às 19:18 , Laura disse...
zero cento e cinquenta
é o número da ementa
que não trás travessão
mas travessa
de rabanadas polvilhadas
com pimenta!...
Quando há gente que se quer tornar engraçada! :)
Às 11 de maio de 2010 às 20:52 , Bichodeconta disse...
SOS Moa, SOS Lima Paixão, Sos, alguém perdeu o travessão..
SOS Laura, a lição deve ser dada assim, com profs identificados.. Anónimato não faz o meu forte..Quanto ao travessão, eu até uso cabelo cortado , pra que preciso de travessõa..Dhaaaaa , ao invés de escrever alguma coisa que preste, passam como urubús disfarçados de anónimos pra corrigir a falta dos travessões.. Identifique-se stor/a.E prcure que o travessão deve estar por aí junto de alguma mola de cabelo.. Vou-me daqui antes que leve réguadas..Abreijos, Ell
Desculpa Moa amigo, apaga aí antes que o circo pegue fogo..
Às 11 de maio de 2010 às 20:53 , Bichodeconta disse...
Pareceu-me bem, travessa de rabanadas com pimenta!Manda a receita Laurinha..
Às 11 de maio de 2010 às 21:41 , Laura disse...
Deixa lá Ell, deve ser a badanada do costume mas a gente come as rabanadas com açúcar e canela, sabe bem...
beijinho, laura sempre laura...
Às 11 de maio de 2010 às 22:47 , Andre Moa disse...
Queridas amigas,
Caros amigos,
Transcrevo parte das mensagens trocadas com a Aida Baptista, a propósito da primeira das crónicas no feminino, para que não se admirem e percebam as razões por ela não vir até aqui comentar as vossas estimulantes e apreciadas palavras. Espero de todos a melhor atenção e compreensão.
«Amiga Aida Baptista, é apenas para informar que acabo de postar as confissões de uma cegonha e para, uma vez mais, te agradecer a colaboração que, sei, vai agradar e enriquecer muito o blogue».
«Obrigadinha, meu amigo! Já vi e ficou bonito. Tenho apenas um problema: falta-me o tempo para responder e agradecer os comentários. Respeito muito a minha reserva de intimidade e não gostaria de ter de explicar aos leitores assíduos do teu blogue a razão por que não posso estar mais tempo ao computador. Espero que os leitores compreendam o meu silêncio, pois já me vejo doida para cumprir todos os compromissos assumidos. E olha que são bastantes».
«Caríssima, ainda bem que gostaste. Fico feliz com isso. Eu sei que tens muitos compromissos e demasiadas solicitações. Não sintas problema nenhum nem fiques preocupada. Quem dá o que tem a mais não é obrigado. E muito já dás tu. Não te rales, que os artistas pairam acima das minudências. Como já diziam os nossos avós romanos: de minimus non curat praetor. Muito menos os artistas. Essa de responder e agradecer, quando muito, será tarefa do editor. Manda é textos, matéria-prima, que essa só tu a tens e podes fornecer. E é da boa».
Abreijos para todos
André Moa
Às 12 de maio de 2010 às 00:40 , Bichodeconta disse...
Dispensada de agradecimentos e salamaleques pois claro. Parabéns á autora do magnifico texto que me levou á infancia e a dias muito bons da minha vida.. Ficamos no entanto á espera para que possamos ter o privilégio de a ler novamente.. Vinha ver se encontrava a Laura com a travessa das rabanadas , mas com canela, claro..Abreijos, Ell
Às 12 de maio de 2010 às 18:06 , Maria disse...
Olá Cegonha
Gostei de ti e da tua história.
Maria
Às 12 de maio de 2010 às 22:46 , Laura disse...
Exactamente, não precisam agradecer, a amizade é assim nada cobra e apenas agradece tão belo regalo para os olhos,a alma, o espirito..Aquele apertadinho abraço da laura...
Nina Ell, as rabanadas são papinhas doces do Natal e aidna estamos lomge e amenina precisa de ter cuidado com as ditas...ai..e a canela? hum, é tudo uma doçura..Beijinhos, laura
Às 13 de maio de 2010 às 00:30 , Bichodeconta disse...
Laurinha se Natal é quando quizermos, as rabanadas também ehehe. As rabanadas é que tem de ter cuidado comigo que se as apanho como-as.. Eu posso estar tranquila, mas um ataque de bilis, vai uma água das pedras e passa.. Abreijos,Ell
Às 16 de maio de 2010 às 19:49 , Parisiense disse...
Como o mundo é pequeno......até aqui e vou puder ler-te Aida.
Comecei por falar do teu livro " O Chão da Renuncia" e depressa descobri que tínhamos amigos em comum...
Afinal depois de termos sido vizinhas durante muitos anos em Benguela, agora também nos reencontramos através dos blogues amigos.
Os bebés já não vêem de Paris numa cegonha....mas aqui na terrinha onde eu vivo a expressão de "parir" ainda se usa.
Beijinhos para ti e para o MOA.
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