UMA VIDA EM VERSOS
Pedro Miguel e Susana - in illo tempore
AOS SETENTA só SESSENTA DE POESIAANTOLOGIA DE UM DESCONHECIDO
AOS SETENTA só SESSENTA DE POESIAANTOLOGIA DE UM DESCONHECIDO
Edição 1973
(continuação)
POEMAS INDEFINIDOS
(continuação)
METAMORFOSE
1
Meta
aqui
META
meta
no meio
AMOR
e
MORFO
meta
na
meta
SE
e
sente
se
2
ponha
na raiva
a espuma
no asco
o odor
na lava
um cacho
na bruma
um licor
na coisa nenhuma
uma causa
uma flor
3
se canto
não coro
se pranto
não choro
se rio
não corro
não paro
não pasmo
retomo
a corrente
navego
entre gente
retorno
ao rio
do futuro
cio
do terno
orgasmo
do eterno
instante
QUERO FUGIR E NÃO DEVO
o dever não me larga
o dever não me deixa
fugir de mim
fica-me a mágoa
resta-me a queixa
até ao fim
de mim
DOS BRAÇOS À TERRA
dos braços
nus
à terra
seca
vão
descer
sementes
que
um dia
irão
florir
se
o homem
as regar
se
o homem
não
dormir
POEMAPA
POVO QUE LAVAS NO RIO
PENEDOS DE FOME E FRIO,
PASSA AS PASSAS.
Apontamentos anticancro 3
«Existe um cancro adormecido em todos nós. À semelhança de todos os seres vivos, o nosso organismo produz constantemente células defeituosas. É assim que surgem os tumores. Mas o nosso organismo também está equipado com mecanismos que detectam e controlam essas células. No Ocidente, uma pessoa em cada quatro morrerá de cancro, mas três em cada quatro não morrerão. Os seus mecanismos de defesa entrarão em acção e elas morrerão devido a outras causas.
Eu tenho um cancro. Foi diagnosticado pela primeira vez há 15 anos. Submeti-me a tratamentos convencionais e o cancro entrou em remissão, mas tive uma recidiva. Decidi então aprender tudo o que pudesse para ajudar o meu organismo a defender-se da doença. Enquanto médico, investigador e ex-director do Centro de Medicina Integrativa da Universidade de Pittsburgh, tinha acesso a informações de valor inestimável sobre métodos naturais para prevenir ou ajudar a tratar o cancro. Há sete anos que o mantenho à distância.»
Do livro «Anticancro – um novo estilo de vida» de David Servan-Schreiber.
POEMAS INDEFINIDOS
(continuação)
METAMORFOSE
1
Meta
aqui
META
meta
no meio
AMOR
e
MORFO
meta
na
meta
SE
e
sente
se
2
ponha
na raiva
a espuma
no asco
o odor
na lava
um cacho
na bruma
um licor
na coisa nenhuma
uma causa
uma flor
3
se canto
não coro
se pranto
não choro
se rio
não corro
não paro
não pasmo
retomo
a corrente
navego
entre gente
retorno
ao rio
do futuro
cio
do terno
orgasmo
do eterno
instante
QUERO FUGIR E NÃO DEVO
o dever não me larga
o dever não me deixa
fugir de mim
fica-me a mágoa
resta-me a queixa
até ao fim
de mim
DOS BRAÇOS À TERRA
dos braços
nus
à terra
seca
vão
descer
sementes
que
um dia
irão
florir
se
o homem
as regar
se
o homem
não
dormir
POEMAPA
POVO QUE LAVAS NO RIO
PENEDOS DE FOME E FRIO,
PASSA AS PASSAS.
Apontamentos anticancro 3
«Existe um cancro adormecido em todos nós. À semelhança de todos os seres vivos, o nosso organismo produz constantemente células defeituosas. É assim que surgem os tumores. Mas o nosso organismo também está equipado com mecanismos que detectam e controlam essas células. No Ocidente, uma pessoa em cada quatro morrerá de cancro, mas três em cada quatro não morrerão. Os seus mecanismos de defesa entrarão em acção e elas morrerão devido a outras causas.
Eu tenho um cancro. Foi diagnosticado pela primeira vez há 15 anos. Submeti-me a tratamentos convencionais e o cancro entrou em remissão, mas tive uma recidiva. Decidi então aprender tudo o que pudesse para ajudar o meu organismo a defender-se da doença. Enquanto médico, investigador e ex-director do Centro de Medicina Integrativa da Universidade de Pittsburgh, tinha acesso a informações de valor inestimável sobre métodos naturais para prevenir ou ajudar a tratar o cancro. Há sete anos que o mantenho à distância.»
Do livro «Anticancro – um novo estilo de vida» de David Servan-Schreiber.
8 Comentários:
Às 17 de maio de 2010 às 16:51 , Paixão Lima disse...
André,
Os miúdos da fotografia eram encantadores. Hoje são adultos mas o tempo do encantamento continua. Desejo que o tempo do encantamento perdure eternamente.
Poemapa e o mapa do poema. Povo com fome e com frio passa as passas do Algarve.
Se «existe um cancro adormecido em todos nós», que continue adormecido para sempre sob o efeito do hopnótico mais poderoso que se conhece e que é A VONTADE DE VIVER.
Um grande abraço, Irmãozito Moa.
Às 17 de maio de 2010 às 16:56 , Laura disse...
Tão lindos que eles são, eram, foram e serão sempre...
Sabe bem ver os petizes transformados em dultos e até já há mais um para pores ao lado deles, decerto ficaria ai bem o Luis Thiago... São parecidos..que giro.
As poesias são tuas, são sempre aquela dor de não haver para todos, um dia tudo será mais natural e não haverá nem dor nem fome para ninguém..Aquele abraço da laura
Às 17 de maio de 2010 às 19:19 , Je Vois La Vie en Vert disse...
Caro amigo Moa,
Encantadoras crianças !
Estes teus versos lembraram uma canção francesa e tive quase vontade de os cantar !
Põe um aviso na porta : AQUI CANCRO NÃO, OBRIGADO ! do genro de PUBLICIDADE NÃO, OBRIGADO ver aqui
Beijinhos
Verdinha
Às 17 de maio de 2010 às 23:11 , CVJ disse...
Obrigado por nos ter linkado.
faremos o mesmo.
tudo de bom.
Às 18 de maio de 2010 às 10:01 , Maria disse...
Querido André
Que ternura de fotografia! Que lindos, os teus meninos. Os poemas são maravilhosos. A lição sobre o "bicho", cá ficou. Acho que vou comprar o livro.
Beijinho
Maria
Às 18 de maio de 2010 às 16:40 , Bichodeconta disse...
A Susana estava linda, continua linda e é de uma sensibilidade arrazadora.. Quando lembro o poema que declamou , a força com que o fez, é como se estivesse a ouvi-la e arrepio-me..Percebe-se de onde foi o Luis Tiago buscar o encanto..Já sei, estavas a pensar que era do avo..Também, mas porque a Susana é parecida com o pai..Abreijos Ell
Às 18 de maio de 2010 às 19:25 , Laura disse...
Até lamento não ter tomado nota do nome do programa feito no México ou Argentina, sobre a cura do cancro já em fase adiantada, com plantas e os médicos falavam, os doentes, cientistas, etc..adorei ver, vale a pena, ajuda e ensina..Beijinhos.
Às 18 de maio de 2010 às 19:53 , Andre Moa disse...
Obrigado, meu povo!
Como a vida continua, mudemos de página. Entremos no ciclo reflexão.
Abreijos
André Moa
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