UMA VIDA EM VERSOS COM REVERSOS
Fumavas? Pois sofre agora!
AOS SETENTA só SESSENTA DE POESIA
AOS SETENTA só SESSENTA DE POESIA
ANTOLOGIA DE UM DESCONHECIDO
Edição 1973
(continuação)
DO SENTIMENTO À RAZÃO
do sentimento à razão
caminho
e
labirinto
LUA FUGA
lua
não mais
branca
não mais
pura
não mais
lua
não mais
mel
lua fuga
lua engodo
lua dos poetas
e dos corvos
lua lua
com saudades
lua
adeus
CARNAVAL CANALHA
centelha incendiada
a figurar
o tudo
o nada
máscara colada
a face envergonhada
carnaval canalha
dignidade na face
por dentro palha
DO SENTIMENTO À RAZÃO
do sentimento à razão
caminho
e
labirinto
LUA FUGA
lua
não mais
branca
não mais
pura
não mais
lua
não mais
mel
lua fuga
lua engodo
lua dos poetas
e dos corvos
lua lua
com saudades
lua
adeus
CARNAVAL CANALHA
centelha incendiada
a figurar
o tudo
o nada
máscara colada
a face envergonhada
carnaval canalha
dignidade na face
por dentro palha
AMOR AOS QUADRADINHOS
I
Trepou à macieira
Quebrou um ramo
Caiu
Do ramo partido
Fez escada
Subiu
Colheu duas maçãs
Uma podre
Outra sã
A primeira
Roída pelo bicho
A segunda recheada
De ouro incenso e mirra
Lançou a bichada fora
Assobiou
Lavou a boa
Cheirou-a
Aproximou a boca
Beijou-a
Embrulhou-a
Fez um laço
Cor-de-rosa
Correu
Ofereceu-lha
Cantou
Ela não aceitou
Morreu
II
Bateu à porta
Ninguém ouviu
Ninguém abriu
Entrou
Disparou
Soprou no cano
Saiu
O sol dardejava
Brilhava de mais
Canta
Rolou
Correu para a sarjeta
Vomitou
Atravessou
Ruas
Praças e pracetas
Parou
Ajudou um cego
A atravessar
Na passadeira
Cuspiu
Sentou-se
Num banco do Éden
O jardim dos jardins
Desfolhou malmequeres
Saiu-lhe bem-me-quer
Sorriu
Colheu uma rosa
Enforcou-se
No perfume dos espinhos
III
Levantou-se
Fechou a porta
Por dentro
Abriu o coração
Por fora
Limpou o sangue
Do retrato
Fechou o coração
Por dentro
Compôs o quarto
Abriu a janela
Saiu
Fechou a porta
Por fora
Subiu a alameda
Pelo centro
Brincou ao arco
Cantou
Anoiteceu
Procurou
Nada viu
Nada encontrou
Chorou.
O amor
Tinha
Acabado.
Triste
Fado
Apontamentos anticancro 13
«Direitos dos animais - Este livro e, em particular este capítulo, faz referências a vários estudos realizados em ratos de laboratório. Gosto muito de animais e não me agrada o sofrimento a que são sujeitos no decorrer destas experiências. Mas, até à data, nem os grupos defensores dos direitos dos animais nem os cientistas envolvidos encontraram alternativas satisfatórias para estas experiências. Como poderão verificar, é graças a estes animais que um extraordinário número de crianças, homens e mulheres poderão, um dia, ser tratados de maneira mais eficaz e humana. Muitos animais virão igualmente a ser beneficiados pois, tal como nós, também é frequente sofrerem de cancro».
«Graças aos ratos do Professor Zheng Cui, os cientistas conseguiram demonstrar que os seus glóbulos brancos podiam eliminar até 2 mil milhões de células cancerosas em poucas semanas. Passadas apenas 6 horas de terem sido injectadas células cancerosas, o abdómen destes ratos especiais é invadido por 160 milhões de glóbulos brancos. Face a este violento ataque, 20 milhões de células cancerosas desapareceram em meio dia! Antes destas experiências com o Super Rato e os seus descendentes, nunca ninguém se atrevera a imaginar que o sistema imunitário fosse capaz de se mobilizar com tal eficácia».
Do livro «Anticancro – um novo estilo de vida» de David Servan-Schreiber.
I
Trepou à macieira
Quebrou um ramo
Caiu
Do ramo partido
Fez escada
Subiu
Colheu duas maçãs
Uma podre
Outra sã
A primeira
Roída pelo bicho
A segunda recheada
De ouro incenso e mirra
Lançou a bichada fora
Assobiou
Lavou a boa
Cheirou-a
Aproximou a boca
Beijou-a
Embrulhou-a
Fez um laço
Cor-de-rosa
Correu
Ofereceu-lha
Cantou
Ela não aceitou
Morreu
II
Bateu à porta
Ninguém ouviu
Ninguém abriu
Entrou
Disparou
Soprou no cano
Saiu
O sol dardejava
Brilhava de mais
Canta
Rolou
Correu para a sarjeta
Vomitou
Atravessou
Ruas
Praças e pracetas
Parou
Ajudou um cego
A atravessar
Na passadeira
Cuspiu
Sentou-se
Num banco do Éden
O jardim dos jardins
Desfolhou malmequeres
Saiu-lhe bem-me-quer
Sorriu
Colheu uma rosa
Enforcou-se
No perfume dos espinhos
III
Levantou-se
Fechou a porta
Por dentro
Abriu o coração
Por fora
Limpou o sangue
Do retrato
Fechou o coração
Por dentro
Compôs o quarto
Abriu a janela
Saiu
Fechou a porta
Por fora
Subiu a alameda
Pelo centro
Brincou ao arco
Cantou
Anoiteceu
Procurou
Nada viu
Nada encontrou
Chorou.
O amor
Tinha
Acabado.
Triste
Fado
Apontamentos anticancro 13
«Direitos dos animais - Este livro e, em particular este capítulo, faz referências a vários estudos realizados em ratos de laboratório. Gosto muito de animais e não me agrada o sofrimento a que são sujeitos no decorrer destas experiências. Mas, até à data, nem os grupos defensores dos direitos dos animais nem os cientistas envolvidos encontraram alternativas satisfatórias para estas experiências. Como poderão verificar, é graças a estes animais que um extraordinário número de crianças, homens e mulheres poderão, um dia, ser tratados de maneira mais eficaz e humana. Muitos animais virão igualmente a ser beneficiados pois, tal como nós, também é frequente sofrerem de cancro».
«Graças aos ratos do Professor Zheng Cui, os cientistas conseguiram demonstrar que os seus glóbulos brancos podiam eliminar até 2 mil milhões de células cancerosas em poucas semanas. Passadas apenas 6 horas de terem sido injectadas células cancerosas, o abdómen destes ratos especiais é invadido por 160 milhões de glóbulos brancos. Face a este violento ataque, 20 milhões de células cancerosas desapareceram em meio dia! Antes destas experiências com o Super Rato e os seus descendentes, nunca ninguém se atrevera a imaginar que o sistema imunitário fosse capaz de se mobilizar com tal eficácia».
Do livro «Anticancro – um novo estilo de vida» de David Servan-Schreiber.
6 Comentários:
Às 7 de junho de 2010 às 22:32 , Kim disse...
Infelizmente alguns animais terão de ser sacrificados em benefício do homem. Não acredito que haja algum defensor dos ditos a ter opinião contrária.
Abraço amigo
Às 7 de junho de 2010 às 22:33 , Laura disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Às 7 de junho de 2010 às 22:36 , Laura disse...
Ah, ganda borracho o Moa, belo rapaz, pois, fumavas, olha, mas isso nem acontece a todos, há quem fume imenso e nunca teve problemas, é conforme...
A Neide trabalha com ratos de laboratório na pesquisa que faz para a descoberta de uma cura do cancro da bexiga, ela diz que detesta mas tem de fazer isso. Já falamos sobre isso nós duas. Tem de ser.
Um xi da laura
Ai as tuas poesias os teus escritos... Eu comecei a escrever já tarde e por isso vai aos sopetões... aos 55 e ainda fui muito a tempo.
Aquele abraço da laura
Às 7 de junho de 2010 às 22:45 , Paixão Lima disse...
Irmão Moa,
Estou contando os dias que faltam para o dia 18. Estará presente a irmandade completa. Já tenho um baralho de cartas preparado para a sueca. EHEHEHEHEHEHEHEH (esta é a minha gargalhada de satisfação).
Um abraço, Mano.
Às 7 de junho de 2010 às 23:18 , Andre Moa disse...
Tens razão, como sempre, amigo Kim.
Cara Nina, diz à Neide que se lembre de que, apesar de não gostar, está a trabalhar por uma boa causa. Iasso até pode suavizar-lhe o trabalho.
Pois, é, irmão Paixão, fizeste um milagre maior que o das rosas. Isto, na hipótese duvidosa de o convencimento ter a duração da duracel e se manter até lá. Uma coisa é certa, hoje ficou entusiasmadíssimo. Mas, como sou pior que o Tomé...
Abreijos
André Moa
Às 8 de junho de 2010 às 09:33 , Laura disse...
Pois é mas falta o resto dos Apóstolos e Apóstolas para fazer 12...
Pois é, pois era, e que pena ser tão longe aqui prá je...
Um xi da laura
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