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domingo, 25 de julho de 2010

CICLO REFLEXÃO



O FEITIÇO DA LINGUAGEM

A linguagem pertence na sua origem à era da mais rudimentar psicologia: encontramo-nos perante um rude fetichismo quando contemplamos os pressupostos básicos da metafísica da linguagem - quer dizer, da razão. É essa metafísica que vê em toda a parte acção e actor, é ela que acredita na vontade como causa em geral, é ela que acredita no «eu», no eu como ser, no eu como substância, e que projecta a sua crença no eu-substância sobre todas as coisas - só assim ela cria a noção de «coisa» [...]. O erro fatal que se insinua desde o princípio é o de que a vontade é algo que produz um efeito - que a vontade é uma faculdade. Hoje sabemos que é apenas uma palavra. [...]. Eu temo que não nos desenvencilharemos de Deus porque ainda acreditamos na gramática.
Nietzsche

Com a intervenção da língua, forma-se a linguagem. E é no linguajar, que os indivíduos duma sociedade comunicam entre si. Mais conhecida por Comunicação Social (verbal, gestual e escrita), é considerada nas democracias modernas (ditas avançadas), como o 4º. poder. Mas é o poder mais poderoso, pela faculdade que tem de influenciar os restantes poderes instituídos. Retratemos o que se passa em Portugal que é, desde há muito, o país mais pobre e atrasado da Europa a fazer fé na Comunicação Social que não se cansa de o repetir até à exaustão. Neste país, todos os poderes que constituem os pilares «democráticos» da sociedade são fortemente centralizados. Governa-se do núcleo central em benefício exclusivo do núcleo central, com total desprezo da periferia que, com espírito criativo designam de «paisagem». Aqui está uma forma moderna de colonialismo. E o centralismo português consegue obter um resultado espantoso. Promove, sem cessar, uma região considerada, estatisticamente, uma das regiões mais ricas da Europa, enquanto as restantes, com excepção do Algarve e da Madeira, são das regiões mais pobres e atrasadas do continente europeu. Esta assimetria irracional pode, a médio prazo, por em perigo a própria coesão nacional. O centralismo, é o cancro da sociedade, que se alimenta das regiões periféricas e circundantes para engordar e fortalecer-se. E a única maneira de combater a doença, é promover uma regionalização administrativa equilibrada e inteligente. Por vezes, pergunto-me, se terá valido a pena aos homens do norte (que são portugueses há mais tempo que os homens do sul), verter o seu sangue e sacrificar as suas vidas para conquistar Lisboa aos mouros.
Paixão Lima
«No princípio era o verbo».
- E no fim também - acrescento eu.
- «O gesto é tudo» - diz-se.
- E então a postura? – Pergunto eu
André Moa

Apontamentos anticancro 33
«Um DOS grandes mistérios da epidemiologia moderna, além do cancro, é a epidemia da obesidade. Depois do tabaco, a obesidade é o segundo factor de risco mais elevado para o cancro. O elo entre a obesidade e o cancro só recentemente se tornou claro. Só agora começamos a compreender que têm uma origem comum.
Os
Ómega 3 3 ómega 6 presentes no nosso organismo competem entre si para controlar as funções do nosso corpo. Os ómegas 6 ajudam a armazenar gordura e promovem a robustez das células, bem como a coagulação e a inflamação em resposta às agressões exteriores. Estimulam a produção de células gordas desde o nascimento. Por sua vez, os ómega 3 estão envolvidos no desenvolvimento do sistema nervoso, em tornar as membranas celulares mais flexíveis e na redução das inflamações. Também limitam a produção de células adiposas (gordas). O nosso equilíbrio fisiológico depende muito do equilíbrio entre os ómega 3 e ómega 6 no nosso organismo e, portanto, na nossa alimentação. Pelos vistos, foi este equilíbrio alimentar que se alterou nos últimos 50 anos ».
Do livro «Anticancro – um novo estilo de vida» de David Servan-Schreiber.

12 Comentários:

  • Às 26 de julho de 2010 às 00:03 , Blogger Kim disse...

    Amigo Moa
    Todos sabemos o ódio que Nietzsche nutria pelas mulheres. Será que ele tinha razão? Não me parece!
    O 4º poder é aquele que ainda por aqui nos vai mantendo a dissecar o que sabemos e o que não.
    E tu tens o 4º poder elevado ao quadrado.
    Gostei de saber dos Ómegas
    Um grande abraço amigo

     
  • Às 26 de julho de 2010 às 00:45 , Blogger Andre Moa disse...

    Pois é, amigo Kim.
    O Nietzsche comportava-se em relação às mulheres, como a raposa para as uvas inatingíveis: estão verdes.
    Abreijos
    André Moa

     
  • Às 26 de julho de 2010 às 07:32 , Blogger Osvaldo disse...

    Caro Paixão;

    Perguntar, perguntas bem..., responder é que eu não sei.
    Mas já agora, vamos lá para a regionalização que já tem um atraso de 35 anos.

    Um abraço.
    Osvaldo

     
  • Às 26 de julho de 2010 às 08:38 , Blogger Laura disse...

    Valeu a pena os homens do Norte verterem o seu sangue para conquistar Lisboa aos Mouros! senão o Norte não teria grandes homens como tu ó Paixão!... e não teríamos os homens do sul para nos prestar vassalagem...ahhhhhhh...escreves difícil mas esse Nietzche devia inclinar-se para o lado oposto das mulheres, pois ela veio ao mundo para tornar o homem feliz..e homem que se preze sabe que ela deve ser, acima de tudo; amada, respeitada e guardada bem juntinho ao coração!
    Abraço apertadinho da laura
    Nós precisamos da vossa força, não da força bruta, mas da força do AMOR!

     
  • Às 26 de julho de 2010 às 12:12 , Blogger Paixão Lima disse...

    Kim,
    O 4º. poder, que é o maior poder, vai dissecando o que sabemos. Ficando por dissecar o que não sabemos. Mas é um agir sem inocência. Ao atacar uns está, objectivamente, a defender outros. Não é um poder independente. E que é um poder deveras centralizador, ninguém de boa fé pode duvidar.
    Um abraço.

     
  • Às 26 de julho de 2010 às 12:30 , Blogger Paixão Lima disse...

    Amigo Osvaldo,
    Perguntar não ofende mas também não resolve. Mas nunca é demais denunciar o que entendemos não estar certo. É assim que se iniciam todos os processos de mudança. A regionalização administrativa do país vai fazer-se por necessidade de sobrevivência do próprio país. Não tenho quaisquer dúvidas sobre isso. Mas neste particular, sou como o Durão Barroso. Não sei é quando...
    Um abraço.

     
  • Às 26 de julho de 2010 às 13:59 , Blogger Paixão Lima disse...

    Laurita,
    Os grandes homens são aqueles que praticam grandes feitos. Como não pratiquei nenhum feito, nem grande nem pequeno, tenho de contentar-me em ser o que sou. Não sou grande nem pequeno, sou médio eheheheh. São os teus olhos que não te deixam ver bem. Porque o teu olhar é o olhar da amizade. Agradeço e retribuo o afecto. Reconheço que a força do Amor é poderosa. Como militante que sou do Amor, caminho confiante sob a sua bandeira. Mulheres e homens caminham comigo, em plena igualdade, com os mesmos direitos e deveres.
    Um abraço e um beijo.

     
  • Às 26 de julho de 2010 às 16:27 , Blogger Unknown disse...

    Paixão;
    Apesar da tua modéstia quero dizer-te que fiquei deveras contente por teres sido apontado como exemplo do !
    No sul se diz: -! Vá-se lá saber onde está a verdade...
    Em boa verdade venho aqui pelo tema postado.
    Regionalização sim eu sou a favor há muitos anos!
    Assunto arrastado, para quem se lembra e se interessa, há muitos anos!
    O Poder centralizado não pode ser administrado
    de uma forma justa e equitativa pois desconhecem-se as necessidades reais da "paisagem"...
    Lisboa continua a ser capital de um país que a ela em nada se assemelha.
    Para terminar quero apenas deixar uma nota porque de políticas estamos a falar ...que de caciques não gosto nem por cá nem na China.
    Mil abraços
    Getta

     
  • Às 26 de julho de 2010 às 16:38 , Blogger Unknown disse...

    Paixão ; como vais perceber o texto está cortado...não sei o que aconteceu no envio porque foi por mim escrito de forma inteligível!
    Por esse motivo venho completar a primeira frase:
    Apesar .......por teres sido apontado como exemplo do homem do norte!
    No sul se diz: Senhoras fujam dos homens do norte!
    O resto é o que eu queria dizer e está completo.
    Beijo
    Gatta

     
  • Às 26 de julho de 2010 às 17:53 , Blogger Paixão Lima disse...

    Getta (minha Amiga-vizinha de Goujoim-Armamar),
    Congratulo-me por teres do teu país uma visão de futuro, porque também defendes a regionalização. Mas a regionalização administrativa não é uma questão política. É uma questão económica de gestão dos recursos no espaço português. Para defender a coesão nacional ; salvar o interior do país da desertificação e salvar o litoral e principalmente Lisboa da superlotação. A região de Lisboa e sul do Tejo, constituindo uma das regiões mais ricas da Europa, tem nível de vida mas não tem qualidade de vida. Há que inverter o processo no interesse dos próprios lisboetas. Quanto aos caciques, no norte nem isso há. O norte, por enquanto, ainda não é Espanha. E de Espanha, ao que dizem, nem bom vento nem bom casamento. Comecei a minha carreira profissional em Lisboa, nos gloriosas anos 60. Nunca notei que as senhoras fugissem de mim por ser do norte. As senhoras são inteligentes ; preocupam-se mais com o homem que com a sua proveniência. Um beijinho grande, minha amiga-vizinha. E obrigado pela pertinência do teu comentário.

     
  • Às 26 de julho de 2010 às 19:35 , Blogger Andre Moa disse...

    CARÍSSIMAS E CARÍSSIMOS,
    Daqui a pouco começo a emalar a trouxa, carregar o carro e pôr-me ao fresco, por este calor tórrido, a caminho de uma pequena xácara nos arredores de Sezimbra, onde irei passar as próximas três semanas. Sem internet, sem blogue, sem a vossa doce e imprescindível companhia. Mas lá terá que ser. Família obriga. Apesar de vir a Lisboa ao menos uma vez por semana, para os tratamentos quânticos e para abastecimento de produtos biológicos, chás e mezinhas várias, não deve dar tempo para aqui vir. Não se admirem, pois, que o blogue fique parado por uns tempos. A gente lá para Oitembro reencontra-se com a pretendida regularidade, para então reatarmos as amáveis cavaqueiras de Outono-Inverno. Bom Verão e boas férias.
    Abreijos
    André Moa

     
  • Às 28 de julho de 2010 às 17:40 , Blogger Unknown disse...

    Paixão: Entre divisão administrativa e gestão dos
    recursos a política de desafios partidários pode não estar presente. Mas vejo com olhos de muita proximidade o que poderá passar-se , se o permitir-mos.
    Caciques existiram sempre...pequenos ou grandes com o seu peso e interesse. Mas melhor é conhece-los de muito perto!!! Lembro-te que na América Latina uma grande parte da população eleitora prefere um ditador...para saber contra quem deve lutar. Li isso algures e para mim faz sentido...para ti não?
    Mas primeiro que venha a tão esperada regionalização!
    Mil abraços
    Getta

     

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