BOA NOITE!

O tempo voa. Bastaram umas dores de costas e a necessidade de me virar um pouco para a apresentação do livro MAU TEMPO NO ANAL-DIÁRIO DE UM PACIENTE, para terem passados uns bons pares de dias, sem um post novo. Se bem que procurei visitar todos os dias o blogue e, em comentários ter procurado responder e ir dando umas informaçõezinhas, sei que não é bem a mesma coisa. Por isso me penitencio e procuro redimir-me agora.
Começo pelas boas notícias.
APRESENTAÇÃO DO LIVRO
Modéstia à parte, direi que foi um êxito. Muita gente, muitos livros vendidos, muitos aplausos, bons discursos, todo o mundo satisfeito. Fiquei feliz. Chorei e ri, como não podia deixar de ser, tive a dita de conhecer pessoalmente o Jorge Henriques, a sua mulher, e outros amigos que até aqui só conhecia da Internet. Pena foi que não pudesse dedicar-lhes um pouco mais de atenção, mas as solicitações eram seguidas e em catadupas. Revi velhos amigos que aproveitaram este evento parta me vir dar aquele velho abraço, conheci outros… Cheguei ao fim exausto, mas feliz.
O livro – MAU TEMPO NO ANAL – Diário de um Paciente – já está há uns dias à venda em tudo quanto é Fnac, Bertrand, e outras livrarias. Só não estará nas que não cumprem regularmente os compromissos com a editora. Ontem vi gente que comprou vários: para si, um, e outros para oferecer a familiares e amigos, alguns em sofrimento físico ou moral. Isso é bom. Foi para isso que aceitei a publicação e divulgação deste livro, à partida tão pessoal, tão íntimo. Ele aí está nos escaparates. Agora é só comprá-lo, lê-lo, mastigá-lo, criticá-lo, divulgá-lo. Tarefa ciclópica para todos nós que fazemos da solidariedade o pão-nosso de cada dia.
Ontem, durante a sua intervenção, o meu amigo Onésimo Teotónio Almeida, um dos prefaciadores do livro, contou uma curta anedota que não resisto a transcrever:
«Um médico para um seu doente:
- Tenho duas notícias para lhe dar: uma boa, outra má. Por qual quer que eu comece?
- Já agora, pela boa, senhor doutor.
- Então lá vai: o senhor tem apenas dois dias de vida.
- Essa é a boa? E então qual é a má?
- A má é que me esqueci de lhe dizer isso ontem.»
Eu também tenho notícias boas e notícias não digo más, mas menos boas.
Uma das boas, direi mesmo óptima, já ficou acima dita.
Outra notícia boa: Fiz a colonoscopia, não foi detectado nem um pólipo. Fui dias depois à médica de gastrenterologia que me deu os parabéns e marcou novo exame só para daqui a dois anos, embora me queira ver daqui a um ano. «Ao menos uma vez cada ano», brinquei eu.
Agora a menos boa: Fiz novas análises na passada segunda-feira. Fui hoje à consulta de oncologia. As análises indicam que o CEA – o factor cancerígeno, chamo-lhe eu à falta de melhor – deu em subir para sete e meio, quando em fins de Abril descera para o valor óptimo de dois e meio. O médico, por enquanto nada prescreveu, a não ser novas análises em finais de Agosto e nova consulta no dia um de Setembro. Até lá, passar o Verão a engordar e criar musculação, mas sempre com o credo na boca.
Expectativas preocupantes, tal como dores, são comigo. Mas nada de queixumes. Enquanto há vida há esperança. E eu quero viver sempre em esperança.
Hoje fico-me por aqui.
Daqui a dias voltarei, se calhar para postar as minhas palavras lidas na apresentação do livro e algumas fotos que hoje ainda não estão a modos de editar.
Boa noite.
Um abraço muito amigo do vosso
André Moa
Começo pelas boas notícias.
APRESENTAÇÃO DO LIVRO
Modéstia à parte, direi que foi um êxito. Muita gente, muitos livros vendidos, muitos aplausos, bons discursos, todo o mundo satisfeito. Fiquei feliz. Chorei e ri, como não podia deixar de ser, tive a dita de conhecer pessoalmente o Jorge Henriques, a sua mulher, e outros amigos que até aqui só conhecia da Internet. Pena foi que não pudesse dedicar-lhes um pouco mais de atenção, mas as solicitações eram seguidas e em catadupas. Revi velhos amigos que aproveitaram este evento parta me vir dar aquele velho abraço, conheci outros… Cheguei ao fim exausto, mas feliz.
O livro – MAU TEMPO NO ANAL – Diário de um Paciente – já está há uns dias à venda em tudo quanto é Fnac, Bertrand, e outras livrarias. Só não estará nas que não cumprem regularmente os compromissos com a editora. Ontem vi gente que comprou vários: para si, um, e outros para oferecer a familiares e amigos, alguns em sofrimento físico ou moral. Isso é bom. Foi para isso que aceitei a publicação e divulgação deste livro, à partida tão pessoal, tão íntimo. Ele aí está nos escaparates. Agora é só comprá-lo, lê-lo, mastigá-lo, criticá-lo, divulgá-lo. Tarefa ciclópica para todos nós que fazemos da solidariedade o pão-nosso de cada dia.
Ontem, durante a sua intervenção, o meu amigo Onésimo Teotónio Almeida, um dos prefaciadores do livro, contou uma curta anedota que não resisto a transcrever:
«Um médico para um seu doente:
- Tenho duas notícias para lhe dar: uma boa, outra má. Por qual quer que eu comece?
- Já agora, pela boa, senhor doutor.
- Então lá vai: o senhor tem apenas dois dias de vida.
- Essa é a boa? E então qual é a má?
- A má é que me esqueci de lhe dizer isso ontem.»
Eu também tenho notícias boas e notícias não digo más, mas menos boas.
Uma das boas, direi mesmo óptima, já ficou acima dita.
Outra notícia boa: Fiz a colonoscopia, não foi detectado nem um pólipo. Fui dias depois à médica de gastrenterologia que me deu os parabéns e marcou novo exame só para daqui a dois anos, embora me queira ver daqui a um ano. «Ao menos uma vez cada ano», brinquei eu.
Agora a menos boa: Fiz novas análises na passada segunda-feira. Fui hoje à consulta de oncologia. As análises indicam que o CEA – o factor cancerígeno, chamo-lhe eu à falta de melhor – deu em subir para sete e meio, quando em fins de Abril descera para o valor óptimo de dois e meio. O médico, por enquanto nada prescreveu, a não ser novas análises em finais de Agosto e nova consulta no dia um de Setembro. Até lá, passar o Verão a engordar e criar musculação, mas sempre com o credo na boca.
Expectativas preocupantes, tal como dores, são comigo. Mas nada de queixumes. Enquanto há vida há esperança. E eu quero viver sempre em esperança.
Hoje fico-me por aqui.
Daqui a dias voltarei, se calhar para postar as minhas palavras lidas na apresentação do livro e algumas fotos que hoje ainda não estão a modos de editar.
Boa noite.
Um abraço muito amigo do vosso
André Moa