SEJAM MUITO BEM VINDOS A ESTE BLOG!--------ENA!-- TANTOS LEITORES DO MEU BLOG QUASE DIÁRIO! ---ESTA FOTO É UMA VISTA AÉREA DA MINHA TERRA,-TABUAÇO! UM ABRAÇO PARA CADA UM DE VÓS! -ANDRÉ MOA-

DIÁRIO DE UM PACIENTE II

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

MANIFESTAÇÃO DE ÚLTIMA VONTADE


O MEU TESTAMENTO
Escrevi há anos no epílogo do meu livro Mau Tempo no Anal – diário de um paciente:
«Há quem se preocupe em vida com a sua morte, com os detalhes do seu funeral, adquira, ainda vivinho da costa, o caixão e o guarde debaixo da cama ou atrás da porta. Há quem deixe, como manifestação de última vontade, ordens e rogos sobre o seu próprio féretro… que os familiares se esfarraparão por cumprir».
«Sobre este assunto (acrescentei eu, então) penso o seguinte: depois de morto, cevada ao rabo, façam de mim o que quiserem. Era o que faltava: pretender impor as minhas ideias mesmo depois de morto! Concedo a quem tiver que fazer o frete de tratar do meu funeral inteira liberdade de decisão. Tanto me faz ir de burro, como de cavalo, vestido ou nu. Tanto me faz apodrecer numa valeta, como num mausoléu. É-me indiferente (depois de morto tudo me será indiferente) ser enterrado ou cremado…»

Há dias encontrei na caixa do meu correio eletrónico um FW que teve o condão de me fazer mudar de ideias.

Sob o título «Humano transformado em diamante», resumidamente, o tal FW rezava assim: «Que macabro! Agora a moda é, em vez de ser enterrado ou cremado, virar diamante após a morte.»
E após este introito «macabro» (?), lá vinha a saborosa notícia:

«Por alguns milhares de euros e graças a uma sofisticada transformação química, uma empresa suíça agora garante ao falecido reservar seu lugar na eternidade sob a forma de um diamante humano…»
«Quinhentos gramas de cinzas bastam para fazer um diamante, enquanto o corpo humano deixa uma média de 2,5 a 3 kg, depois da cremação» explica um dos co-fundadores do laboratório onde as máquinas funcionam sem interrupção 24 horas por dia. Ou seja, cada defunto pode gerar uns 5 diamantes, ou mais. Dá para distribuir por toda família».
«Os restos humanos são submetidos a várias etapas de transformação. Primeiro, viram carbono, depois grafite. Em seguida são expostos a temperaturas de 1.700 graus, finalmente se transformam em diamantes artificiais num prazo de quatro a seis semanas. Na natureza, o mesmo processo leva milénios».
«Cada diamante é único. A cor vai do azul-escuro até quase branco…. Uma vez obtido, o diamante bruto é polido e talhado na forma desejada pelos familiares do falecido, para depois ser usado num anel ou num cordão».

Com uma boa dose de humor macabro (?), o referido FW interpela o leitor da seguinte forma:

«Já pensou poder levar o seu ente querido, depois da morte, num colar ou num anel? Se perguntarem pelo falecido, vai poder dizer: 'Ele é uma jóia'.
Se roubarem o diamante, vai ter que gritar: 'Roubaram o defunto, pega ladrão'!

A notícia termina informando:

«A indústria do 'diamante humano' está em plena expansão, com empresas já instaladas em Espanha, Rússia, Ucrânia e Estados Unidos».

Tomei conhecimento desta novidade e, acreditem, fiquei radiante. Tão radiante que me levou a alterar a minha primitiva posição. Apresso-me pois a manifestar a minha última vontade sobre a matéria:

Quando eu morrer, “não quero choro, nem vela…”, quero, sim, tornar-me num belo diamante. Mais: como sou alto, logo, de ossos compridos, talvez eu possa fornecer matéria-prima para vários diamantes. Pode ser que assim, eu que, em vida, não fui mais que pragana e joio, me transforme, depois de morto, em atraente e cobiçada joia, em cristalinos e reluzentes quatro ou cinco diamantes, garantindo assim um futuro risonho para o meu neto. Quem sabe? Pelo sim pelo não, nem que seja preciso, para tanto, uma subscrição pública para tão desejada transformação, aqui deixo bem expresso este meu veemente desejo. Cumpra-se. Segue-se a assinatura ilegível do «de cujos».

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

UMA VIDA EM VERSOS COM REVERSOS


Aos setenta só sessenta de poesia
P(OVO)
EDIÇÃO DO AUTOR
COMPOSIÇÃO E IMPRESSÃO DE JOSÉ DINIS
Outubro/1979
(CONTINUAÇÃO)

E COMO ELA É LINDA
ai espinhos
ai espinhos sem flores

ai tormentos
tormentos
de amores

ai noites
ai açoites
dos escravos

não há vida
não são vida
estes travos

quero rosas
sem espinhos
quero cravos

liberdade
liberdade
onde estás?

adiante
lá adiante
a alcançarás

não me fujas
não me fujas
por mais tempo

tem alento
tem alento
tem alento

POUCO
é a hora de abrir o livro
passar à frente uma página
continuar vazio
à espera de nada
supremo esforço
estar vivo
no rolar de uma lágrima
sustento o absurdo
por amor
louvo o desconhecido
espero
o que nem a esperança
alcança
se não sufoco
é porque
atingi a perfeição
ou não

a liberdade existe
carrasco de chibata
em riste
ou sou eterno
ou estou louco
seja o que for
é pouco

TROPO TARDE
Era tarde
tropo tarde
e não parecia
era preciso mais fogo
e o sangue não ardia
o sol esse morria
e a lua não surgiafoi um logro?
foi verdade?
é noite?
é dia?
era tarde
sobre tudo
era tarde
para tudo
tropo tarde

LIBERDADE, UBI ES?
todos te sabem
e cantam
menos eu
não te vejo
não te sinto
não te canto

o timbre não se imagina
não sentir não é vibrante
a ausência não passa disso
devora-se a si mesma
real suposto
serás fruto na secura do deserto
enquanto não fores companheira
desta insónia solitária
quando o fores
eu o saberei
o cio por ti em mim
mantém-se aceso
mas eu continuo
a impalpar-te
qual amante envergonhada
apenas sugeres um corpo sedutor
por trás de cortinas que te ocultam
a meus olhos
não és acto
és fantasma
não és sangue
não aqueces
não és arte
és intangível
longínqua miragem
caminho ardente
a percorrer
André Moa

Apontamentos anticancro 38
«Em 1950, 80% dos homens ocidentais fumavam tabaco. Era um hábito considerado perfeitamente inofensivo, até pelos médicos. Nas publicações médicas havia anúncios à Winston e à Marlboro. Nesse ano, os doutores Evarts Graham e Richard Doll da Universidade de Oxford (eles próprios fumadores), como a maior parte dos médicos da época) demonstraram sem sombra de dúvida que o tabaco era a causa directa do aumento vertiginoso de casos de cancro do pulmão. Nos homens que fumavam mais de um maço por dia, o risco era até 30 vezes mais elevado!
O Governo Britânico levou 22 anos a a aprovar a primeira medida antitabagista.
Hoje, o fabrico, o consumo e a exportação de cigarros continuam a ser perfeitamente legais.
Como no caso do tabaco, há razões económicas muito fortes para não se querer saber mais. Muitos políticos crêem que os pesticidas promovem a produtividade agrícola, embora haja poucos indícios que validem esta teoria».
Do livro «Anticancro – um novo estilo de vida» - de David Servan-Schreiber.



quinta-feira, 21 de outubro de 2010

GT NO MOINHO DAS POLDRAS - HOMENAGEM AOS ANFITRIÕES

João Martinho no seu mundo
Rosa Pereira Martinho - a dona do paraíso

caminhos de sonho


que nos pedem para ficar

Dona Rosa abrindo-nos as portas do Paraíso.

"Onde vais rio que eu canto..."

Lugar único

O nosso rio, o rio do GT.

Jardins suspensos da Dona Rosa

Jardins de flores exóticas

Homenagem do GT a duas pessoas excepcionais:
Sr. João e Dona Rosa do Moinho das Poldras.

Homenagem de todo o GT aos proprietários deste lugar de encanto, verdadeiro Paraíso na Terra, Sr. João e a Dona Rosa que com alegria nos abrem de par em par as portas deste mundo onde só se escutam as águas do rio e o canto dos pássaros.
Obrigado, amigo João, de ser como é. Obrigado, amigo João, por me falar tanto do meu pai.
Obrigado, Dona Rosa, pela paz e amizade que sempre nos transmite e pelo carinho que nos oferece.
Amigo João, ainda me soa nos ouvidos a frase de quando nos despedimos: "Obrigado, Osvaldo, por me trazeres gente tão boa".
Caro amigo João, cara Dona Rosa, é toda esta gente boa que vos diz com gratidão:
Bem-hajam, Sr. João e Dona Rosa.
Osvaldo









segunda-feira, 18 de outubro de 2010

DEPOIS DAS MULHERES, OS HOMENS - VIGAS MESTRAS DO GT

Kim, o amigo incondicional e infalível.
André Moa, "o meu irmão" e motor do GT.

António e Vitor, a constante alegria.


Kim e Moa, a inteligência cultural e artistica.


Kim, especialista enólogo...




António - a música no sangue e na alma.




Vitor, o amigo da natureza.






Leo - a sapiência no seu todo ao serviço do GT.




Osvaldo, aqui com o sr João do Moinho das Poldras, para quem a
amizade é o mais puro sentimento que a humanidade exprime.
Depois de termos mostrado ao Mundo as mulheres que dão força, harmonia
e segurança ao GT, nada mais justo que mostrar os homens que
"emprestam" todo o equílibrio necessário para que o Grupo seja
inquebrável.
Um abraço a todos
Osvaldo








sexta-feira, 15 de outubro de 2010

O porquê da Laura não estar nas fotos do post anterior...

Na Granja do Tedo, a Laura perguntou à Parisiense
se viu o seu Don Thedon...

... e logo o encontrou

vestiu de imediato seus trajes de "Moura"

e toca a namorar...

a trouxe para o baile do Moinho das Poldras.

E assim o mistério do desaparecimento
da Princesa Ardhinia (Laura) foi
desvendado.
E ao explicar a todos este "caso" (real), a Princesa vai-me perdoar e
já me absolve da punição já decretada!.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

AINDA E SEMPRE GT

as uvas das melhores castas do Douro
os figos que teimam em esperar por nós

os jardins da Dona Rosa


o prazer da amizade e de se regalar com o que a natureza nos oferece



o são convívio dos amigos do GT

e um grande artista (André Moa) que nos oferece "Isaltina"
São estas coisas simples e naturais que fortalecem a amizade e o prazer do convívio entre os membros do GT.
Primordial do grupo é conviver com a natureza, respeitando-a e procurando divulgar a necessidade da sua preservação. E nada melhor que estes maravilhosos recantos da Região do Douro, Património da Humanidade, para que nos sintamos quase que num mundo perdido e escondido dos predadores da natureza.
Que estas belas varandas xistosas das nossas vinhas, orgulho de Tabuaço, continuem a nos servir de colírio para que nossos olhos se regalem e se emocionem a cada passagem por estas terras de encanto.
Osvaldo








quinta-feira, 7 de outubro de 2010

UMA VIDA EM VERSOS com REVERSOS


Aos setenta só sessenta de poesia
P(OVO)
EDIÇÃO DO AUTOR
COMPOSIÇÃO E IMPRESSÃO DE JOSÉ DINIS
Outubro/1979
(CONTINUAÇÃO)
O FUTURO
um devaneio
um furo
de permeio
um adiar
do presente projectado
futuro é massa
a inchar
prenhe de frutos
somos nós
juntos
a levedar

«COISA AMAR»(GA)
(homenagem crítica a Manuel Alegre)
«acontecia. no vento. na chuva. acontecia».
acontecia em todo o lado. menos dentro.
e era dentro que mais apetecia
pois é dentro. dentro. bem dentro.
que mora. ou não mora. a poesia.

deste-lhe um dia a mão. foi tua irmã.
com certo acerto em ti fez-se mulher.
formosa e bem segura em robustez.
foi para nós sol muito antes da manhã.
farol no cativeiro português.

forte a abraçaste. peito à luta dado.
logo desceste à «praça da canção».
«o canto e as armas» mais que canto foi vulcão.
«um barco para ítaca» em mar encapelado.
luzeiro de «letras» feito. «lusíada exilado».
depois de ser cativo. depois de ser palavra.
por descobrir uma estrela. uma espada..
porque era fogo. porque era lava.
«porque era amor (diziam)».
mas muitos não sabiam.
desse amor. «coisa amar»ga. nem sinal.
apenas sal. «uma réstea». «um rasto de navio».
um «amor que se não teve». Um vazio.
«um punhado de areia loira poeira louca».
uma brochura azul e branca. coisa bem pouca.

«acontecia. no vento. na chuva. acontecia».
acontecia em todo o lado. menos dentro.
e era dentro que mais apetecia.
pois é dentro. dentro. bem dentro.
que mora. ou morre. a poesia.

DENS(A)IDADE
rompia a aurora
era noite
batia lento o meio-dia
uma vida em cada hora
arrefecia
chegava a noite dobrada
noite por dentro e por fora
nem o homem mais afoito
se afoita agora

a densidade das coisas
adensa a idade dos homens
trocam-se os nomes às coisas
se as coisas não têm nome
perdem-se as coisas e os homens
é a memória que os come
CERTEZA EQUESTRE
a tarde era de mais para ser verdade
inteira no areal da solidão

precipitadamente
a noite veio
e foi a negação

a certeza equestre
não tardaria apeada
pelo galope incontido
da tardia madrugada
Apontamentos anticancro 37·
«Um estudo recente descobriu que os trabalhadores das vinhas regularmente expostos a pesticidas e fungicidas têm um elevado risco de desenvolver tumores cerebrais. Entre 1963 e 1970, dois aos nove anos, eu brincava em milheirais pulverizados com atrazina perto da nossa casa, na Normandia. Até me ter sido diagnosticado cancro, toda a vida bebi leite, e comi ovos, iogurtes e carnes de animais alimentados com milho pulverizado com pesticidas. Comia maçãs com casca que haviam sido pulverizadas 15 vezes com pesticidas antes de chegarem à mercearia. Bebia água da torneira proveniente de cursos e veios freáticos contaminados. As minhas duas primas que tiveram cancro da mama, brincavam nos mesmos milheirais, bebiam da mesma água e comiam o mesmo que eu.».
Do livro «Anticancro – um novo estilo de vida» - de David Servan-Schreiber.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

VIVA A REPÚBLICA





VIVA A REPÚBLICA

Não sou mono nem monarca.
Pretendo ser um autarca
Num mundo de bons autarcas,
Amigos e democratas,
Amantes da Liberdade
Vivida em Fraternidade,
A lutar pela Igualdade.

Não sou cordeiro nem lobo
Nem majestade nem bobo.
Só pretendo o meu quinhão
Dos bens que são da nação,
Do que é público e é de todos.
É nossa a causa pública.
Só é do povo o que é público.
Eu sou do povo, por isso,
Sai-me da alma este grito,
Esta súplica:
Viva a República!
Para sempre viva a República!

André Moa

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

AFAGO DE NUVENS TRANQUILAS
AGITAÇÃO AZUL DE ONDAS SOSSEGADAS
REPOUSO DE QUIETAS ENSEADAS
RODOPIOS QUASE INERTES DE SUAVES TONS
PASMOS DE SILÊNCIO E DE PALAVRAS
CORAÇÃO A ABRIR-SE LENTO LENTO
AO IMPERCEPTÍVEL ROÇAGAR DO VENTO
(André Moa)




Video de Norberto Macedo, o Músico que acompanhou o Projecto

O Espírito das Águas

 
Que cantan los poetas andaluces de ahora...