SEJAM MUITO BEM VINDOS A ESTE BLOG!--------ENA!-- TANTOS LEITORES DO MEU BLOG QUASE DIÁRIO! ---ESTA FOTO É UMA VISTA AÉREA DA MINHA TERRA,-TABUAÇO! UM ABRAÇO PARA CADA UM DE VÓS! -ANDRÉ MOA-

DIÁRIO DE UM PACIENTE II

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

O MEU PRÍNCIPE PINTOR

Luís Tiago - o meu príncipe pintor, no dia de Reis, com a coroa que trouxe da escolinha
2.ª pintura do Luís Tiago - Outubro 2010

2011-01-26
Como tarde é o que nunca vem e como quem espera sempre alcança, cá estou eu prestes a ser intervencionado através de radiocirurgia (gamaknife). Desloquei-me esta manhã ao Hospital de Santa Maria para ver se colhia alguma informação sobre o andamento do processo e, para meu descanso, soube que já tinha sido despachado e comunicada a decisão ao Hospital da CUF – Infante Santo – de onde deveria ser contactado muito em breve. Aconteceu logo a meio a tarde. Que me deveria apresentar na próxima segunda-feira, dia 31, às 10,30h, em jejum, a partir das 9h. Passarei lá a noite. Pois que seja.
Alea jacta est. Se os dados estão lançados, joguemos os dados que a vida nos oferece, com esperança, com a certeza de que as circunstâncias irão ser-me favoráveis. Avancemos, pois, serena e confiadamente.
André Moa



segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

ESPAÇO DISPONÍVEL



DE GRAU 8
COLECÇÃO GAIVOTA/35
SECRETARIA REGIONAL DA EDUCAÇÃO E CULTURA
1984
II

ESPAÇO DISPONÍVEL

Este segundo livro constitui, como já disse atrás, a minha cardiolírica açoriana. Ser introduzido nesta colectânea DEGRAU 8, uma vez que os poemas que o compõem destoam dos restantes, constituiu um reforço da homenagem prestada ao povo açoriano, nomeadamente ao hospitaleiro e heróico povo da Ilha Terceira ao qual me sinto irmanado para todo o sempre, ainda que dele arrancado pelas circunstâncias trágicas que me couberam na rifa do bazar da vida, há trinta anos.
ESPAÇO DE PAPOILAS

noiva da noite

a sombra tudo aquece

no verão os corpos são mais rubros

livres

povoam de suor a terra em carne viva

espaço de papoilas

fogo ao vento


VINHO MOSTO


lavro o papel
com
amor

levanto a enxada
bem
alto

beijo a poeira
com
gosto

sangue
e
tinta

vinho mosto


GOTA D’OURO


da vide
a dádiva
da vida
pende

gota
a
gota
o suor
no xisto
cai

num ápice
num cálice
o homem
em suor
se esvai


ESPAÇO DISPONÍVEL


expressão do espaço disponível
dou forma e vida ao sofrimento


em lágrimas comovidas cristalizo
o pensamento


TEMPO AMAR


na floresta suspirada das palavras
pedra a pedra ergo a expressão

repetidamente traído
por símbolos patéticos

a ideia mordo
na inflexão do tempo amar


A RAÚL BRANDÃO


eu
pescador
me confesso

por tradição
marinheiro
do mar possesso

por maldição
aprendiz
em Ceuta

morri em Fez

não sei
onde se forma
ou finda
o meu país

sou português

corpo estendido
no mar profundo
alma derramada
pelo mundo


ÍNSULA[1]


em frente o mar
por cima uma gaivota
eu
nuvem parada
chorando uma alma
morta

a minha
a de outros
tempos

hoje só existe
em pensamentos difusos
rarefeitos
levados pelo vento

saudade sedentária
em mim
permanentemente
minha companheira
até ao fundo
até ao fim

mar sem barcos
não é estrada
apenas infinito
e uma toada

a gaivota não me espera
nem transporta

as nuvens que se vão
não dizem nada

eu

nuvem chão
ao chão pregada



[1] Poema escrito em Fevereiro de 1980, nas Velas, São Jorge, onde me desloquei, repentinamente, devido ao inesperado falecimento de minha sogra, e onde fiquei retido devido ao mau tempo para lá do previsto, a aguardar barco que me levasse até à Terceira, para então poder regressar a Lisboa onde já morava há meio ano.


quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

TERRAMOTO "DE GRAU 8" - CONCLUSÃO

Angra do Herísmo - baía, pátio de alfândega, igreja da Misericórdia
DE GRAU 8 COLECÇÃO GAIVOTA/35
SECRETARIA REGIONAL DA EDUCAÇÃO E CULTURA
1984


XXIV
em tenda amor
querem que me estenda
numa tenda
e contigo me entenda
que me sinta em casa
contigo ao lado os filhos
só dormem se não é preciso
cai a chuva
em cheio
no colchão
corpo gelado
vem o vento
toma conta
dos lábios
da boca
dos braços
e do juízo
fogo cá dentro
amor amarrado
em mim te afago
na intimidade impossível
quanto mais juntos mais ausentes
extinção de nós
em nós

XXV
nas ruínas plantam árvores
arrancadas ao crescer[1]
os dias de Fevereiro são mais longos
quando povoados de monstros e de medos
sentinela vertical
tamanho do delírio
a sombra cresce
esperamos todo o dia o amanhecer
sem ramagem
as aves não virão
ao pé de nós pousar
no tronco nu
os ninhos
são postiços
são supostos
a noite vai chegar
a sombra vai trepar
do chão ao tecto
pelo tronco
a inchar
a inchar
a inchar

XXVI
a terra tremeu
na dúvida o sol
envergonhou-se de sorrir
e ficou cego
surdos os pássaros
vestem-se de espanto
a sensação naquele dia
caminhou no túnel do silêncio
do tempo assombrado emerge
outro dia repetido
é inútil recordar
cantos ausentes
contos antigos
o fim do túnel não é para amanhã

XXVII
a tua sinceridade comovida
leva-me ao fim do labirinto
onde pressinto imensidão nevada
no turbilhão da praça
piso ruas de silêncio
comovido
chego à conclusão desiludida
que o absurdo é não entrar
no coração das águas
só o ópio das papoilas te aproxima
deste verão sólido e verde
atracção líquida
sensação de frescura e de naufrágio

XXVIII
tem duas dimensões
a praça
um circo corporal
um gesto de asa
nudez pendente de um estribo
pureza à solta
grandeza derramada
na calçada exausta

XXIX
mar
vaga
maremoto
lava
cratera
vulcão
festa
música
hortênsia
dlim dlão
dlim dlão
dlim dlão
Pico
baleia
cansaço
Santo Cristo
no andor
sal humidade
mornaça
tristeza
desgraça
e dor
alegria
suplicada
um milagre
por favor

XXX
o amor erguemos no caminho
juncado de gritos
a poeira amamenta
esta sede superior
instante irrequieto da cidade
mutilada
fora de portas
a pureza dos campos
abre
seus braços verdes

XXXI
Recordar-te neste aperto de músculos
comovidamente contidos
para não desaguar nos outros
a trágica medida dos sentidos.
Perder-te porque a parte
mais alegre da jornada
foi contigo a sucumbir
no celeiro da ternura
dilacerada e tensa.
Da memória mais íntima se ergue
a vida que em ti foi quase
um acto definitivo e lindo.

[1] Este poema foi-me sugerido por um quadro que seria caricato, se não fosse trágico, com que deparava sempre que ia a casa das minhas queridas e saudosas amigas, as irmãs Ávila - Maria Luísa; Maria João e Maria Adelaide que jazia há muitos, muitos anos no leito, donde não podia sair, dada a sua fragilidade física, nomeadamente dos ossos que foram definhando ao longo do tempo e se iam soltando e as irmãs iam arrumando numa caixinha. Tratavam da doente com uma dedicação inexcedível, a ela devotando a sua vida. Após o terramoto, o tecto da casa que se aguentou de pé, ameaçava ruína eminente. Como elas não podiam sair de casa, a solução, enquanto o senhorio não o mandasse substituir, foi escorá-lo com troncos de árvores. Um dos troncos erguia-se, nu, mesmo aos pés da cama da Dona Maria Adelaide. Era enternecedora e cativante a forma optimista, ainda que medrosa, com que enfrentavam a situação. A Maria Luísa, a mais imaginativa e descontraída, chegou a colocar no tronco vários ademanes, entre eles um tufo de lã a fazer de ninho.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Ó LUA QUE VAIS TÃO ALTA...

PLENILÚNIO
QUARTO CRESCENTE

Ó lua que vais tão alta,
Redonda como um tamanco!
Ó Maria, traz cá a escada,
Que eu não chego lá com um banco.

(Popular)


Tenho andado a levantar-me em plenilúnio e a deitar-me em promissor quarto crescente, que a cara, luzidia lua cheia pela manhã, não chega a esvaziar completamente durante o dia, para voltar a intumescer ao longo da noite. Sequelas da lesão cerebral ou efeitos colaterais da dexametasona 5mg três vezes por dia? Leio o folheto informativo relativo ao fármaco - a «solução que contém fosfato sódico de dexametasona, o qual é rapidamente transformado pelo corpo em dexametasona» e cá temos nós a explicação. Entre os vários possíveis efeitos secundários indicados, lê-se: «Quando Oradexon é usado em tratamentos prolongados (ando a tomá-lo há quinze dias e, por certo, vou continuar a ingeri-lo pelo menos até à intervenção em vista, para ir controlando a inflamação provocada pela lesão), frequentemente ocorre (entre outras possíveis manifestações) sensação ou arredondar da face, pescoço e corpo».
Recorrendo à denominada lei das compensações, bem posso afirmar, narcísica e prazenteiramente, que este visual me agrada. Menos esquelético, menos afilado, quase sem rugas e pele de galinha. Por isso, olho-me ao espelho, contemplo-me e sorrio.

André Moa

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

SAÚDE - A LUTA CONTINUA


2011-01-13

A proposta do neurologista veio no sentido esperado e, porventura, o desejado, porque, segundo as indicações que fui recolhendo, o preferível: radiocirurgia localizada. Trata-se um método relativamente de ponta – ainda não utilizado no HSM – conhecido por gamaknife. Não será de cortar à “faca” (operação), mas à “naifa”, à “navalha”. GAMAKNIFE. Navalha de gama. Que seja um topo de gama eficaz e eficiente é o que importa. No HSM ainda não se efectua este tipo de intervenção, mas existe entre esta unidade hospital e o hospital da CUF um protocolo. Foi aberto o processo que carece de autorização prévia da Administração. Há que aguardar os trâmites burocrático-financeiros, marcações e contactos. Que tudo se resolva depressa e bem, até porque há quem diga que quem espera, desespera. Eu sou mais propenso para um quem espera sempre alcança. Mas, já gora, sem atropelos nem precipitações, quanto mais cedo melhor. Até porque a guerra nos bofes se mantém acesa. Há que não descurá-la, mas, dada a premência de se atacar a lesão que ora surgiu no crânio, como metástases cancerígenas, terá de aguardar por dias mais propícios. Só que o inimigo não desarma e não se tem mostrado muito propenso a aceitar tréguas. A seu tempo, a ela voltaremos. Confiadamente como sempre.
André Moa

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

HAJA SAÚDE


2011-01-11

Pela primeira vez no Serviço de Oncologia do Hospital de Santa Maria para a primeira consulta. A Dra. Mónica Semedo, atenta, zelosa, dedicada, informou que havia pedido à equipa de neurologia para que se pronunciasse sobre o tipo de lesão cerebral e os modos de ser combatida. Não reuniram hoje, mas terão prometido estudar o assunto amanhã. Quando a oncologista obtiver a pretendida informação, entrará em contacto comigo. Acenou-me com a possibilidade de uma intervenção neurocirúrgica, localizada, por um método algo sofisticado que não é feito no HSM, mas noutra entidade com quem este hospital terá acordo. Para o caso de a neurocirurgia tardar em manifestar-se, então ela irá propor a aplicação de radioterapia externa, por achar que não se deve demorar a intervir. Cá estou eu, como todos, em tudo, sujeito às circunstâncias, às contingências da vida. Nervoso, mas confiante, pleno de esperança num resultado favorável.
O relatório da Tac também não é muito de tranquilizar. Os nódulos pulmonares cresceram de tamanho e apareceram outros focos. Mas dessa guerra antiga teremos tempo de falar, que agora, o premente, será tratar da cabeça, mantendo a cabecinha fresca, calma e funcional.
A grande perturbação, de momento, é sentir a visão toldada. Pelos trejeitos da médica, tratar-se-á de uma sequela previsível neste tipo de lesões. E como contra o inevitável nos resta aceitá-lo como tal, aguardemos os tratamentos, para, depois, voltarmos à normalidade.
Estou a escreveer este texto, ao som de sonatas para piano de Mozart, o alegre e sempre Mozart, que nem por muito ter sofrido deixou de exaltar a Vida, de cantar a alegria de viver em música e para a música. E que a mim me leva e ajuda a viver de uma forma exaltada e ânimo positivo.
Abreijos
André Moa

domingo, 9 de janeiro de 2011

POETA À SOLTA - VERSOS DE UMA VIDA COM REVERSOS


DE GRAU 8 COLECÇÃO GAIVOTA/35
SECRETARIA REGIONAL DA EDUCAÇÃO E CULTURA
1984

XVI
na cama a noite
dobra-se ao silvo
do cio agreste
do tempo. abre-se um infinito
de sombra correio.
é o assobio travesso do medo
com raios nos olhos.

vagarosa na charneca
a insónia solitária.

é desta vez que a tenda voa?

é desta vez?


XVII
a humidade ontem
tomou-me o pulso
e o humor

limos vermelhos
de mim escorrem

só o musgo apetece
neste saibro mal batido
por dois passos de alegria amarga


XVIII
confundem-se os cabelos do poeta
com o pó da estrada
com a dor da calçada

os dedos prolongam-se
para além do desespero

o fluxo da angústia renova-se
em todas as esquinas
XIX
início de um desejo

confusão e ruas

ano novo

gritos novos

esperanças idas

corpos submersos

os cadáveres habitam

casas

com asas atingidas

pela pedra traiçoeira

XX
nas trevas

adejam

tenebrosos beijos

mortos

antes do mexer

dos lábios


fantasia breve


amor devorado

ao tremer dos corpos

soterrados

XXI
a sombra das casas ondula sobre a areia

o vento dorme à beira dos telhados

a vida pende do cadeirão deserto

moramos em jardins dilacerados

a rua exprime sensações de medo

fios nervosos movimentam marionetas

em gestos de esgar

qualquer impressão tem a cor de sapo

forma agoniada

no momento cesariano

a terra abre-se em dor e pranto

nas horas sofridas de trevas e lamento

só a imaginação põe ovos de oiro
XXII

a areia vem da pedra
a nuvem vem do mar
é brisa
é espuma
coisa nenhuma

na base os mortos
mal cobertos
na pressa da memória
tumular
recordam
tempos idos para sempre
na fúria desta dança súbita

asas negras sobrevoam
estas casas
estes arcos
abatidos

sob a vibração do clarim telúrico
ao deflagrar o coro dos gemidos

XXIII
um sopro de vida um peito magoado
na curva da estrada um momento parado

uma vara uma sombra uma cruz uma rosa
lágrimas caídas na rua medrosa

uma cara um esgar um sorriso suspenso
um deserto verde vestido de imenso

dois pontos dois eixos um queixo um queixume
um verme na derme com patas de lume

um sudário dois brincos um sobrolho pisado
uma tela dois planos três dedos de lado

um berço um retrato a cair da parede
um susto um quebranto um manto uma rede

um rosto uma estátua um parque um brinquedo
memórias perdidas na rua do medo

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

LAR DOCE LAR

de novo junto à fonte da vida - o meu neto - foto de 2007


ÚLTIMA HORA
Caríssimas, caríssimos:
Acabam de me passar mandato de soltura provisória e condicional do Hospital Santa Maria, onde a fila de espera ao longo do corredor teima em não diminuir e só não aumentará, digo eu, dada a lotação limitada de tão improvisado “parque” de estacionamento de macas com pacientes impacientes para serem levados para uma das enfermarias. Um deles lá irá ocupar, por certo, a cama que deixei vaga.
«Durante o internamento o doente recuperou a sensibilidade na hemiface esquerda, mantendo apenas as parestesias na mão esquerda»
«Os resultados da TAC de corpo ainda não estão disponíveis, e será observado em consulta de Oncologia com a Dra. Mónica Semedo, que posteriormente reencaminhará o doente».
A ressonância magnética mostra «lesão nodular intra-axial cortico-subcortial pós rolândica direita com extensão superficial aflorando a dura mater…. Estes aspectos são compatíveis com lesão expansiva, nomeadamente de natureza secundária, no contexto de neoplasia do recto metastizada».
E cá estou eu em standby, neste nosso doce e acolhedor cantinho, onde a lareira da amizade e da solidariedade crepita e nos aquece a alma.
Um grande abraço.
André Moa

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

BOLETIM DE SAÚDE - HOJE 4 de fev.2011


Todo o mundo é imperfeito e ninguém quer morrer - muito menos eu...
E depois deste pequeno intróito, passo a informar que:
- perguntei à Técnica que me fez a TAC se já podia dar algum resultado da mesma mas ela disse-me que não tinha havido alterações a nível dos pulmões e eu depreendi que, pelo ar compungido da Senhora,que as alterações não me eram, de todo,benéficas.

Quanto à ressonância, está confirmada a lesão cerebral, cuja extensão, causas e efeitos só poderão ser avaliados através do relatório que, em princípio, se ficará
a conhecer amanhã.

Agradeço a todos a preocupação que têm vindo a manifestar pelo meu estado de saúde e dentro do possível tentarei manter-vos informados.

O vosso apoio é muito importante para mim!

Beijos e abraços para todos!
(André Moa)

domingo, 2 de janeiro de 2011

NOTÍCIAS DE HOJE 3


( Fotos tiradas pelo Kim)
Transcrevo o principal da conversa de hoje com o André Moa:
"Felizmente ontem e hoje não tive quaisquer sintomas de
pressão,nem nas mãos, nem na cara. Só a mão esquerda se
mantêm meia dormente e insensível."
Beijinhos e abraços a todos e obrigado pelas visitas ao Blog e também pelos
comentários que por ali deixam.
Obrigado pela vossa amizade.

sábado, 1 de janeiro de 2011

NOTICIAS DE HOJE 2


Queridos Amigos!
Para que fique esclarecido e não fiquem iludidos,
os posts que forem feitos durante a minha estadia no
Hospital, para dar notícias sobre a evolução da minha
situação, serão postados pela Dad, a quem passei a
respectiva procuração.
Aliás, no Hospital não poderia ter computador.
Entretanto, informo que na passagem do Ano, ainda estive
a "animar a malta" na enfermaria - doentes e enfermeiros
que estavam de serviço - e ainda cantei o fado "Samaritana"

Como estão a ver, apesar das acometidas, o vosso amigo
continua na luta.

 
Que cantan los poetas andaluces de ahora...