A CRISE - ESSE MOSTRENGO


INDIGNAÇÃO
O Zé Povinho que tudo sofre e tudo paga,
Que só ouve falar em crise, em vida amarga
Ao ouvir dizer que a troika já chegou -
Manguito retesado - perguntou:
«Mas, afinal, quem é que manda aqui?»
Os homens do leme respondem a tremer: «o F.M.I.»
Indignado, o Zé Povinho retorquiu:
«Puta que os pariu.
De quem são as garras que me esvaziam a carteira
E me apertam o pescoço?»
«Os geradores da crise financeira
Que comem a carne e deixam só o osso».
«E esses salafrários já foram para a prisão?»
«Não.»
«Então?»
«Esses continuam a desfrutar
O que é nosso e andam a rapinar».
«Que fazeis vós da minha vontade,
Mais não seja expressa nas urnas?»
«Apenas fumarolas, tal como nas Furnas».
«Pois, se é assim, dizei a essa troika
Que prefiro uma consistente perestroika
Feita com coragem e sensatez,
De acordo com a vontade do povo português».
O Zé Povinho que tudo sofre e tudo paga,
Que só ouve falar em crise, em vida amarga
Ao ouvir dizer que a troika já chegou -
Manguito retesado - perguntou:
«Mas, afinal, quem é que manda aqui?»
Os homens do leme respondem a tremer: «o F.M.I.»
Indignado, o Zé Povinho retorquiu:
«Puta que os pariu.
De quem são as garras que me esvaziam a carteira
E me apertam o pescoço?»
«Os geradores da crise financeira
Que comem a carne e deixam só o osso».
«E esses salafrários já foram para a prisão?»
«Não.»
«Então?»
«Esses continuam a desfrutar
O que é nosso e andam a rapinar».
«Que fazeis vós da minha vontade,
Mais não seja expressa nas urnas?»
«Apenas fumarolas, tal como nas Furnas».
«Pois, se é assim, dizei a essa troika
Que prefiro uma consistente perestroika
Feita com coragem e sensatez,
De acordo com a vontade do povo português».
André Moa